Dicas de cultivo: como fazer um transplante nas plantas de maconha

Dicas de cultivo: como fazer um transplante nas plantas de maconha

Uma das tarefas mais comuns no cultivo de maconha é o transplante, ou seja, mover a planta de um vaso ou recipiente para um maior. Uma planta crescerá tanto quanto suas raízes permitirem. Quando já tiverem colonizado todo o substrato disponível, é preciso oferecer a ela mais substrato para que possa continuar seu desenvolvimento sem problemas. Caso contrário, a oxigenação é reduzida e a atividade das raízes diminui.

Embora um transplante não seja complicado, ele sempre envolve estresse para a planta, o que normalmente retarda seu crescimento por alguns dias até que ela comece a se desenvolver fortemente novamente graças ao novo substrato disponível e aos nutrientes de qualidade que ele contém. Para minimizar esse estresse e não prejudicar a planta, o post de hoje vai te ensinar como transplantar corretamente.

A primeira coisa, claro, é ter um bom substrato. E um bom substrato não é aquele que contém mais nutrientes, mas sim aquele que tem uma estrutura agradável para as raízes. Primeiramente, deve ser um substrato arejado, rico em turfa, perlita ou fibra de coco. Se também contiver composto, húmus de minhoca, entre outros ingredientes orgânicos, estaremos garantindo um suprimento de nutrientes por várias semanas. Caso contrário, teremos que usar fertilizantes líquidos ou sólidos após um curto período de tempo.

O número de transplantes que devem ser feitos sempre dependerá do método de cultivo de cada cultivador ou das necessidades da planta. As primeiras semanas de vida de uma planta devem ser passadas em vasos de 3 a 7 litros. Será mais fácil controlar a rega ou até mesmo movimentar os vasos, se necessário, em caso de chuva ou na hora de procurar o melhor lugar para as plantas.

O primeiro transplante geralmente é realizado após o mês de crescimento, embora, como dizemos, isso dependa muito do ritmo de crescimento da planta. Não faz muito sentido transplantar quando a planta ainda é pequena e ainda não consumiu os nutrientes do substrato. O tamanho dos vasos pode variar muito dependendo de quantos transplantes você deseja realizar. É possível optar por um tamanho de vaso intermediário (10-20 litros), ou optar por um vaso ou recipiente grande de até algumas centenas de litros.

Além disso, aproveitaremos cada transplante para corrigir qualquer estiramento que possa ocorrer, cobrindo o máximo possível do caule com substrato. Durante a floração e quando a planta tem que suportar o peso dos brotos, ela apreciará um caule robusto. Além disso, em dias de chuva ou vento, ajudará muito a evitar possíveis quebras. Não é aconselhável transplantar quando a planta estiver em floração ou em fase de transição.

O melhor momento para transplantar é quando é hora de regar. O substrato não será muito pesado e poderemos retirar a planta do vaso sem maiores problemas, sempre batendo nas laterais do vaso para que as raízes presas se soltem sem causar danos. Também é aconselhável, é claro, evitar horas de sol e calor máximos. As melhores horas são de manhã e à noite.

A primeira coisa é preparar o novo vaso colocando uma boa camada de drenagem, como argila, pequenas pedras, pedaços de tijolos… a melhor opção é algum material sem bordas. Depois adicionaremos uma base de substrato. Para maior praticidade, é interessante utilizar como molde negativo a planta que ainda não foi retirada do vaso ou um vaso vazio do mesmo tamanho.

Ou seja, coloque o vaso pequeno dentro do grande e preencha os espaços com substrato, pressionando levemente. Ao remover o vaso pequeno, haverá espaço suficiente para inserir a planta. Cubra o substrato o quanto for necessário, sempre sem comprimi-lo demais. Em seguida, você precisará regar e o substrato tenderá a assentar. Se necessário, faça novamente o preenchimento, finalizando assim o transplante.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: lavagem de raízes pré-colheita – por que, quando e como fazer?

Dicas de cultivo: lavagem de raízes pré-colheita – por que, quando e como fazer?

Os cultivadores ao ar livre estão cada vez mais ansiosos pela colheita. E há poucas coisas que melhoram mais a qualidade da planta do que uma boa lavagem das raízes, também chamado de “flush”. A diferença entre buds com sabor excelente e outros com sabor mais forte que, como dizem, “arranha a garganta”, tem muito a ver com algo tão simples quanto lavar as raízes. No post de hoje você vai aprender por que, quando e como fazer isso.

POR QUE FAZER UMA LAVAGEM DE RAÍZES

O principal motivo é eliminar todos os nutrientes disponíveis no substrato. Dessa forma, a planta será forçada a consumir os nutrientes armazenados nas folhas. Depois de lavar as raízes, é normal que a planta comece a ficar amarela, sinal de que foi feita a coisa certa. E o resultado serão buds com sabor mais suave, pois quase não contêm nutrientes armazenados.

Alguns deles continuarão a se degradar durante a secagem e a cura. O nitrogênio, por exemplo, que está muito presente na clorofila, se degrada facilmente e, com o tempo, muda do verde típico da erva recém-cortada para uma cor mais opaca. Mas outros, como o potássio, não se decompõem tão facilmente. Um bud que “arranha” a garganta quando consumido após a secagem é devido a uma lavagem da raiz mal realizada.

QUANDO DEVE SER FEITO?

Obviamente, é preciso dar à planta tempo suficiente para forçá-la a consumir os nutrientes armazenados. Normalmente, a lavagem de 10 a 15 dias antes da colheita será suficiente. Dependerá muito também do tamanho do vaso ou recipiente, bem como do tamanho da planta. Não existe realmente nenhuma regra que garanta a melhor lavagem da raiz.

COMO FAZER UMA LAVAGEM DE RAÍZES

É algo muito simples e para o qual existe uma regra, que é usar pelo menos três vezes mais água do que a capacidade do vaso. Ou seja, para uma planta em um vaso de 10 litros, usará 30 litros de água para lavar.

Como na maioria dos casos é inevitável usar água da torneira não sedimentada, precisará de uma quantidade reservada de água sedimentada para usar no final da lavagem. Isso evitará que o cloro afete o substrato.

E começará despejando água no substrato como se estivéssemos regando. Comece devagar, dando tempo para que a água encharque todo o substrato sem deixar nenhuma área seca. A água começará a escorrer do vaso, escurecendo no início e depois clareando com o tempo.

Chegará um momento em que a água sairá quase cristalina. Mas continue adicionando três vezes mais água do que a capacidade do vaso. Uma vez finalizado e a partir desse momento até a colheita, não utilize nenhum tipo de fertilizante ou aditivo com macronutrientes.

UMA OPÇÃO PARA ECONOMIZAR ÁGUA

A água é barata, mas isso não significa que não podemos fazer a nossa parte para evitar o desperdício. Para lavagens de raízes, uma excelente opção são os produtos chamados “Flush”. Esses produtos dissolvem os sais acumulados no substrato e depois basta removê-los com regas abundantes e podem ser encontrados em lojas especializadas de cultivo e jardinagem.

Eles são usados ​​como se fossem fertilizantes, adicionando-os à água de irrigação e regando a planta. Deixe o produto agir por alguns minutos antes de adicionar mais água para remover todo o excesso de nutrientes. Em vez de usar três vezes mais água do que falamos, você só precisará usar a mesma quantidade de água que a capacidade do vaso.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como resolver o excesso e a falta de água no cultivo de maconha

Dicas de cultivo: como resolver o excesso e a falta de água no cultivo de maconha

Regar demais ou de menos pode prejudicar o crescimento das plantas de maconha e causar vários problemas. Este guia analisa os sinais de ambos os desequilíbrios e como corrigi-los. Aprenda a identificar sintomas como folhas amareladas, murcha e crescimento lento, e leia algumas dicas sobre como preveni-los.

Para obter uma colheita de maconha abundante e bem-sucedida, vários fatores devem ser levados em consideração. E embora a iluminação, a fertilização, a ventilação e a umidade desempenhem papéis importantes no desenvolvimento ideal e na vitalidade de um cultivo, a irrigação é um dos aspectos mais importantes quando se trata de manter suas plantas de maconha saudáveis ​​e fortes.

Mas regar a maconha nem sempre é tão simples quanto parece. Muitos cultivadores acreditam que as plantas precisam ser regadas diariamente para atender às suas necessidades, mas a verdade é que o processo de rega é muito mais complexo.

Regar plantas de cannabis é um ato de equilíbrio que leva tempo e experiência para ser aperfeiçoado. Muita água pode causar sérios problemas para as plantas e até mesmo dificultar a absorção de oxigênio. No outro extremo do espectro, a falta de água pode resultar em condições extremamente secas que deixam as plantas sedentas e fazem com que murchem.

A seguir você aprenderá como identificar se está regando suas plantas demais ou de menos e como resolver ambos os problemas.

Sintomas de excesso de água em plantas de maconha

O excesso de água é um erro muito comum no cultivo de maconha e geralmente é causado por cultivadores que se preocupam demais em garantir que suas plantas recebam hidratação constante. É uma armadilha na qual principalmente os iniciantes tendem a cair.

Na verdade, as plantas de maconha usam seu sistema radicular para respirar, bem como para absorver água e nutrientes. Se as raízes ficarem constantemente encharcadas, elas acabarão se afogando.

O primeiro passo para corrigir esse problema é identificar os sintomas. Descubra os sinais aos quais você deve ficar atento.

Sinais de que as plantas de maconha receberam muita água

Os principais sintomas de excesso de água incluem:

Folhas murchas: o excesso de umidade no solo reduz a absorção de oxigênio, o que interfere na transpiração e faz com que as folhas percam o turgor e fiquem murchas.

Folhas amareladas (clorose): ao inibir a absorção de nutrientes, ocorrem deficiências que fazem com que as folhas fiquem amarelas.

Folhas enroladas: regar demais suas plantas de maconha causará estresse, o que fará com que as folhas se enrolem para baixo em forma de “garra”.

Crescimento lento: muita água afeta os processos fisiológicos que as plantas realizam para crescer adequadamente, causando um desenvolvimento mais lento.

Crescimento de fungos: um substrato muito encharcado pode causar um aumento de umidade no ambiente de cultivo, criando condições ideais para o desenvolvimento de fungos patogênicos, como o oídio.

Solo encharcado: logicamente, solo encharcado já é uma indicação de excesso de água. Para verificar se está muito úmido, basta inserir o dedo cerca de 3 cm no solo ou levantar o vaso para determinar seu peso. O ideal é que a camada superior não fique encharcada e que não haja acúmulo de água embaixo dos vasos.

Problemas de raiz em mudas regadas em excesso

Os cultivadores de maconha geralmente não prestam muita atenção às raízes porque, diferentemente das partes aéreas das plantas, elas não são visíveis. No entanto, as raízes desempenham um papel vital na saúde e fisiologia das plantas, trabalhando junto com micróbios benéficos para obter nutrientes e absorver oxigênio e água.

Como consequência dessas funções essenciais, a saúde das plantas se deteriorará rapidamente se as raízes forem afetadas. O excesso de água sufoca as raízes da planta, impedindo-as de absorver os nutrientes, micróbios e oxigênio que as plantas precisam para sobreviver e crescer.

As mudas são especialmente suscetíveis ao excesso de água, o que pode causar apodrecimento das raízes e murcha por fungos, fazendo com que elas murchem. Quando as raízes ficam expostas a quantidades excessivas de água por muito tempo, suas pontas escurecem, ficam viscosas e exalam um mau cheiro.

Sintomas de irrigação insuficiente em plantas de maconha

Muita água pode causar danos às plantas de maconha, mas a falta de água também causa estragos em seu vigor, crescimento e produção. Descubra abaixo os sinais de falta de irrigação e os fatores que contribuem para esse problema.

Sinais de que as plantas de cannabis precisam de água

Os principais sintomas de irrigação insuficiente incluem:

Murcha: se não receberem água suficiente, as folhas perdem a turgidez e murcham.

Folhas secas e quebradiças: a incapacidade de transportar água suficiente para os tecidos foliares fará com que as bordas e pontas sequem e se tornem quebradiças.

Descoloração: a escassez de água força as plantas a priorizar brotos mais novos, então as folhas maduras ficarão amarelas ou marrons.

Crescimento lento: menos água reduz as funções metabólicas da planta, incluindo a absorção de nutrientes e a fotossíntese.

Enrolamento das folhas: quando as plantas não recebem água suficiente, as folhas em leque tendem a enrolar para cima ou para baixo.

Fatores ambientais que contribuem para a escassez de água

A escassez de água geralmente é causada por vários fatores, como:

Rega insuficiente: embora não seja muito comum, não regar o suficiente pode causar problemas para as plantas.

Calor excessivo: temperaturas altas e prolongadas aumentam a evaporação da água e ressecam o solo.

Vasos pequenos: recipientes muito pequenos para plantas secam muito mais rápido e não retêm água suficiente para variedades grandes.

Meio de cultivo inadequado: um substrato muito arenoso e rico em substâncias como perlita e vermiculita drena e seca muito rapidamente.

Principais diferenças entre excesso de água e falta de água

Confira a seguinte comparação entre os sintomas de excesso e falta de água para ajudar você a diagnosticar corretamente suas plantas de maconha.

Condições do solo

– Excesso de água: constantemente molhado e encharcado, sem aeração adequada
Escassez de água: seco e quebradiço

Textura das folhas

– Excesso de água: macia, flácida e pesada
– Escassez de água: fina, seca e quebradiça

Cor da folha

– Excesso de água: verde escuro
– Escassez de água: verde claro a amarelo e marrom em casos extremos

Aparência das folhas

– Excesso de água: murcha e inchada, enrolada para baixo
– Escassez de água: seca e quebradiça, enrolada para cima ou para dentro

Condição da raiz

– Excesso de água: aparência marrom e viscosa com odor fétido (sinal de podridão da raiz)
– Escassez de água: seca e quebradiça

Taxa de crescimento

– Excesso de água: crescimento atrofiado e novos brotos descoloridos ou subdesenvolvidos
– Escassez de água: crescimento atrofiado e novos brotos com boa aparência.

Odor no espaço de cultivo

– Excesso de água: úmido e mofado
Escassez de água: sem odor ou um leve aroma de “poeira”

Condições ambientais

– Excesso de água: alta umidade, baixas temperaturas e drenagem inadequada
Escassez de água: altas temperaturas, baixa humidade, drenagem rápida

Com que frequência você deve regar suas plantas de maconha?

Essa pergunta tem várias respostas diferentes, pois há muitas variáveis ​​em jogo. Por exemplo, temperatura, umidade e outros fatores ambientais podem influenciar a frequência e a quantidade de água que as plantas precisam.

No entanto, há certos sinais que indicam que é hora de regar. Novamente, verificar a condição da camada superior do substrato é uma maneira confiável de saber quando fazer isso; espere até que esteja completamente seco antes de regar novamente, para evitar saturar o solo.

Depois de fazer isso algumas vezes, você saberá quanto tempo esperar entre as regas e poderá seguir esse padrão.

Prestar atenção nas folhas é outra maneira de saber se a planta precisa de água. Obviamente, não é uma boa ideia esperar os sintomas aparecerem, mas qualquer sinal de murcha deve ser imediatamente regado.

Como corrigir o excesso de água em plantas de maconha

Se você teve problemas relacionados ao excesso de água no passado, ou simplesmente quer evitá-los, confira os seguintes métodos preventivos:

Verifique o solo: insira o dedo no substrato a uma profundidade de aproximadamente 3 cm e regue novamente somente quando essa camada de solo estiver completamente seca.

Aumente a temperatura: instale aquecedores para aumentar a temperatura para 27-29°C e acelerar a evaporação.

Adicione melhoradores de solo: como perlita, areia e vermiculita, para melhorar a drenagem e evitar que a água se acumule ao redor das raízes.

Areje o substrato: insira gravetos ou estacas no solo para criar canais de entrada de ar.

Use ventiladores: coloque ventiladores no seu espaço de cultivo para manter um bom fluxo de ar e aumentar ainda mais a evaporação.

Escolha os vasos certos: vasos inteligentes e vasos de tecido melhoram a aeração e a drenagem, evitando o alagamento.

Medidas de emergência para plantas de maconha com excesso de água

Às vezes é tarde demais para aplicar medidas preventivas. Se suas plantas estiverem se afogando, você pode seguir alguns passos simples para drenar e arejar o solo:

Comece colocando uma cunha ou bloco de madeira sob um lado do vaso. Isso manterá a planta inclinada e ajudará a água a drenar pelo fundo do recipiente.

Em seguida, posicione um ventilador de modo que ele direcione o ar sobre a superfície do substrato. Essa técnica melhorará a circulação de ar e acelerará a evaporação.

Se possível, aumente um pouco a temperatura. Se você não tiver um aquecedor no seu espaço de cultivo, coloque a planta perto de uma janela voltada para o sul ou ao ar livre, sob luz solar direta, por várias horas.

Por fim, aplique uma camada generosa de material absorvente, como perlita ou fibra de coco seca, sobre a superfície do substrato para retirar o excesso de umidade. Retire-o quando estiver encharcado para evitar que a evaporação seja prejudicada.

Replantio para salvar plantas regadas em excesso

As dicas acima funcionam para a maioria dos casos de excesso de água, mas em casos extremos você terá que remover a planta do vaso. Siga estes passos:

1 – Coloque a palma da mão na superfície do substrato, de modo que o caule da planta fique entre o dedo indicador e o dedo médio. Vire o vaso de cabeça para baixo e deslize cuidadosamente a raiz para fora do vaso.

2 – Coloque a planta em uma superfície plana e limpa. Seque o excesso de umidade do torrão com papel absorvente.

3 – Usando uma tesoura de poda limpa, corte quaisquer sinais de podridão da raiz. Remova pontas escurecidas, raízes marrons e quaisquer outras partes que pareçam viscosas ou tenham cheiro ruim.

4 – Pegue outro vaso e encha-o com novo substrato. Adicione 30% de perlita para uma drenagem ideal.

5 – Faça um buraco grande o suficiente para caber a raiz. Adicione 5 g de fungos micorrízicos para ajudar o sistema radicular a se recuperar e prevenir doenças.

6 – Transplante sua planta para o novo recipiente. Regue o meio de cultivo até que a água comece a sair por baixo do vaso.

Como resolver a falta de água nas plantas de cannabis

Agora que você sabe como resolver o problema do excesso de água, vamos ver o que fazer com as plantas de maconha que recebem pouca água. Se suas plantas apresentarem sintomas desse problema, como folhas enroladas ou quebradiças, é importante agir rapidamente, mas com cuidado, para evitar causar mais estresse.

Regar em excesso após uma seca pode fazer mais mal do que bem. Plantas com pouca água geralmente apresentam raízes secas e estressadas e perdem pelos radiculares (estruturas fundamentais para absorção). E se forem subitamente inundadas com água, as raízes não conseguirão retomar sua função normal imediatamente, o que resultará em falta de oxigênio, choque estomático e desequilíbrio osmótico.

Você precisará reintroduzir a rega gradualmente para não estressar ainda mais suas plantas:

– Comece usando um pedaço de graveto para criar canais de ar no solo e depois regue com cerca de 200 ml de água a cada 10 minutos durante uma hora.

– Quando terminar, encha uma bandeja rasa com água e coloque a panela por cima. Regar por baixo permitirá que sua planta absorva a água necessária, sem o risco de saturar demais o meio de cultivo. Depois de algumas horas, você deverá ver alguns sinais de que a planta está se recuperando; as folhas recuperarão sua turgidez e os folíolos começarão a se endireitar.

– Continue regando normalmente, mas somente quando os 3 cm superiores do substrato estiverem completamente secos. Sua planta se recuperará totalmente em cerca de 3 dias; embora em casos graves possa levar até uma semana.

– As folhas mais afetadas podem não se recuperar. Remova-os com uma tesoura de poda limpa.

Como evitar escassez prolongada de água

Agora que você já sabe como resolver os problemas de irrigação insuficiente, confira essas dicas para evitar que essa situação aconteça novamente no futuro:

Verifique a umidade do solo com frequência: fique de olho no seu substrato. Verifique os 3 cm superiores diariamente e adicione mais água quando estiver seco.

Use vasos de tamanho apropriado: o tamanho dos vasos dependerá da variedade que você está cultivando e da altura que você quer que suas plantas cresçam. Pequenas variedades fotoperiódicas e automáticas se dão bem em recipientes de 11 litros, enquanto grandes variedades com predominância sativa crescem melhor em vasos de 15 a 20 litros. Se você cultiva em um clima quente, vasos grandes ajudarão a evitar o excesso de água.

Mantenha a umidade constante: procure manter 70% de umidade durante a fase de muda, 60% durante a fase vegetativa e 40% durante a floração. Meça a umidade com um higrômetro e use um umidificador se os níveis estiverem muito baixos.

Reduza a temperatura: se você perceber que suas plantas estão sofrendo com falta de água, certifique-se de que a temperatura do seu espaço de cultivo esteja na extremidade mais baixa do espectro. Utilize ventiladores e ar condicionado para manter a temperatura mínima de 20°C durante a fase vegetativa e 18°C ​​durante a floração.

Adicione cobertura morta: aplique uma camada de cobertura morta, como palha, húmus de minhoca ou aparas de grama, ao solo para reter a umidade.

A qualidade da água é essencial

Agora você tem todo o conhecimento necessário para manter suas plantas de maconha em perfeito equilíbrio quando se trata de rega e sabe como evitar o excesso ou a falta de água e como resolver ambos os problemas quando eles ocorrem.

E embora essas informações sejam vitais, você também precisará considerar a qualidade da água. Assim como a frequência de rega, a qualidade da água que você usa influenciará muito na saúde das suas plantas.

As plantas de maconha são compostas por cerca de 90% de água, que elas usam para realizar funções fisiológicas importantes, como transpiração e fotossíntese. Água de má qualidade pode interromper esses mecanismos e impedir que as plantas desenvolvam todo o seu potencial genético.

Mas o que é considerado água de alta qualidade? E como você determina se o seu é? Continue lendo para descobrir as respostas para essas perguntas.

O papel do pH

Um fator importante quando se trata da qualidade da água é o pH.

O pH é uma escala numérica usada para medir a acidez ou alcalinidade de uma solução, sendo que um valor médio de 7 é considerado neutro. Valores abaixo de 7 representam acidez, e valores acima de 7 representam alcalinidade.

Um pH muito alto ou muito baixo pode causar problemas para as plantas de maconha, pois o pH da fonte de água pode determinar a capacidade da planta de absorver nutrientes. Com o tempo, água com pH muito baixo ou muito alto pode afetar o pH do meio de cultivo, causando sintomas muito semelhantes a certas deficiências nutricionais, mesmo que o substrato contenha grandes quantidades desses nutrientes.

As plantas de maconha geralmente preferem um pH em torno de 6,5. Este índice pode ser facilmente medido em uma amostra de água de escoamento (a água que sai do recipiente de cultivo depois de passar pelo substrato) com um medidor de pH. Se o pH estiver muito alto ou muito baixo, você pode usar produtos para aumentá-lo ou diminuí-lo até que ele esteja em um nível adequado.

PPM e qualidade da água

O PPM é outro fator importante na determinação da qualidade da água, pois é um método de medição da quantidade de minerais dissolvidos na fonte de água utilizada. Portanto, uma leitura de 90 PPM indicará que há 90 miligramas de minerais por litro de água.

Considerar o PPM da sua fonte de água evita que você forneça às suas plantas muitos ou poucos minerais. A falta de minerais pode causar deficiências, enquanto o excesso causa queimaduras solares.

As plantas de maconha preferem um PPM de cerca de 500 durante a fase vegetativa e 1000 durante a floração.

Você pode usar medidores de TDS (dispositivos que medem a quantidade total de sólidos dissolvidos) para verificar o PPM da sua fonte de água. O monitoramento do PPM está se tornando bastante técnico e, embora seja útil, não é necessário para iniciantes (mas vale a pena ter em mente se você deseja expandir seus conhecimentos e habilidades).

Água de osmose reversa

Embora o total de sólidos dissolvidos na água de rega possa ser adequado, nem todas as substâncias são benéficas para o cultivo de maconha, pois a água também pode conter contaminantes ou bactérias.

Os filtros de osmose reversa são uma ótima opção para remover quase tudo de uma fonte de água, permitindo que os cultivadores adicionem apenas o que desejam fornecer às suas plantas. Esses filtros são capazes de remover até 95-99% dos sais dissolvidos em uma amostra de água e, portanto, são um método amplamente utilizado para purificar água em escala industrial. Novamente, regar a maconha com água de osmose reversa é uma técnica avançada de cultivo e não é essencial para iniciantes.

Analisar água de escoamento

Para ter plantas saudáveis, você precisará monitorar de perto a quantidade de nutrientes que elas recebem. Isso pode ser feito colocando bandejas para coletar água corrente quando você regar suas plantas e testando o pH e o PPM.

As plantas de maconha geralmente preferem um pH em torno de 6,5. Para verificar, basta testar a água de escoamento com um medidor de pH. Se o pH estiver muito alto ou muito baixo, você pode usar soluções para aumentá-lo ou diminuí-lo.

Com tudo isso em mente, agora você sabe como o excesso ou a falta de água podem afetar suas plantas, bem como a qualidade geral da água.

Rega de plantas de maconha e qualidade da água: perguntas frequentes

Quais são os sintomas que o excesso de rega produz na maconha?

Sinais de que uma planta de cannabis foi regada em excesso incluem solo úmido e encharcado, folhas moles e murchas, folhas curvadas para baixo e crescimento atrofiado.

Como resolver o excesso de água nas plantas de maconha?

Para combater as consequências do excesso de água podemos usar ventiladores e aumentar a temperatura para melhorar a taxa de evaporação. Em casos graves, a planta deve ser transplantada para outro vaso.

Quais são os sintomas que a rega insuficiente produz nas plantas de maconha?

Plantas de cannabis com escassez de água apresentarão folhas secas e quebradiças, descoloração amarela ou marrom, folhas que se enrolam para cima e crescimento atrofiado.

Quanto tempo leva para as plantas se recuperarem do excesso de água?

Plantas regadas em excesso podem levar de 3 a 7 dias para se recuperar completamente, dependendo da gravidade do problema.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: como se livrar naturalmente das lagartas no cultivo de maconha

Dicas de cultivo: como se livrar naturalmente das lagartas no cultivo de maconha

As lagartas são uma das principais pragas que os cultivadores de maconha temem. Embora inicialmente possam parecer muito fáceis de detectar devido ao seu tamanho, a verdade é bem diferente. No post de hoje vamos você vai aprender como eliminar lagartas usando remédios naturais. Eles são ecológicos, baratos e realmente eficazes.

Por causa de sua cor verde, as lagartas podem ser difíceis de distinguir, pois elas se camuflam perfeitamente com as folhas e caules das plantas. Se elas são prejudiciais durante a fase de crescimento, pois são capazes de devorar uma grande quantidade de folhas em um tempo muito curto, durante a fase de floração elas são ainda piores.

No momento em que a planta tenha buds, as lagartas entram em seu interior buscando refúgio de predadores naturais. E uma vez lá dentro, começam a devorá-los. Seus excrementos também são um ambiente propício para a proliferação do temido fungo botrytis, então o bud que abriga uma lagarta geralmente acaba descartado.

O que são lagartas?

Lagartas são larvas de Lepidoptera. Ou seja, borboletas diurnas e noturnas. Estas últimas são as mais numerosas. Durante a primavera e o verão, as borboletas depositam seus ovos principalmente sob as folhas da planta. E as plantas de cannabis se tornam muito saborosas para as larvas.

As lagartas também podem alcançar um jardim a partir do solo se os ovos tiverem sido depositados em outro lugar. Essas larvas ou lagartas crescem rapidamente até chegar o momento da metamorfose. Elas formam um casulo do qual, após vários dias, emerge uma borboleta adulta que repetirá o mesmo ciclo biológico até que as temperaturas caiam.

Eliminar lagartas pode ser bastante complicado se não forem detectados sinais de ataque, pois, como citado, elas são difíceis de ver. Esses sinais são principalmente folhas mordidas ou excrementos dentro de alguns buds e nas folhas. A melhor opção é usar qualquer tipo de produto que sirva para preveni-las durante toda a fase de crescimento e grande parte da fase de floração.

Se você detectá-las, é aconselhável agir rapidamente. Para isso, há uma série de ingredientes muito comuns com os quais podemos fazer um inseticida caseiro para eliminar lagartas.

Detecção e tratamento de danos

Os danos que as lagartas causam podem ser bastante sérios. Em mudas jovens, elas devoram todas as folhas e até mesmo o broto de crescimento, fazendo com que a planta acabe morrendo. Plantas grandes resistem melhor aos ataques, que dependendo do número de lagartas podem variar de algumas folhas até o estágio de pupa. Sem algumas folhas, a planta pode continuar seu crescimento sem maiores problemas.

Os maiores danos ocorrem durante a fase de floração, quando as lagartas nos buds encontram um local protegido dos predadores. Elas entram e fazem um pequeno corte no caule que lhes fornecerá seiva nutritiva. Em muitos casos, isso é praticamente indetectável, já que o bud aparentemente não apresenta nenhum dano na parte externa.

Os excrementos da lagarta estimulam o aparecimento de botrytis, ou mofo cinzento, que fará com que o bud apodreça por dentro. Quando sua aparência externa ficar acinzentada em algumas áreas, será tarde demais. Normalmente, quando detectamos um ataque em um bud, é muito provável que muitos outros também sejam afetados. Um bud atacado por uma lagarta será praticamente inútil.

Verificações periódicas ajudarão a detectar quaisquer folhas comidas. Pode até haver alguma postura de ovos, formando aglomerados sob uma folha ou em um caule. Nem todas as folhas comidas precisam ser exclusivamente de lagartas, pois gafanhotos e até mesmo caracóis têm preferência por elas. Mas quando isso acontece vale a pena realizar algum tratamento. Larvas pequenas são fáceis de remover, mas não tão fáceis quando crescem. Durante a floração, abra cuidadosamente alguns buds com os dedos para verificar se o mofo cinzento está começando a se desenvolver em seu interior.

Óleo de neem, sempre eficaz!

O óleo de neem, ou nim, é bastante eficaz quando usado tanto como spray quanto na irrigação. A planta assimila seus compostos e os transporta para as folhas. Entre elas está a azadiractina, um metabólito secundário que regula o crescimento dos insetos em todos os seus estágios larvais. Ela atua por contato e ingestão e altera o equilíbrio hormonal dos insetos. É também um dos poucos inseticidas permitidos na agricultura orgânica.

A terra de diatomácea é muito eficaz. É também um inseticida ecológico e não venenoso feito a partir do pó de uma rocha sedimentar de algas unicelulares fossilizadas. Essas algas se caracterizam por apresentarem uma capa de sílica, que atua perfurando o corpo das lagartas, causando sua morte por desidratação. Também atua por ingestão, causando lesões no trato digestivo. Também é eficaz contra praticamente todas as pragas e seu alto teor de sílica é benéfico para a planta.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: dicas para evitar danos causados pelas chuvas durante a fase de floração da maconha

Dicas de cultivo: dicas para evitar danos causados pelas chuvas durante a fase de floração da maconha

No cultivo ao ar livre (outdoor), a floração das plantas de maconha está progredindo e a colheita está cada dia mais próxima. Seguindo bons conselhos ou a experiência adquirida em cultivos anteriores, certamente teremos plantas protegidas com medidas preventivas. Dessa forma, conseguiremos evitar ou minimizar possíveis ataques de pragas e fungos, tão comuns e nocivos nessa época do ano. Mas sempre podemos deixar passar alguma coisa e não ter evitado, entre outras coisas, as primeiras chuvas tão comuns nesta época, como muitos cultivadores puderam ver nos últimos dias.

Chuvas nos estágios finais da floração podem ser muito prejudiciais. Os principais são dois. A primeira é que os buds armazenam tanta água da chuva que o peso faz com que os galhos quebrem. O segundo e pior é que esse acúmulo de água favorece o aparecimento do fungo botrytis. As temperaturas, que ainda estão altas no momento, tornam os ataques ainda mais constantes.

Nem todas as variedades são tão sensíveis à chuva. Geralmente as sativas se comportam melhor. Essas variedades são nativas de áreas tropicais, por isso evoluíram para suportar melhor as intempéries. Seus galhos longos, finos e flexíveis, além de seus buds normalmente arejados, reduzem o risco de fungos ou quebra de galhos devido ao peso que os buds molhados têm que suportar.

As indicas são geralmente as mais propensas a fungos como botrytis, pois seus buds muito compactos não permitem boa ventilação. Essas variedades não são apenas mais afetadas pela chuva, mas também pela umidade ambiente em geral. Qualquer cultivador em áreas muito úmidas, como áreas costeiras, poderá ver por si só o quão difícil é colher variedades como, por exemplo, a Critical.

Pouco podemos fazer contra a chuva, exceto preveni-la o máximo possível. A maneira mais fácil é verificar a previsão do tempo todos os dias. Se chover, não deixe para amanhã o que você pode colher hoje. Se percebermos que temos que colher em uma semana e chover, então vamos em frente e antecipamos. Lembre-se de que, quando chover, você deve esperar para colher até que os buds estejam completamente secos.

Após uma chuva forte, para fazer com que os buds percam rapidamente a água interna e as folhas percam a água da superfície, moveremos levemente a planta inteira ou galho por galho. Retirar o excesso de água é essencial para garantir que buds bons não acabem afetados pelo mofo.

Mas não há nada melhor para proteger nossas plantas da chuva do que montar uma cobertura. Pode ser bem fácil, precisaremos de algumas ripas de madeira ou metal, uma boa quantidade de plástico transparente, além de bastante paciência e habilidade. Uma estrutura fraca que, à menor rajada de vento, arranca o plástico e causa danos à planta, não nos servirá de nada. Não se trata de uma cobertura permanente (ou talvez seja), mas sim de um pequeno arranjo para proteger as plantas quando vemos uma nuvem feia ou quando há previsão de chuva.

E por fim, não podemos esquecer de preventivos contra botrytis e outros fungos da umidade. Existem produtos orgânicos que protegem os buds contra esses temidos fungos. Vale a pena usá-los e não deixar que alguns buds acabem no lixo por causa da chuva ou da umidade.

Referência de texto: La Marihuana

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