por DaBoa Brasil | jan 20, 2025 | Cultivo, Curiosidades
As plantas não apenas abrigam diferentes organismos em sua superfície, mas também dentro delas. A maioria das pessoas sabe que os animais têm um microbioma intestinal, mas muitas pessoas não sabem que as plantas também têm o seu próprio ecossistema interno equivalente.
Neste artigo analisamos os endófitos da cannabis, que são os microrganismos que vivem dentro das plantas de maconha.
Introdução ao paradigma holobiont
Durante a maior parte do período em que reinou a “ciência moderna” (e possivelmente antes), todos os seres vivos foram considerados entidades individuais e distintas; isto é, uma pessoa é uma pessoa, uma bactéria é uma bactéria, uma planta é uma planta, etc. No entanto, o paradigma holobiont questiona esta ideia, e no que diz respeito às plantas, redefine-as como comunidades interligadas, formadas pelos organismos que nelas vivem, no seu interior e no solo circundante, com os quais mantêm uma relação simbiótica.
Basicamente, este paradigma considera as plantas como parte de um sistema maior que inclui o seu próprio microbioma.
O microbioma e a saúde das plantas
O microbioma das plantas e da maioria dos grandes organismos é composto por bactérias, fungos, vírus e outros microrganismos. Embora muitas pessoas acreditem que todos os micróbios são patógenos nocivos, na verdade não é esse o caso. Na verdade, um microbioma diversificado está associado a plantas mais saudáveis e resistentes. Alguns micróbios nos ajudam a regular a ciclagem de nutrientes, a se defender contra agentes patogénicos e a otimizar as suas interações no ecossistema.
Tomemos o substrato como exemplo. Se não contiver microrganismos, nada impedirá uma possível invasão de patógenos. Por outro lado, se o solo tiver um bioma saudável, permanecerá em estado de equilíbrio, o que significa que, embora possam existir alguns patógenos, eles não podem se multiplicar de forma descontrolada.
O que são endófitos da maconha?
Endófitos são microrganismos que vivem no interior dos tecidos vegetais, estabelecendo uma relação simbiótica, neutra ou ocasionalmente parasitária. São considerados organismos separados da própria planta, mas vivem nela e dela dependem.
Esses organismos estão presentes em todas as espécies vegetais e são parte fundamental de seus ecossistemas internos. Os endófitos abrangem todos os tipos de espécies, formando associações simbióticas com plantas para troca de nutrientes e sinais bioquímicos, muitas vezes de formas mutuamente benéficas.
A nível etimológico, “endo” significa “dentro”, enquanto “fito” refere-se à planta. Portanto, endófito significa “dentro da planta”.
Como os endófitos são introduzidos nas plantas de maconha?
Dependendo da espécie, os endófitos possuem diversas formas de entrar nas plantas de maconha. Isso implica que estão presentes em todas as fases da vida de uma planta.
Os principais métodos de transmissão incluem:
Transmissão vertical: alguns endófitos são transmitidos das plantas-mãe para seus descendentes através de sementes e pólen. Isso garante que as gerações subsequentes herdem os micróbios benéficos.
Colonização radicular: os endófitos também entram nas plantas através das raízes, interagindo com o solo e a rizosfera.
Partes aéreas da planta: os micróbios podem entrar nas plantas através de suas folhas, caules e flores, através de orifícios microscópicos.
Os endófitos das plantas de maconha
As plantas de maconha abrigam vários endófitos em vários tecidos de sua anatomia. Vamos ver onde vivem os diferentes tipos e quais espécies podem ser encontradas em cada parte da planta.
Buds (flores/frutos): abrigam numerosos microrganismos, alguns dos quais são benéficos. As comunidades microbianas nos buds podem influenciar o perfil químico da planta, incluindo canabinoides e terpenos. Estas são algumas das espécies que podem estar presentes nos buds:
– Pantoea sp.
– Bacillus licheniformis
– Bacillus sp.
– Penicillium copticola
Tricomas: os endófitos podem viver não apenas nos buds, mas também nos tricomas que os cobrem. Acredita-se que os endófitos fixadores de nitrogênio presentes nas células dos tricomas contribuam para a ciclagem de nutrientes e possam influenciar a produção de canabinoides.
Sementes: atuam como transportadoras de endófitos e são um mecanismo chave para sua transmissão às gerações subsequentes. As espécies presentes nas sementes de maconha incluem:
– Brevibacterium sp.
– Aureobasidium sp.
– Cladosparium sp.
Folhas: alguns dos endófitos que vivem nas folhas poderiam melhorar a eficiência da fotossíntese e ajudar a combater doenças foliares. Estas são algumas das espécies endófitas de folhas de maconha:
– Pseudomonas sp.
– Cochliobolus sp.
– Alternaria sp.
Pecíolos: são as pequenas caudas que prendem as folhas aos galhos. Acredita-se que os microrganismos nos pecíolos facilitam o transporte de nutrientes entre os caules e as folhas, o que é essencial para a vitalidade das plantas. As espécies que habitam o bioma pecíolo incluem:
– Acinetobacter sp.
– Agrobacterium sp.
– Enterococcus sp.
Caules: contêm endófitos que ajudam a reforçar a sua integridade estrutural e também oferecem alguma proteção contra vários patógenos. Os endófitos do caule incluem as seguintes espécies:
– Alternaria sp.
– Schizophyllum sp.
– Aspergillus flavus
Raízes
As relações simbióticas estabelecidas entre raízes e microrganismos são um dos aspectos mais conhecidos e pesquisados da planta cannabis. Os endófitos associados ao sistema radicular desempenham papel fundamental no ciclo da rizofagia, por meio do qual as plantas recebem nutrientes dos microrganismos em troca dos açúcares que produzem. Endófitos de raiz incluem:
– Proteobactérias
– Criseobactéria
– Pseudomonas sp.
Como os endófitos beneficiam as plantas de maconha?
Os endófitos podem beneficiar as plantas de várias maneiras, e esse trabalho em equipe pode levar a espécimes mais saudáveis, mais potentes e produtivos. Então vale a pena conhecer suas vantagens!
Crescimento das plantas: alguns endófitos podem estimular a produção de hormônios de crescimento vegetal, como auxinas e citocininas. Isto incentiva a ramificação e o desenvolvimento das raízes, o que por sua vez melhora a absorção de nutrientes e contribui para um melhor crescimento geral.
Absorção de nutrientes: como mencionamos, a absorção de nutrientes pode melhorar graças aos endófitos das raízes. Esses microrganismos fornecem às plantas formas mais acessíveis de nutrientes essenciais (como nitrogênio e fósforo), melhorando assim sua absorção. Eles também trabalham simbioticamente com a planta para reciclar os nutrientes do solo.
Resistência a doenças: a presença de um ecossistema diversificado cria um ambiente competitivo, o que significa que os agentes patogénicos nocivos terão dificuldade em reproduzir-se e prejudicarão a saúde das plantas. Isto reduz o risco de doenças e infecções. Além do mais, alguns endófitos produzem compostos antimicrobianos que protegem a planta por dentro.
Modulação de metabólitos secundários: ao influenciar a biossíntese de canabinoides e terpenos, os endófitos podem afetar o aroma, o sabor e a potência de uma planta. Ainda estamos longe de saber aproveitar isso para modificar deliberadamente o sabor e os efeitos das nossas colheitas, mas simplesmente saber que isso pode ser feito é muito interessante.
Melhores colheitas: se levarmos em conta tudo isso, obteremos plantas mais saudáveis, melhor nutridas e com crescimento mais rápido, o que se traduz em maiores colheitas de buds de qualidade; afinal, é isso que a maioria de nós procura.
Como aproveitar o poder dos endófitos ao cultivar maconha
Dado o potencial dos endófitos para melhorar o desenvolvimento das plantas e o produto final, você pode estar se perguntando como aumentar a presença deles no seu cultivo. Muitas vezes é melhor deixar a natureza seguir seu curso; embora isso às vezes possa ser complicado. Aqui estão algumas dicas para manter em mente.
Não esterilize as sementes: em primeiro lugar, não esterilize as sementes de maconha, pois isso matará os micróbios benéficos que nelas vivem, evitando a transmissão vertical inicial. Preservar a transmissão natural da planta-mãe para a muda é uma maneira simples de dar às suas plantas a dose inicial de endófitos.
Use técnicas de cultivo regenerativas: as técnicas de cultivo regenerativo favorecem o aparecimento de vida no ambiente, o que inevitavelmente leva à presença de endófitos. Esses métodos de cultivo incluem plantio direto, cobertura morta e compostagem.
Os cultivos de cobertura também promovem a saúde do solo e fornecem habitat adequado para micróbios benéficos e, portanto, podem ajudar as suas plantas de maconha.
Aplicar endófitos diretamente: para obter um resultado mais rápido, você pode aplicar os endófitos diretamente. Isto é especialmente útil se você cultiva dentro de casa, onde é possível otimizar as condições ambientais para um melhor desenvolvimento. Para fazer isso, você pode usar inoculantes microbianos, como bactérias do ácido láctico (LAB) e algas.
O futuro dos endófitos no cultivo de maconha
Embora a investigação sobre endófitos da planta de cannabis ainda esteja numa fase inicial, o potencial destes organismos é enorme. E isto não se aplica apenas ao cultivo de maconha, mas a todos os cultivos em geral. Não só poderíamos fumar maconha melhor graças aos endófitos, mas também poderíamos comer alimentos mais saudáveis!
Mas quando se trata de maconha, podemos ser capazes de associar certos microbiomas a certas cultivares, de modo a obtermos o melhor de certos genótipos, melhorando ainda mais as suas qualidades. Ou talvez possamos desenvolver tratamentos ecológicos à base de endófitos para combater certas pragas e doenças e, assim, manter a saúde das plantas sem prejudicar o meio ambiente. Se houver vontade, as possibilidades são imensas.
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | jan 18, 2025 | Cultivo
Aos poucos, as plantas de maconha cultivadas ao ar livre estão se aproximando do seu pico e começarão a fase de floração. Se até aqui já foi feito tudo como deveria, neste momento as plantas estarão preparadas para o início desta nova fase. Mas não pense que tudo já está feito, pois as próximas semanas são cruciais e poderá arriscar toda a colheita.
POLUIÇÃO LUMINOSA
A poluição luminosa é causada principalmente pela iluminação pública e qualquer outro tipo de iluminação externa que, em alta intensidade, pode fazer com que as plantas atrasem ou não iniciem a floração. É também um importante fator de estresse ao qual as plantas fêmeas podem reagir produzindo flores masculinas. Além disso, plantas geneticamente fracas, como aquelas que possuem gene hermafrodita, terão maior tendência a apresentar essa característica.
Para saber se há poluição luminosa, tente ler as letras grandes de uma revista ou jornal. Se for capaz, então deve agir. Resolver isso pode ser fácil se usar uma tela de sombreamento ou tiver a possibilidade de mover as plantas.
CUIDADO COM OS POTENCIALIZADORES DE FLORAÇÃO
Estes são geralmente suplementos com alta concentração de nutrientes, especialmente fósforo (P) e potássio (K). Utilizá-los pode ser considerado essencial para aumentar a quantidade e a qualidade da colheita, pois são dois nutrientes que a planta exige em grandes quantidades. Evite começar com doses muito altas. A fertilização excessiva neste ponto deixará as plantas danificadas e irrecuperáveis. Deve começar sempre com uma dose mínima, aumentando gradativamente até as doses sugeridas pelo fabricante.
AS LAGARTAS
Estas são datas de atividade máxima para borboletas diurnas e noturnas. As plantas de maconha são um dos locais favoritos para pôr ovos. Assim que as larvas eclodem, elas começam a comer as folhas com um apetite voraz. O maior dano é causado quando decidem entrar nos buds, onde se sentem protegidas e o alimento é abundante, pois literalmente começarão a comer os buds por dentro.
Os excrementos da lagarta também produzem o fungo botrytis, que apodrece os buds, deixando-os inúteis. Verificações periódicas ajudarão a detectar ovos e pequenas lagartas. Também é uma boa ideia abrir ligeiramente alguns buds e verificar se não há nenhum destes visitantes indesejáveis no seu interior.
EXCESSO DE UMIDADE
Durante a fase de floração, o excesso de umidade é prejudicial. A soma da umidade e das altas temperaturas é um convite para que todos os tipos de fungos ataquem o cultivo. Desde o oídio, que é como um pó branco nas folhas, até a botrytis ou o temido fusarium, capaz de matar uma planta em muito pouco tempo.
Não é possível controlar o clima na região, mas é possível, com certos hábitos, evitar que o cultivo seja atacado em grande escala por fungos. Não regue nos horários de sol máximo ou ao anoitecer, faça isso no início do dia, sempre que possível. E se necessário, use um fungicida preventivo que evite maiores danos.
REGULAR O PH
Regular o pH é fundamental para que a planta assimile corretamente os nutrientes do solo. E especialmente quando cultivado em vaso. Durante a floração o pH deve ser levemente ácido, em torno de 6,5. Para conhecer esses valores, um simples medidor de pH reagente é suficiente. Não são os mais exatos, mas evitarão regar continuamente as plantas com um pH muito baixo ou muito alto, o que sem dúvida afetará a produção final.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | jan 11, 2025 | Cultivo
As algas são uma fonte de composto incrivelmente nutritiva para plantas de maconha e podem ajudar a regular os níveis de pH e aumentar o crescimento de bactérias benéficas no solo.
Conseguir uma boa colheita de maconha significa dar às suas plantas a melhor vida possível. Desde níveis de pH até umidade, fertilização, bactérias benéficas e muito mais, há muitos aspectos a serem considerados quando se trata de cultivar maconha. Gostaria que houvesse algo que pudesse ajudar em todos esses aspectos?
Bem, acontece que existe: algas marinhas! Ou, mais especificamente, kelp. Este organismo marinho está repleto de nutrientes e pode ajudar a manter um ambiente no qual as suas plantas de maconha possam crescer e desenvolver-se adequadamente.
O que são e de onde vêm?
Algas marinhas é o nome genérico dado a mais de 10.000 espécies de algas (mais especificamente, “macroalgas”) que vivem no mar. Esses organismos não vasculares vivem de uma combinação de luz solar, nutrientes absorvidos da água e dióxido de carbono. Como não são vasculares, não conseguem transportar nutrientes pelo corpo, por isso muitos permanecem quase submersos para sobreviver.
As algas podem ser muito pequenas a enormes. No caso das algas antárticas, pode atingir 33 metros de comprimento. Cada espécie tem aparência, sabor, composição e valores nutricionais próprios. Neste artigo, vamos nos concentrar nas algas kelp.
Qual é a diferença entre algas marinhas e kelp?
Kelp é uma subespécie de alga marinha particularmente nutritiva. Forma-se nas chamadas florestas de algas e cresce em águas rasas e ricas em nutrientes. É este ambiente que torna as algas tão benéficas para a maconha e outras plantas. As algas absorvem grande quantidade de minerais do oceano, que são então dispersos no solo quando utilizadas como fertilizante.
Em termos de conteúdo de nutrientes, é realmente incrível. Em geral, as algas contêm mais de 60 oligoelementos essenciais para o crescimento da cannabis. Entre eles estão o ferro, o manganês, o cobalto, o zinco e o molibdênio, todos muito benéficos para as plantas.
Quais são as vantagens do uso de algas no cultivo de maconha?
Fizemos uma pequena introdução, mas isso vai muito além. Abaixo apresentamos os prós e os contras do uso de algas para cultivar maconha.
Prós
– Contém mais de 60 oligoelementos essenciais para o desenvolvimento saudável da maconha
– Estimula o crescimento de microrganismos benéficos no solo
– Ajuda a manter um nível de pH adequado
– A cobertura morta de algas regula o teor de umidade do solo
– O spray foliar de algas fornece uma entrega rápida de nutrientes benéficos
– O pó pode ser misturado ao solo antes de iniciar o cultivo para criar um ambiente de cultivo muito fértil
Contras
– Em certos locais, pode ser ilegal coletá-los
– Podem ser difíceis de encontrar se você não mora perto da praia
Como usar algas no cultivo de maconha
Usar algas para cultivar maconha é bastante fácil e existem alguns métodos de administração diferentes, o que significa que você pode adaptar o uso de algas para fins específicos.
Diferentes formas de algas
Embora você possa simplesmente despejar algumas algas no solo e deixá-las se decompor, existem várias opções para escolher quando se trata de usar algas para cultivar maconha.
Farinha de alga marinha
A farinha de algas ou o pó de algas podem ser misturados diretamente no solo. Isso deve ser feito cerca de quatro meses antes da data em que pretende germinar as sementes. Este método melhora o meio de cultivo e cria um ambiente incrível para que suas plantas se desenvolvam perfeitamente.
Além de estar repleto de nutrientes, após vários meses o solo desenvolverá um próspero ecossistema de bactérias benéficas, que ajudarão a manter a saúde da sua planta ao longo do seu ciclo de vida. Além disso, o equilíbrio do pH do solo deve estar correto desde o início.
Para usar farinha de alga marinha, adicione cerca de meio quilo para cada 9m³ de solo e deixe agir por pelo menos quatro meses.
Fertilização foliar de algas em pó
A farinha de algas marinhas é misturada com um líquido para obter uma solução de algas marinhas. Este spray foliar fornece talvez o meio mais direto de obter todos os benefícios das algas em suas plantas de maconha. Basta borrifar nas folhas e elas irão absorvê-lo, transportando-o imediatamente por toda a planta.
No entanto, deve-se ter em mente que o uso de pulverização foliar não é um método de fertilização viável para aplicação regular. É ótimo para fornecer uma grande dose de nutrientes a uma planta que necessita, mas não deve substituir uma boa rotina de fertilização através do meio de cultivo.
Para fazer uma solução de algas marinhas, misture ½ colher de chá de farinha de alga marinha com 5 litros de água e aplique por pulverização.
Cobertura
A cobertura morta é outra ótima opção para usar algas marinhas com a maconha. Para a cobertura morta, você precisará de algas marinhas frescas e inteiras em sua forma natural. Depois de obtê-las, simplesmente empilhe-as ao redor da base da planta e deixe-as se decompor. À medida que se decompõe, sua matéria rica em nutrientes passará para o solo, onde as raízes da planta poderão absorvê-la. Além disso, à medida que se decompõem aos poucos, continuarão a alimentar a sua planta até que ela desapareça completamente.
Além do acima exposto, a cobertura morta também evita o crescimento de plantas invasoras, estimula o crescimento de bactérias saudáveis no solo, retém a umidade no substrato e ajuda a manter o equilíbrio correto do pH.
Compostagem
Você também pode adicionar algas frescas ao composto e deixar seus nutrientes se misturarem e melhorarem os da pilha de composto geral. Se escolher esta opção, misture bem as algas com o conteúdo da caixa de compostagem, caso contrário poderá impedir a boa circulação do ar e causar uma decomposição inadequada.
Fertilizante líquido
Outra opção muito simples é usar um fertilizante líquido à base de algas para fertilizar suas plantas de maconha. A administração de fertilizante líquido para algas é o mesmo que administrar qualquer outro fertilizante líquido. Basta adicionar a quantidade necessária à água e dar às plantas.
Embora a quantidade varie de produto para produto, uma colher de chá para cada 2,5 litros de água é suficiente ao usar fertilizante líquido de algas. No entanto, não fique tentado a exagerar, pois isso teria consequências negativas.
Como coletar algas
É muito fácil comprar fertilizantes, pó e farinha de algas marinhas online ou em centros de jardinagem. No entanto, se você mora perto do mar, também pode procurar suas próprias algas marinhas.
Você encontrará algas espalhadas ao longo da costa quando a maré baixar e poderá pegá-las e levá-las para casa. Verifique as leis locais antes de fazer isso, pois é ilegal em alguns lugares. Além disso, lembre-se de que outros organismos também se alimentam de algas, por isso não retire todas as algas da praia, pois corre o risco de danificar o ecossistema local.
Algas marinhas e maconha: vale a pena?
Sim, definitivamente. O único caso em que ficar sem algas pode compensar é se for difícil obtê-las. Mas na maioria dos casos, comprá-la não deve ser um problema e encontrá-la também deve ser bastante fácil, dependendo de onde você mora.
As algas marinhas são talvez o fertilizante mais rico em nutrientes disponível para o cultivo de maconha, para não mencionar as suas muitas outras vantagens. Se tem a possibilidade de utilizar algas no seu cultivo, deve fazê-lo!
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | jan 4, 2025 | Cultivo
A mosca-minadora é uma das pragas mais comuns em qualquer cultivo ao ar livre (outdoor) de maconha. Não é tampouco uma das pragas mais prejudiciais, pois na maioria dos casos não haverá mais danos em alguma folha. É muito difícil que seja uma praga que causa danos graves, mas como toda praga, sempre convém conhecer, prevenir e tratar. E também é exclusivo para o cultivo outdoor.
A é uma larva tanto de dípteros (moscas ou mosquitos) quanto de microlepidópteros (pequenas borboletas e polímamos). E mesmo que possam ser de insetos tão diferentes, os danos são praticamente idênticos. Tudo começa com os insetos adultos, que ao longo da primavera e do verão depositam seus ovos dentro das folhas, dentro do tecido. Lá eles estarão a salvo de qualquer possível predador, além de serem praticamente indetectáveis para nós.
Uma vez que o ovo eclode, uma pequena larva começa no canto da epiderme da folha. Para não sair para o exterior da folha, faça túneis, “caminhos” ou minas longitudinais de aproximadamente 1 mm até vários centímetros de largura, normalmente de forma irregular. À medida que passam os dias e a larva cresce, o caminho faz-se cada vez mais largo.
Quando a larva tem o tamanho adequado, ela se transforma em pupa e cessa os danos. Ela pode permanecer na folha ou cair no solo quando terminar o ciclo. Passados uns dias, da pupa surgirá um inseto adulto que começará a se reproduzir rapidamente. Nas condições favoráveis que ocorrem nos meses finais da primavera e princípios do verão, as minadoras completam o ciclo de vida até a larva em uma das semanas.
DANOS
O dano, como dizemos, é realmente leve. Nos cultivos de maconha e devido aos caules lenhosos da planta, os danos só serão observados nas folhas onde os insetos depositam os seus ovos. Cada larva causará danos a uma folha. Em cultivos de outras espécies, também podem perfurar caules e frutos, como é o caso de árvores frutíferas e leguminosas.
Os sulcos ou minas que produzem reduzem significativamente a capacidade da folha de realizar a fotossíntese. Em grandes plantas este dano é insignificante. Em plantas pequenas, eles podem retardar o seu crescimento.
CONTROLE E TRATAMENTO
Em princípio, é uma praga complicada de prevenir, mas fácil de eliminar quando detectada. Uma vez localizado o sulco deixado na folha, é fácil detectar a larva em uma das extremidades desses sulcos. Eles podem ser simplesmente esmagados com os dedos, sem usar nenhum inseticida.
Em plantas grandes com grande massa foliar, torna-se difícil fazer uma verificação completa. Como dizemos, nestes casos o dano é mínimo. O tratamento de controle pode ser desnecessário. Se for preciso recorrer a um inseticida, um sistêmico que penetre no organismo da planta será sempre melhor.
O óleo de Neem também é bastante eficaz. Neste caso adicionado à irrigação para permitir que a planta o absorva. O Neem faz com que a seiva da planta tenha um sabor amargo, algo que desagrada os insetos que tentam se alimentar das folhas das plantas.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | dez 31, 2024 | Cultivo
Nos cultivos de maconha, especialmente ao ar livre, as pragas de insetos são um perigo real e podem se tornar um grande problema. Existe uma longa lista de insetos que podem danificar as plantas de maconha, mas também existem muitas maneiras de combatê-los. Neste post, veremos se as formigas representam um risco para o seu cultivo de maconha e o que você pode fazer a respeito.
As formigas são um problema para as plantas de maconha?
As formigas são atraídas pela cannabis? Eles se alimentam disso? É importante saber as respostas a estas perguntas, pois é bastante provável que em algum momento você encontre formigas perambulando pelas suas plantas, principalmente se você cultiva ao ar livre.
Se você encontrar algumas formigas nas plantas ou ao redor delas, isso não significa necessariamente que algo esteja errado. As formigas estão praticamente por toda parte e percorrem grandes territórios em busca de alimento (e esses territórios incluem as plantas de maconha).
Mas de tempos em tempos, as formigas podem se tornar um problema sério. Para responder às duas perguntas acima: não, as formigas não são atraídas pela cannabis e normalmente não a comem. Então qual é o problema?
Primeiro, as formigas podem fazer ninhos ao redor das raízes das plantas. E à medida que os formigueiros ficam maiores, a escavação contínua pode tornar-se problemática e danificar as raízes. Isso, por sua vez, pode afetar o desenvolvimento das plantas e reduzir sua produtividade.
Em segundo lugar, as formigas atuam como pequenos “criadores de gado” ou “pastores” de pulgões, e se alimentam das secreções açucaradas (melada) desses insetos e moscas brancas. Se as formigas encontrarem um grupo de pulgões em suas plantas, elas os protegerão para que possam coletar sua melada.
Ao protegê-los de predadores (como joaninhas), o número de pulgões e moscas brancas aumentará. A má notícia? Esses insetos devorarão suas plantas de maconha e, se você não tomar medidas para controlá-los, sua infestação poderá causar sérios danos e até a morte das plantas.
Assim, da mesma forma que os humanos destroem as florestas para a exploração agropecuária, as formigas podem destruir uma colheita de maconha “pastando” e protegendo os pulgões e as moscas brancas.
Como detectar uma infestação de formigas em suas plantas de maconha
Como mencionamos, ver algumas formigas em suas plantas não significa que haja uma infestação. Os sinais de uma infestação incluem:
– Um grande número de formigas nas plantas
– Formigueiros no solo ao redor de suas plantas
– Grande número de pulgões, moscas brancas ou cochonilhas
– Plantas pálidas e murchas (se isso não for acompanhado de outros sinais, é improvável que as formigas sejam a causa).
Como se livrar das formigas nas plantas de maconha: soluções naturais
As colônias de formigas são muito fortes, mas sua resistência tem limite e logo decidirão mudar para um ambiente mais acolhedor. A seguir explicamos várias maneiras completamente naturais e ecológicas de se livrar das formigas em um cultivo de maconha.
Canela em pó ou café moído
As formigas não gostam de canela ou café moído, então esses ingredientes culinários são uma das melhores maneiras de se livrar desses insetos.
Se perceber que estão começando a cavar a terra, basta adicionar uma colher de canela ou café moído onde observar uma grande concentração de formigas. Em muitos casos, os aromas intensos destas substâncias serão suficientes para assustá-los.
Mas se isso falhar, nem tudo está perdido! Misture um pouco de canela ou café moído com água (você pode usar a mesma quantidade que usaria normalmente para regar as plantas) e regue com essa mistura, distribuindo uniformemente pelo solo. Quando a canela ou o café penetram no solo, as formigas se dispersam.
Óleo de nim
Vindo da árvore de nim, o óleo de nim (ou neem) é um aliado valioso nos cultivos orgânicos de maconha. Este óleo essencial contém compostos inseticidas poderosos e tem sido usado na agricultura e na etnomedicina há séculos. Pode ser pulverizado diretamente nas plantas como pesticida de ação imediata, ou aplicado semanalmente ou periodicamente como medida preventiva. O óleo de neem não é prejudicial a espécies benéficas, como joaninhas e minhocas. Além disso, pode ser adicionado à água de irrigação para evitar o apodrecimento das raízes.
Para preparar uma boa mistura desse pesticida, basta adicionar 1 colher de chá de óleo de nim e 5 gotas de surfactante (por exemplo, detergente para louça) por litro de água. O surfactante é necessário porque o óleo de nim não se mistura bem com água. Se usar água morna será mais fácil misturar tudo. Deixe a mistura esfriar antes de aplicá-la nas plantas e use um pulverizador com bico o mais fino possível para pulverizar a parte superior e inferior de todas as folhas.
O óleo de neem pode não ser a melhor solução quando há formigas formando ninhos no solo, mas é perfeito se você detectar uma colônia de formigas “pastoreando” outros insetos em suas plantas. O óleo de neem cuidará de ambas as pragas ao mesmo tempo.
Terra diatomácea
A terra diatomácea é um método natural e seguro de controle de pragas que não libera substâncias tóxicas prejudiciais às plantas ou ao cultivador. Este material é uma rocha siliciosa resultante de restos fossilizados de pequenos seres de casca dura, e pode ser facilmente decomposto em pó que tem inúmeras utilizações industriais; e um deles é como um excelente inseticida (que é o que interessa aos cultivadores de maconha).
A terra de diatomáceas é abrasiva, por isso arranha o exoesqueleto dos insetos ao entrar em contato e, graças à sua alta porosidade, absorve os fluidos vitais de qualquer inseto. Este não é exatamente o ambiente que as formigas procuram, nem é algo ao qual uma praga possa se tornar resistente (ao contrário dos pesticidas químicos). Além disso, a terra diatomácea melhora a retenção de água no solo, conservando a umidade, secando lentamente e aumentando a oxigenação do substrato.
Se você usar terra diatomácea, terá que ter cuidado, pois pode irritar a pele, os olhos e o trato respiratório.
Insetos benéficos
Alguns insetos se alimentam de formigas, incluindo vespas, nematoides benéficos, aranhas e (surpreendentemente) algumas espécies de borboletas. Mas as colônias de formigas são muito numerosas e a introdução desses insetos não será suficiente para eliminá-las. Além do mais, as formigas podem atacar insetos predadores para proteger seu “gado”.
Dito isto, um jardim onde os insetos benéficos são abundantes pode dificultar a fixação de residência das formigas.
Como evitar que as formigas danifiquem as suas plantas de maconha em colheitas futuras
Na maioria dos casos, não é muito provável que as formigas causem problemas em um cultivo de maconha bem cuidado. Esses insetos não procuram ativamente as plantas de cannabis, mas são atraídos por elas através de outros insetos, como pulgões, moscas brancas e cochonilhas. Portanto, se você conseguir manter sua plantação livre desses insetos, as chances de você sofrer de um problema com formigas são muito baixas.
Se você perceber que há cada vez mais formigas, polvilhe um pouco de canela ou café moído no solo e considere borrifar as plantas com óleo de neem. Mesmo que você não perceba nada, esta medida pode interromper os estágios iniciais de uma infestação e prevenir maiores danos.
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | dez 28, 2024 | Cultivo
Cultivar ao ar livre não é fácil quando você não tem espaço amplo. Mas nem tudo está perdido e você sempre pode procurar uma alternativa. No post de hoje falaremos sobre o cultivo de variedades autoflorescentes (automáticas) em terraços, varandas e outros pequenos espaços.
Quando você pode cultivar plantas autoflorescentes?
Há poucos dias acabou a primavera. E para o cultivador ao ar livre significa que foi a melhor estação para começar a cultivar. Guerrilhas, hortas, jardins… ou se não tiver outro local, até varandas ou pequenos terraços. Nestes dois últimos casos, as coisas podem ser mais complicadas.
Normalmente são espaços muito pequenos, onde só há espaço para uma ou duas plantas. Além disso, geralmente há vizinhos próximos, por isso as plantas devem ser pequenas.
As opções nestes casos são diversas. Ou comece o cultivo tarde e reduza a fase de crescimento para que as plantas não atinjam um tamanho grande.
Você também pode optar por usar vasos pequenos que limitam o crescimento das raízes. Ou fazer alguma poda que reduza a altura das plantas.
Ou uma muito interessante, que é o cultivo de variedades autoflorescentes. Passamos pela fase ideal para o cultivo de plantas autoflorescentes em terraços por vários motivos.
O comportamento das variedades autoflorescentes
Todas as variedades autoflorescentes têm comportamento semelhante. Eles têm um período de crescimento de 3 a 4 semanas. E então, independentemente do número de horas que recebem, eles começam a florescer.
As autoflorescentes mais rápidas são colhidas em apenas cerca de 8 semanas após a germinação. Isso significa colheitas super rápidas.
As variedades fotodependentes, por outro lado, só começam a florescer depois de meados de janeiro, sendo as mais rápidas colhidas em meados de março.
Aproveitando este rápido cultivo, é possível realizar três colheitas ao longo dos meses de primavera e verão, algo impensável com uma variedade fotoperíodo.
Além disso, as plantas autoflorescentes têm um período de crescimento muito curto e geralmente não excedem um metro de altura. Tem um tamanho mais que ideal para um terraço onde não se pretende chamar muita atenção.
Ao contrário das variedades automáticas e em comparação com as variedades fotodependentes, estão um passo abaixo. Embora as diferenças entre as duas em termos de qualidade da colheita sejam cada vez menores.
Mesmo assim, tendo em conta que cada uma pode dar em média 75 gramas e que podemos fazer três colheitas… o resultado final não será nada mau.
Como cultivar plantas automáticas em terraços
Sabendo que este tipo de genética tem um período de crescimento limitado, é aconselhável que atinjam a maior altura antes de começarem a florescer.
Três semanas é realmente um tempo muito curto. E qualquer falha fará com que as plantas fiquem pequenas antes de começarem a florescer.
Porque uma vez iniciada a floração, o crescimento continua durante as primeiras semanas e depois estagna.
Evite qualquer tipo de estresse
Portanto, a primeira coisa a ter em mente com as plantas autoflorescentes em terraço (e sempre em geral) é evitar qualquer tipo de estresse que possa retardar o seu desenvolvimento neste curto período de tempo.
E um grande fator de estresse é o que é necessário para a planta se recuperar de um transplante. Qualquer outra variedade agradece um transplante para ter um novo espaço para desenvolver novas raízes. Mas também é normal que depois disso a planta diminua o seu crescimento. Mas no final não vamos notar quando falamos de um período de crescimento de um, dois ou três meses.
Mas é perceptível se eliminarmos dois ou três dias de crescimento de 21 dias. Portanto, levando isso em consideração, será sempre preferível optar por um vaso grande desde o primeiro dia.
As plantas terão crescimento ininterrupto até o início da floração. E se utilizarmos um substrato rico em nutrientes, não precisaremos utilizar nenhum tipo de fertilizante na fase de crescimento.
Um bom tamanho de vaso seria de pelo menos 15 litros. Se tiver que ser menor por algum motivo, pelo menos não deve ser inferior a 9 a 10 litros.
Não realize podas em uma planta autoflorescente
Geralmente, a altura não é um problema quando se cultivam plantas autoflorescentes em terraços. Como dizemos, raramente ultrapassarão 100-110 cm de altura. Na maioria dos casos, menos ainda.
Mas dependendo da genética e das condições, algumas variedades podem atingir mais de um metro e meio de altura.
Nestes casos em que é necessário reduzir a altura por motivos de discrição, a pior opção de todas é sempre realizar podas.
É sempre preferível fazer uma guia. Com algumas estacas e numa planta que ainda não terá caule lenhoso é muito simples.
A razão é simples e voltamos ao ponto anterior. Qualquer estresse que a planta sofra durante o seu crescimento servirá apenas para, em última análise, reduzir a produção.
Além disso, com um período de crescimento tão curto, a planta não terá tempo para se recuperar. Se tentarmos ter uma planta mais ramificada, não conseguiremos.
Como você pode obter até 3 colheitas
Conseguir 3 colheitas com plantas autoflorescentes em terraços não é fácil. Depende do clima, que exige que a primavera seja ensolarada e com pouquíssima chuva, bem como final do verão/início do outono.
Não será possível com todas as variedades autoflorescentes, mas será possível com as mais rápidas, cerca de 8-9 semanas no total. Assim precisará de cerca de 24-27 semanas para realizar 3 colheitas consecutivas.
Para agilizar ainda mais o tempo, um dia antes da primeira colheita do primeiro ciclo, coloque as sementes do segundo ciclo para germinar.
Referência de texto: La Marihuana
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