Dicas de cultivo: guia para potencializar a produção de tricomas

Dicas de cultivo: guia para potencializar a produção de tricomas

Nem sempre a experiência é suficiente. Os melhores fertilizantes e ciclos de rega só ajudam até certo ponto. Hoje você vai aprender o que deve fazer para cultivar uma planta de maconha coberta dos tão amados tricomas.

Cada cultivar tenta tirar o máximo proveito de sua planta. Seja fornecendo os nutrientes certos ou a quantidade necessária de luz, no final, tudo se resume aos tricomas. Esses pequenos “cristais” parecem ser a indicação mais comum da saúde e potência de uma planta. Embora os tricomas nem sempre sejam um sinal de uma colheita bem-sucedida, eles são essenciais para uma maconha de qualidade.

Embora todos os cultivadores saibam que são importantes, a maioria não entende por que a planta de cannabis os produz. Se você deseja obter alguns buds resinosos, é essencial que você entenda. Biologicamente, os tricomas são usados ​​para autodefesa. Eles são a melhor maneira natural para as plantas fêmeas de cannabis se protegerem de pragas e patógenos. Graças aos aromas e sabores “agressivos” dos terpenos e outros compostos secretados pelos tricomas, os insetos tendem a ficar longe dos frutos. Os tricomas também ajudam a revestir os buds, protegendo-os dos raios ultravioleta. Através da sombra que fornecem, a planta controla melhor a quantidade de luz que chega aos frutos.

Aqui estão algumas dicas práticas para obter o máximo dos tricomas em sua planta.

Genética: a chave para obter buds resinosos

Existem dois fatores principais que influenciam a saúde geral e a produção de uma planta: genética e meio ambiente. Para começar, devemos enfatizar a importância dos genes. Se você deseja obter o máximo de tricomas, deve escolher genéticas que os produzem em grande abundância. Quando você obtém as melhores sementes, já fez todo o possível para obter um dos fatores. Agora só precisa se preocupar com o ambiente. Mas lembre-se de que os tricomas não são a única coisa que influencia a potência da cannabis. Certifique-se de ter um bom entendimento do que cada variedade oferece antes de comprar suas sementes.

Se estiver procurando a produção máxima de tricomas, podemos recomendar uma longa lista de cepas promissoras.

Mas existem algumas variedades que se destacam claramente das demais. A Lemon Shining Silver Haze e a White Widow são conhecidas pelo grande número de resinas brilhantes que produzem seus buds. Essa abundância de resina viscosa garante altos níveis de THC e terpenos.

Iluminação

A luz é essencial para o cultivo de maconha, o que inclui a otimização dos tricomas. A luz fornece energia às plantas de cannabis, aumentando o metabolismo e a função celular. Para produzir grandes quantidades de tricomas e, portanto, resina, você precisa de níveis adequados de luz.

Aparentemente, as plantas de maconha cultivadas perto do equador produzem mais resina do que as plantas de exterior cultivadas em outros lugares. Ao redor do equador, as plantas recebem mais luz ultravioleta (UV), outra variável que ajuda a aumentar a produção de tricomas.

Nessas regiões, o excesso de UV pode danificar os tecidos das plantas. Em resposta a isso, as plantas produzem mais tricomas para se protegerem dos danos da radiação. Se você deseja aumentar a produção de tricomas em seu cultivo, você pode usar diferentes tipos de luz. A seguir, citaremos as duas melhores opções.

  • Luzes LEC

As lâmpadas LEC (Light Emitting Ceramic – Vapor de Cerâmica) são tubos de arco de cerâmica que emitem uma sombra de luz natural. Além de potencializar o crescimento e a produtividade das plantas, também emitem raios UV-B. Este tipo de luz imita a luz à qual a cannabis é exposta em seu ambiente natural. Em resposta, as plantas aumentam a produção de tricomas como mecanismo de proteção.

  • Luzes ultravioleta (UV)

Luzes ultravioleta também emitem esse tipo de luz. Essas luzes são acessíveis e podem ser facilmente encontradas em petshops e outras lojas especializadas. Instale-os em seu quarto/tenda de cultivo para expor suas flores a esse tipo de luz que realça os tricomas.

Privação de luz no final da floração

Certamente, o uso de uma luz adequada faz maravilhas durante a fase de floração. No entanto, reduzir a luz completamente no final da floração também tem suas vantagens. Inclusive, alguns cultivadores privam suas plantas de luz por 24-48 horas antes da colheita, na esperança de que os níveis de tricomas aumentem.

Umidade e calor

Na natureza, as plantas de cannabis produzem tricomas principalmente como um mecanismo de sobrevivência. Os canabinoides e terpenos são metabólitos secundários, não contribuem para o crescimento e reprodução das plantas, mas as protegem contra o mundo exterior.

Além de defender as plantas de pragas e predadores, a resina produzida pelos tricomas também as protege das intempéries. Ao expor uma planta a uma quantidade ideal de estresse (suficiente para aumentar a produção de resina, mas sem afetar o desenvolvimento da planta), você pode aproveitar esses mecanismos de sobrevivência.

Umidade

Ao reduzir a umidade relativa no espaço de cultivo, você estará expondo suas plantas a um ambiente um pouco mais estressante, enquanto protege os buds do mofo. Para melhores resultados, no final da floração, reduza a umidade relativa da tenda  ou quarto de cultivo para cerca de 30%.

Calor

Para aumentar a produção de tricomas, você também pode aproveitar a temperatura. Se for muito alta, os valiosos (mas voláteis) terpenos produzidos pelos tricomas começarão a se degradar. E se for muito baixo, afetará o metabolismo das plantas. Tente manter a temperatura entre 21° e 26° C.

Suplementos

As plantas de maconha crescem saudáveis em misturas de solo de boa qualidade. Mas, se quiser levar a produção de tricomas a outro nível, você pode adicionar vários suplementos ao meio de cultivo. Use esses produtos para fortalecer a saúde das raízes, melhorar a produção e aumentar a quantidade de tricomas.

  • Bactérias ácido lácticas (LAB)

As bactérias costumam ter uma má reputação. No entanto, à medida que aprendemos mais sobre o microbioma e os probióticos, começamos a apreciar as bactérias boas. A planta da cannabis tem seu próprio microbioma, consistindo de bilhões de micróbios benéficos.

Ao adicionar LAB ao solo, esses micróbios irão decompor os açúcares em ácidos graxos de cadeia curta. As plantas então usarão esses ácidos na tentativa de produzir mais tricomas, canabinoides e terpenos.

  • Melaço

O melaço é excelente para uso na cozinha, mas também um ótimo ingrediente para conseguir um solo saudável. Carregado com minerais, vitaminas e açúcares, o melaço fornece muitos nutrientes essenciais para as plantas de cannabis, ao mesmo tempo que alimenta micróbios benéficos na rizosfera.

  • Aminoácidos

Os aminoácidos são os blocos de construção das proteínas. Ribossomos (pequenas organelas em células vegetais) ligam cadeias de aminoácidos para criar proteínas funcionais que são usadas para formar tecidos, incluindo os tricomas.

Treinamento das plantas

Sabemos que um nível adequado de estresse causa um aumento na produção de tricomas. E assim como os fatores ambientais podem estressar as plantas, as técnicas de treinamento também podem.

  • Super Cropping

O super cropping consiste em beliscar as apicais dos galhos e torce-los parcialmente, redirecionando para crescer em uma determinada direção. Esta técnica permite abrir a copa da planta, melhorar a ventilação e aumentar o rendimento. Além disso, acredita-se que o dano ao tecido da planta ativa os mecanismos de defesa, como o aumento da produção de tricomas.

  • Evite manusear os buds

A aplicação de técnicas de treinamento envolve o manuseio brusco dos galhos e folhas, mas tome cuidado com os buds! Os tricomas se desprendem facilmente (basta dar uma olhada no fundo do seu pote de erva). Manuseie os buds com cuidado para evitar diminuir a quantidade desses pequenos, mas preciosos tesouros.

  • Choque de frio

Há quem diga que lavar as raízes com água gelada aumenta a produção de tricomas. Dar um coque a frio adiciona a cereja do bolo após a aplicação das técnicas de treinamento. Para isso, recomenda-se o uso de água gelada ao fazer a “lavagem das raízes”, ou flush, no final da floração. Acredita-se que isso forneça outro estresse benéfico, estimulando a produção de tricomas.

Como aumentar a produção de tricomas: adote uma abordagem ativa

A genética é o principal fator que determina a quantidade de tricomas na cannabis. No entanto, como mostramos neste artigo, os cultivadores podem usar vários métodos para aumentar a produção dos tricomas. Você pode começar com uma ou duas técnicas e gradualmente adicionar mais à medida que as domina. Com o tempo, você obterá buds cada vez mais resinosos, carregados de canabinoides e terpenos.

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Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: tipos, funções e importância dos tricomas na maconha

Dicas de cultivo: tipos, funções e importância dos tricomas na maconha

A parte mais importante de uma planta de maconha e a finalidade para a qual ela é principalmente cultivada são seus tricomas. Trata-se do que conhecemos comumente como “resina” e que cobre os buds. Neles contêm quase todos os canabinoides produzidos pela planta (uma vez que existem tricomas por toda a planta), além de terpenos e flavonoides.

Os canabinoides, ou, neste caso, os fitocanabinoides, uma vez que são produzidos por uma espécie vegetal, são compostos orgânicos sintetizadores nos tricomas, que são células glandulares da planta. Estes são de origem epidérmica. Seu nome vem do grego “tricos”, que significa “pelo”, ou “cabelo”, por causa de sua semelhança.

Desenvolvem-se principalmente na fase de floração, embora a partir dos primeiros estádios de cultivo as plantas desenvolvam tricomas. Alguns são macroscópicos e podem ser vistos a olho nu. Mas é com o microscópio que seus detalhes são apreciados. Sua cor varia dependendo do estado de maturidade em que se encontram, portanto, há tricomas transparentes, leitosos e âmbar.

Os tricomas, além de ser o lugar onde se sintetizam canabinoides, flavonoides e terpenos, têm funções distintas, entre eles a proteção da planta contra agressões mecânicas e físicas. Eles protegem os frutos do ataque de insetos, de temperaturas elevadas ou a conservação da umidade.

TIPOS DE TRICOMAS

Tricomas simples: são os tricomas unicelulares que têm a forma de pelo. São formados principalmente nos cotilédones e fases iniciais. Sua função é manter a planta hidratada e protegida de temperaturas extremas.

Tricomas citolíticos: têm muita semelhança aos tricomas simples e também aparecem nos estágios iniciais. A principal diferença é seu tamanho, maior que os simples.

Tricomas glandulares sésseis: são sintetizadores de canabinoides. Têm uma cabeça, mas são caracterizados pela ausência do talo. Estão diretamente ligados à epiderme da planta e seu tamanho é de aproximadamente 25 mícrons.

Tricomas antrais sésseis: São bastante semelhantes aos tricomas glandulares sésseis em termos de ausência de talo e localização. Mas os antrais sésseis tem um tamanho de até 80 mícrons.

Tricomas bulbosos: São do tipo secretor, mas menores. Seu tamanho varia de 10 a 20 mícrons e sua cabeça pode ser simples ou composta de vários compartimentos ou áreas.

Tricomas glandulares ajustados: São os tricomas mais numerosos e aqueles com as maiores concentrações de canabinoides e terpenos. Têm uma cabeça que aumenta de tamanho à medida que armazenam compostos e atingem um tamanho de até 100 mícrons. E eles também têm um caule, que os diferencia dos tricomas sésseis.

Os tricomas glandulares, que são os mais importantes, aparecem na fase de floração e são formados quando os fitocanabinoides começam a sintetizar-se. A quantidade de tricomas em uma planta é sempre determinada por vários fatores, o principal deles é sua genética, mas também intervêm os cuidados dado pelo cultivador. Outros fatores também estão envolvidos, como os raios UV produzidos pelo sol.

A cor dos tricomas glandulares indica o estado de maturação de uma planta. Quando os tricomas são transparentes, isso significa que eles são imaturos. O nível de canabinoides neste caso é baixo e eles nem sequer produziram terpenos. Quando se tornam leitosos, estão no nível máximo de canabinoides. A cor âmbar indica excesso de maturação e o THC começa a degradar em CBN.

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Fonte: La Marihuana

Dicas do Primata #10 – Pistilos e Tricomas

Dicas do Primata #10 – Pistilos e Tricomas

Muitos cultivadores confundem tricomas com os pistilos e acabam errando na hora mais esperada, a colheita!

Pistilo é um órgão vegetal das angiospermas, os óvulos possuem dois tegumentos, a primina e a secundina, havendo um orifício de passagem denominado micrópila. O pistilo é formado por uma ou mais folhas modificadas, que se fundem dando origem a uma porção basal dilatada, denominada ovário, e uma porção alongada denominada estilete, cujo ápice é o estigma.

“O saco embrionário, portanto, corresponde ao gametófito feminino. Nele não há formação de arquegônios, como ocorre nas gimnospermas, havendo diferenciação direta de uma oosfera (n), que é o gameta feminino. Há três células denominadas antípodas; no centro, há dois núcleos denominados núcleos polares, que podem se fundir, dando origem a um núcleo diploide, o núcleo secundário do saco embrionário.”

Muita atenção, pois as cores dos pistilos não indicam a maturidade da planta, muitos dizem que quando as folhas ficam amarelas é a hora certa, isso provavelmente é o nitrogênio que não se faz muito presente na faze terminal, posso lhe garantir que muito menos a cor das folhas são indicativas de uma maturidade plena e fidedigna. Vários fatores poderão fazer os pistilos mudarem a cor, até a densidade das flores não são um guia muito seguro.

Muitos cultivadores, inclusive eu, afirmo que o método mais preciso seria monitorar o processo de desenvolvimento das glândulas de RESINA, os TRICOMAS.

TRICOMAS são estruturas da epiderme vegetal que apresentam diversas funções, como a diminuição da perda de água e atração de polinizadores. Uma característica taxonômica no formato de as substâncias produzido pelo determinado tricomas podem ajudar a identificar a maturidade, para isso é bem vido uma lupa, lentes de aumento e/ou microscópios.

Uma questão de gosto, alguns cultivadores levam em consideração;

Claro/leitoso terá uma pegada mais cerebral. (Levando em conta a genética cultivada)

Tricomas ambarinos tendem a ser mais corporal e/ou narcótico.

A maioria dos cultivadores inclusive eu gosto do meio termo 50% passo a faca e penduro pra secar. E você?

Fonte: Colegio Web, Maconheiros.org

Por Grow Bia Primata Haze

Compostos da maconha: um guia completo sobre os flavonoides

Compostos da maconha: um guia completo sobre os flavonoides

Embora os flavonoides não sejam bem conhecidos, eles são uma parte importante da composição química da cannabis, pois afetam a cor da planta e podem alterar o efeito que ela produz. No post de hoje nos concentramos nos flavonoides, seu potencial para o bem-estar e seu efeito sobre os efeitos da maconha.

Quando falamos sobre compostos de cannabis, os canabinoides e os terpenos ocupam o centro das atenções. No entanto, existe um terceiro tipo de composto igualmente interessante: os flavonoides. Esses compostos pouco conhecidos estão recebendo cada vez mais atenção no mundo da maconha, e por boas razões. Além de servirem funções na biologia vegetal, oferecem uma série de vantagens potenciais que estamos apenas começando a compreender.

Neste artigo, nos concentramos nos flavonoides e perguntamos qual o efeito que eles têm sobre o efeito da cannabis e qual é o seu potencial para o bem-estar.

O mundo dos flavonoides

Você pode não conhecer o termo “flavonoides”, mas esses compostos estão por toda parte. Eles são encontrados em muitas plantas, além da maconha, embora alguns flavonoides sejam exclusivos da maconha. Estes compostos são produzidos em todas as partes da planta da cannabis, mas são encontrados em altas concentrações nos tricomas, tal como os canabinoides e os terpenos. Embora seu papel nos efeitos da maconha ainda não seja totalmente compreendido, acredita-se que possa influenciá-la de alguma forma, mas aprofundaremos isso mais tarde.

O que são flavonoides?

Basicamente, os flavonoides são compostos químicos que dão cor às plantas, protegem-nas do estresse biótico e abiótico e cumprem uma série de funções vitais. Eles são produzidos pela complexa bioquímica da cannabis e servem diversos propósitos, muitos dos quais ainda não são totalmente compreendidos.

A função dos flavonoides na biologia vegetal

Esses compostos realizam diversas tarefas no mundo vegetal. Não só contribuem para a fotossíntese, mas também protegem as plantas dos nocivos raios UV, repelem insetos e até permitem a comunicação entre as plantas. Eles são um fascinante sistema de defesa e transmissão de sinais.

Você já se perguntou por que algumas plantas de maconha ficam roxas, rosadas, vermelhas ou até azuis? Isto se deve aos flavonoides, especificamente às antocianinas. Estes compostos produzem pigmentos em resposta às mudanças de temperatura e, portanto, modificam a aparência das plantas de maconha que os contêm.

Potencial terapêutico dos flavonoides

Os flavonoides oferecem muito mais do que a paleta de cores da natureza. Alguns estudos recentes sugerem que podem oferecer alguns benefícios potenciais para o bem-estar, embora tais pesquisas sejam inconclusivas. Antes de nos aprofundarmos no assunto, é importante notar que, embora os flavonoides forneçam benefícios holísticos em certos casos, você não deve presumir que pode obtê-los fumando um baseado, pois a combustão destrói muitas coisas boas.

A pesquisa sobre flavonoides é tão promissora quanto diversificada, abrangendo desde o crescimento celular até o envelhecimento. Vejamos algumas das descobertas mais interessantes.

Pesquisa sobre câncer

Estudos foram realizados para determinar os efeitos dos flavonoides no crescimento de células tumorais e na apoptose de células cancerígenas. Um estudo em particular centra-se nas propriedades antioxidantes de certos flavonoides no campo da investigação do câncer.

Pesquisa sobre inflamação

A inflamação crônica é uma das principais causas de muitas doenças, desde doenças cardíacas até diabetes. Alguns estudos demonstraram que os flavonoides, especificamente a apigenina, podem reduzir significativamente os marcadores de inflamação no corpo. Sua origem natural e poucos efeitos colaterais fazem deles um candidato interessante para pesquisas futuras.

Pesquisa sobre depressão

Uma pesquisa realizada entre 2007 e 2010 descobriu que as pessoas que seguiam uma dieta rica em flavonoides tinham menos probabilidade de sofrer de depressão do que aquelas que consumiam menos flavonoides.

No entanto, os flavonoides são normalmente encontrados em concentrações mais elevadas em alimentos mais saudáveis, o que geralmente tem um efeito positivo no nosso humor. Portanto, atribuir essas propriedades antidepressivas aos flavonoides poderia ser uma simplificação exagerada. Ainda assim, faz sentido supor que uma dieta rica em alimentos com flavonoides possa ajudar a melhorar o humor.

Pesquisa antienvelhecimento

O envelhecimento é um processo complexo influenciado por diversos fatores, como estresse oxidativo e inflamação. Os flavonoides, com as suas propriedades antioxidantes, estão a ser investigados pelo seu potencial para retardar os marcadores do envelhecimento e melhorar a longevidade.

Em uma revisão de estudos, observou-se que os flavonoides podem influenciar o processo de envelhecimento, eliminando células senescentes, inibindo os fenótipos secretores associados à senescência (SASP) e mantendo a homeostase metabólica. No entanto, os autores deste relatório são cautelosos e salientam que não foram feitas pesquisas suficientes sobre o assunto e que mais estudos devem ser feitos antes que possam ser feitas quaisquer alegações sobre os flavonoides e o processo de envelhecimento. Mesmo assim, cremes faciais com altas concentrações de flavonoides certamente aparecerão no mercado em breve!

Flavonoides da maconha em detalhes

A cannabis não é composta apenas por THC e CBD, nem pelos terpenos responsáveis ​​pelos seus ricos aromas e sabores. Esta planta também é uma grande fonte de flavonoides, incluindo alguns exclusivos da maconha: as canflavinas.

A seguir, vamos dar uma olhada em alguns dos flavonoides mais comuns que melhor conhecemos das plantas de cannabis, começando pelas canflavinas.

Canflavinas: são um grupo de compostos fenólicos exclusivos da cannabis. Nas plantas de maconha podemos encontrar canflavina A, B e C. A pesquisa sugere que as canflavinas podem ter um forte efeito no sistema imunológico, tornando-as uma opção promissora para futuras pesquisas clínicas.

Tecnicamente, esses compostos são prenilflavonoides, presentes no mundo vegetal. Observou-se que muitos prenilflavonoides apresentam algum grau de propriedades antioxidantes. Esses compostos também são considerados adaptógenos na fitoterapia.

Quercetina: é um flavonoide bem conhecido, encontrado em muitas plantas, incluindo a cannabis. Seus possíveis benefícios para o bem-estar são muito amplos e extensas pesquisas foram realizadas sobre este flavonoide.

Este composto é um flavonol vegetal do grupo dos polifenois flavonoides e é encontrado em frutas, vegetais, sementes, cereais e muito mais. É utilizado como aditivo em muitos alimentos e bebidas, graças ao seu sabor amargo.

Apigenina: é outro flavonoide presente na cannabis. No estado sólido, adquire forma cristalina amarela e é utilizado como corante para tecidos. Uma vez dentro do corpo, liga-se aos receptores GABA. No entanto, as conclusões sobre os efeitos disto são contraditórias, pelo que é muito cedo para tirar conclusões sobre estes dados interessantes. No entanto, uma vez que isto o torna farmacologicamente ativo, é provável que este composto tenha alguma influência na teoria do “efeito entourage” da sinergia química da cannabis.

Kaempferol: batizado em homenagem ao naturalista alemão do século XVII Engelbert Kaempfer, é um flavonoide que pode influenciar a inflamação e está presente na cannabis, bem como em outras plantas como couve, feijão, chá, espinafre e brócolis. Kaempferol não foi pesquisado tanto quanto outros flavonoides, por isso é difícil saber como ele interage com nosso corpo, muito menos que efeito pode ter (se houver) no efeito que obtemos com a maconha.

Microgreens de maconha: uma fonte abundante de flavonoides

Quando pensamos em superalimentos, os microgreens de cannabis podem não ser a primeira coisa que vem à mente. Mas talvez agora seja a hora de mudar esse pensamento! Estas jovens plantas de cannabis estão repletas de flavonoides e oferecem benefícios nutricionais que superam muitos outros microgreens e verduras. Microgreens de maconha têm alta densidade de nutrientes, incluindo alto teor de flavonoides.

Na verdade, comer microgreens de cannabis é provavelmente uma fonte muito melhor de flavonoides do que fumar ou vaporizar buds de maconha. Nossos corpos estão preparados para receber flavonoides através do estômago através da alimentação, e não através dos pulmões através da inalação.

Os flavonoides afetam o efeito da maconha?

Embora a investigação ainda não esteja concluída, especula-se que os flavonoides possam influenciar a experiência canábica, contribuindo para o efeito entourage e afetando subtilmente as nuances de cada variedade. Suspeita-se que o seu efeito nos extratos e concentrados possa ser um divisor de águas, permitindo um maior grau de personalização dos produtos de maconha.

Dito isto, neste momento não sabemos o que cada flavonoide faz por si só, muito menos como atua em combinação com outros compostos psicoativos. Portanto, embora seja possível que os flavonoides influenciem o seu efeito, você não deve começar a escolher suas variedades com base na proporção de flavonoides (ainda).

O futuro dos flavonoides da maconha

Com potencial para novas descobertas e utilizações, o futuro destes compostos coloridos parece promissor. Atualmente, ainda não sabemos muito sobre os flavonoides e ainda há um longo caminho a percorrer antes que isso mude. A forma como os flavonoides influenciam os efeitos da cannabis, bem como os seus potenciais benefícios para o bem-estar, permanecem desconhecidos. Ainda assim, é emocionante descobrir mais sobre a nossa planta favorita e, entretanto, podemos cultivar algumas microgreens de cannabis e adicioná-las a uma boa salada.

Portanto, não os perca de vista. Em breve, os flavonoides poderão tornar-se um termo tão conhecido no vocabulário da maconha como os canabinoides e os terpenos.

Referência de texto: Royal Queen

Dicas de cultivo: o que é fenotrigo (foxtails) e como afeta as plantas de maconha?

Dicas de cultivo: o que é fenotrigo (foxtails) e como afeta as plantas de maconha?

O fenotrigo é um fenômeno que chama a atenção dos cultivadores e entusiastas da maconha em todo o mundo. Este termo é derivado da combinação das palavras “fenótipo” e “trigo”, e refere-se à variabilidade fenotípica observada em plantas de maconha.

Compreender o fenotrigo é essencial para os cultivadores, pois pode afetar significativamente o desempenho e as características das plantas. No post de hoje falaremos o que é o fenotrigo e como podemos evitá-lo em nossos cultivos.

O que é fenotrigo?

Todos nós imaginamos buds duros e firmes. Pois bem, fenotrigo é um termo que se utiliza para se referir ao contrário, um bud com aparência de espiga de trigo. Em inglês são chamados de “foxtails” (rabo de raposa), devido a sua aparência.

Esta anomalia faz com que os cálices do bud não se agrupem e cresçam empilhados. Então, em vez do bud típico, a planta produz flores super pequenas e arejadas, como uma espiga de trigo.

Vale ressaltar também que nem sempre o fenotrigo se deve a uma anomalia. Existem genéticas que desenvolvem este tipo de buds naturalmente.

Certamente você já ouviu falar da variedade Dr. Grinspoon (Barney’s Farm), famosa por sua floração impressionante formando mini buds com 2-3 cálices.

Em geral, é algo bastante típico de certas landraces tailandesas e latino-americanas. E também em geral são plantas que se destacam pelo alto índice de THC.

Mas, com essas exceções, o fenotrigo não é algo que o cultivador deseja. Porque é evidente que a perda de produção em relação a uma planta normal é muito elevada.

Como identificar o fenotrigo?

A identificação do fenotrigo nas plantas de maconha requer observação cuidadosa durante todo o ciclo de vida da planta, desde a germinação até a colheita. Aqui estão algumas etapas e recursos importantes que podem ajudá-lo a reconhecer o fenotrigo:

Observação na fase de germinação

Durante a fase inicial de crescimento, diferenças fenotípicas significativas podem não ser observadas. Porém, preste atenção na uniformidade na velocidade de germinação e desenvolvimento inicial das plântulas.

Fase vegetativa

Na fase vegetativa as plantas começam a desenvolver características específicas. Observe o formato das folhas, a estrutura da planta, a distância entre os nós e a coloração das folhas. Variações nesses aspectos podem indicar a presença de diferentes fenótipos.

Início da floração

O início da floração é um momento crucial para identificar o fenotrigo. Observe a formação das primeiras flores e preste atenção na sua estrutura. Algumas plantas podem apresentar diferenças perceptíveis no formato e tamanho das flores, bem como na densidade dos buds.

Desenvolvimento de flores e tricomas

Durante a fase de floração, continue observando o desenvolvimento das flores e dos tricomas. Diferenças na quantidade e na cor dos tricomas, bem como na estrutura das flores, são indícios de variabilidade fenotípica.

Aroma e sabor

Durante a fase de floração, comece a observar e comparar perfis de aroma e sabor entre plantas. Alguns fenótipos podem apresentar aromas frutados, enquanto outros podem apresentar notas mais terrosas ou picantes. Este é um indicador chave do fenotrigo.

Observação da colheita

A colheita é o momento final para observar diferenças fenotípicas. Analise a densidade, tamanho e aspecto geral dos buds. Alguns fenótipos podem produzir buds mais compactos e pesados, enquanto outros podem ter estruturas mais abertas.

Por que o fenotrigo acontece?

Essa anomalia pode acontecer por dois motivos principais. Por um lado, pode ser devido a uma anomalia genética. E por outro lado, pode ser devido a um fator de estresse.

A seleção de plantas é uma etapa essencial no melhoramento genético. Quando duas plantas excelentes são cruzadas, o resultado será excelente. Se você cruzar duas plantas ruins, o resultado será ruim.

E por plantas ruins entendemos um nível abaixo da média para a mesma variedade. Por mais que queiramos, teoricamente, não podemos esperar que uma sativa desenvolva buds tão compactos como uma indica. Mas uma Critical, por exemplo, deve produzir buds duros.

Atualmente, ao cultivar sementes de bancos reconhecidos, é difícil cultivar uma planta fenotrigo. Mas essa mudança se torna bastante comum em sementes que não possuem nenhum trabalho de melhoramento.

Entre os fatores de estresse que podem fazer com que uma planta desenvolva esses faxtails, podemos encontrar:

Estresse por calor

É um dos principais motivos do fenotrigo. A maconha cultivada indoor é uma planta que cresce maravilhosamente com temperatura mínima de 20ºC e máxima de 28ºC. Acima dos 28ºC, as plantas começam a sofrer as consequências das altas temperaturas. Um deles é o espigamento das flores.

No outdoor, embora a cannabis seja uma espécie de climas quentes, a floração pode ser afetada por ondas de calor ou grandes flutuações entre as temperaturas diurnas e noturnas.

Excesso de iluminação

Junto com o excesso de calor, esse é outro dos motivos frequentes do fenotrigo. E atualmente, com os painéis LED, muitos cultivadores erram ao fornecer luz excessiva às suas plantas.

Deve-se levar em consideração que um bom painel LED de 400W fornece quase a mesma emissão de luz que duas lâmpadas HPS de 400W. Se ninguém em sã consciência cultivaria com 800W de HPS em um armário de 100x100cm, porquê fazê-lo com um painel LED na potência máxima?

Uma das consequências do excesso de iluminação é a descoloração das folhas e, entre outras, a menor compactação dos buds, que em alguns casos desenvolverão pontas. Ainda é uma resposta ao estresse ambiental.

Problemas subterrâneos

A saúde das raízes e do substrato evitará muito que as plantas tenham problemas durante o cultivo. Embora em menor grau, alguns destes problemas podem causar malformações na fase de floração.

O pH é um deles. Um pH muito alto ou muito baixo pode afetar a assimilação de certos nutrientes. E em alguns casos, e dependendo do nutriente, podem ocorrer “rabos de raposa”.

Existem também organismos prejudiciais que podem habitar um substrato, como os nematódeos, que podem causar danos às raízes, como lesões necróticas, proliferação de raízes secundárias e fraco crescimento radicular. Isso resulta em crescimento deficiente e floração menos vigorosa.

Como evitar o fenotrigo?

Conhecendo as causas, é mais fácil fazer todo o possível para evitá-lo. Abaixo listamos algumas dicas para deixar nossos buds robustos e compactos:

– Use genética de qualidade comprovada.
– No cultivo indoor, mantenha sempre uma distância adequada entre a planta e a iluminação.
– Monitore a temperatura para mantê-la em faixa adequada (20-26ºC).
– Evite grandes flutuações entre as temperaturas diurnas e noturnas.
– Monitore o pH regularmente e certifique-se de que ele permaneça no valor ideal (6,0-6,5).
– Use um bom substrato.
– Utilize organismos benéficos, como micorrizas ou trichodermas, para proteger as raízes de sua planta.

O fenotrigo é um fenômeno fascinante que destaca a diversidade genética das plantas de maconha. Embora possa apresentar desafios para os cultivadores, também oferece oportunidades para descobrir variedades únicas e potencialmente benéficas.

Leia também:
Como identificar e controlar foxtails (fenotrigo)

Referência de texto: La Marihuana

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