Dicas de cultivo: por quanto tempo as sementes de maconha podem ser armazenadas?

Dicas de cultivo: por quanto tempo as sementes de maconha podem ser armazenadas?

As sementes de maconha devem ser armazenadas de forma correta e segura, caso você não queira ter uma surpresa ao (não) germiná-las.

Muitos cultivadores de primeira viagem, em muitas ocasiões, se perguntam qual seria a maneira correta de armazenar suas sementes de maconha. Além disso, também têm dúvidas por quanto tempo essas sementes podem ser armazenadas mantendo as mesmas características e a mesma qualidade das sementes frescas.

Se as sementes de maconha foram armazenadas corretamente, elas devem ter as mesmas características e as mesmas condições das plantas que nascem das novas sementes por até uma década.

Existem algumas questões que são mais do que básicas para armazenar qualquer tipo de semente: mantê-las sempre em locais frescos ou frios, em locais escuros e secos, e principalmente aqueles que estão fora do alcance da luz solar direta ou de muita luz.

Um grande número de cultivadores acredita que, quando as sementes de maconha são armazenadas adequadamente, quase todas as sementes terão retido suas propriedades depois de mais de cinco anos.

Guardando sementes de maconha corretamente

Se as sementes de maconha forem armazenadas corretamente, elas podem manter suas características e propriedades por pelo menos cinco a dez anos. Essas pequenas sementes precisam que sua conservação seja correta por diferentes razões.

Por exemplo, se você cruzou uma genética entre duas variedades e deseja manter a variedade resultante ao longo do tempo para depois desfrutar de suas propriedades.

A importância de um lugar frio, seco e escuro

As sementes de maconha devem ser armazenadas em local fresco ou frio, sem umidade. Devemos dar grande importância e levar em conta que quer tenham sido armazenados no freezer ou na geladeira, de fato, mesmo que estejam em um armário ou gaveta, não devem mudar de lugar até a germinação. Mudanças rápidas na diferença de temperatura não são boas para as sementes e podem destruir sua integridade genética.

Outra regra que nunca deve ser violada é expor as sementes à luz solar direta, seu armazenamento também deve ser sempre em local escuro e seco. Muita luz e umidade podem fazer com que as sementes germinem prematuramente. A umidade relativa ideal para o armazenamento adequado das sementes não deve ser superior a 10%.

Onde guardar as sementes

Se você precisar armazenar suas sementes de maconha por muito tempo, qualquer tipo de recipiente hermético pode funcionar, potes de vidro opaco ou caixas de metal com uma boa lacração são uma ótima opção. Manter em recipiente a vácuo também é uma opção muito segura. Outro pequeno truque que podemos fazer é colocar um desumidificador junto às sementes que possa manter a umidade sob controle.

É verdade também que a baixa temperatura do ambiente sempre será melhor do que a alta, pois o calor pode ser uma forma de deteriorar as boas características ou propriedades das sementes. Se você quiser mantê-las no freezer da geladeira, deve sempre lembrar e como falamos antes, que se optar por isso, elas devem ser mantidas o maior tempo possível naquela temperatura fria e não mudar o local de armazenamento. Além do mais, as mudanças de temperatura não são boas para as sementes de maconha, nem mesmo a mudança pela qual passam ao abrir a porta da geladeira.

Outra coisa que é preciso sempre lembrar ao tentar congelar suas sementes é que elas podem se tornar menos viáveis ​​cada vez que forem descongeladas e depois congeladas novamente. Tanto o congelamento quanto o descongelamento das sementes podem causar excesso de umidade e, nesse caso, é preciso ter muito cuidado e muita vigilância.

Embora não exista uma fórmula mágica no que diz respeito à saúde dos organismos naturais vivos, se o armazenamento for correto, as sementes de maconha, de cinco a dez anos, podem germinar e se reproduzir com praticamente as mesmas propriedades de uma semente fresca.

Lembre-se

Portanto, lembre-se que o excesso de umidade, além de atrair fungos, pode fazer com que as sementes germinem.

Que as altas temperaturas podem danificar as sementes de maconha. Além disso, podem promover a germinação se combinados com alta umidade. A melhor temperatura de armazenamento para sementes de maconha seria entre 5ºC e 7ºC.

A escuridão ajuda a semente a permanecer dormente por mais tempo. No entanto, a luz a danificaria, perdendo facilmente sua capacidade de germinar.

Uma boa dica também seria etiquetar as sementes com o nome da cepa e sua data. Pequenos recipientes, como sacos zip lock ou canudos com ambas as pontas queimadas, são alguns bons locais para um armazenamento adequado para a conservação de suas sementes.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: as principais pragas que afetam o cultivo de maconha

Dicas de cultivo: as principais pragas que afetam o cultivo de maconha

Se há algo que causa terror em um cultivo de maconha, sem dúvida nenhuma, são as pragas. No nosso post de hoje falaremos sobre algumas das piores e mais comuns pragas no cultivo da maconha. Desde como detectá-las, até como evitá-las e, se necessário, eliminá-las.

Algumas das principais pragas que afetam um cultivo de maconha

A cannabis é uma planta muito saborosa não só para nós, como também para muitos insetos e pragas. A grande maioria não será atraída pelas plantas, apenas algumas podem se tornar um perigo para o cultivo.

Mosca branca

A mosca branca é um pequeno inseto que causa danos significativos às plantas. É uma das pragas mais difundidas e nocivas para a agricultura. Trata-se de um inseto voador com um tamanho de 1-1,5mm. Sua cor pode variar entre branco ou amarelo-branco, daí seu nome.

É uma praga que se espalha rapidamente. Uma única fêmea pode colocar até 500 ovos. Sua vida útil média chega a 55 dias em condições ideais.

Devido ao seu tamanho e cor, é difícil detectá-las nas plantas. Mas será muito fácil saber se a planta sofre ataques de mosca-branca devido às marcas que deixam nas folhas.

A mosca-branca alimenta-se da seiva das plantas e deixam marcas circulares muito características. Elas também produzem um líquido açucarado que impregna as folhas com negrilla (ou negrito).

Também como todas as pragas são portadores de vírus, se vierem de outra planta doente, é possível que transmita essa doença para o seu jardim de maconha.

Tripes

As tripes são uma das pragas mais comuns no cultivo de maconha. São pequenos insetos neópteros, ou seja, possuem asas que podem se dobrar sobre o abdômen.

São geralmente amarelos, marrons ou pretos com faixas claras e escuras alternadas. Sua forma é cilíndrica e alongada. Geralmente seu tamanho é de cerca de 3mm, embora possam chegar a 6mm de comprimento.

Seu ciclo biológico dura entre 15 a 18 dias. Essa variação depende principalmente da temperatura ambiente. São capazes de produzir até 12 gerações por ano e cada indivíduo pode viver de um mês a um ano.

Essa praga também tem uma parte bucal sugadora com a qual arranham e laceram a superfície dos caules e folhas das plantas de maconha. Depois, sugam a seiva derramada.

Existem espécies aladas e sem asas. Neste último caso, as asas são muito estreitas e com aparência de penas. Em geral, não voam bem, mas podem pular.

Seus ataques são facilmente reconhecíveis. Deixam marcas semelhantes às da aranha vermelha, às vezes formando pequenos sulcos longitudinais.

Mosca do substrato

Embora seja uma praga dos cultivos de maconha associada especialmente em ambientes internos (indoor), ela também causa grandes problemas em plantações ao ar livre (outdoor).

A mosca substrato, ou sciaridae, é uma pequena mosca entre 3 e 5mm . São pretos, magros, com pernas longas, antenas longas e asas com veias bem marcadas.

É uma praga que habita o substrato, como o próprio nome sugere. E realmente as moscas no substrato são inofensivas para as plantas. O que é perigoso mesmo são suas larvas.

Os adultos vivem cerca de 10 dias. Mas durante este tempo, uma fêmea pode colocar até 300 ovos em condições ideais.

Eles adoram solos úmidos ricos em matéria orgânica. Além disso, a dieta das larvas da mosca-branca inclui os pequenos pelos das raízes das plantas.

Como consequência, a assimilação de nutrientes é reduzida. A planta pode murchar repentinamente, ter perda de vigor, crescimento lento e/ou amarelamento das folhas.

Lagartas

É uma das piores pragas, temida pelos cultivadores de maconha outdoor e, principalmente, na fase de floração. São muito vorazes e em poucos dias podem causar sérios problemas.

As lagartas são larvas de borboletas diurnas e noturnas. A sua atividade desenvolve-se durante os meses de primavera e verão, que coincide com o período vegetativo.

Os adultos geralmente realizam a postura dos ovos na própria planta. Aos 7 a 14 dias, dependendo da espécie, os ovos eclodem e as pequenas lagartas começam a comer as folhas.

Na floração, as lagartas se enterram nos buds (frutos) para se proteger. E uma vez lá dentro não param de se alimentar. Seus excrementos também são a causa do fungo botrytis.

Os buds começam a apodrecer por dentro, mesmo que não seja visível do lado de fora. Mesmo depois que a planta é colhida e seca, as lagartas continuam sua atividade incessante.

Aranha vermelha

A aranha vermelha é possivelmente a praga mais temida no cultivo da maconha. Tanto no indoor onde é mais agressiva, como no outdoor.

Trata-se de um ácaro e pertence à família dos tetraniquídeos, ou Tetranychidae. Os ácaros desta família são capazes de tecer teias.

É muito pequeno em tamanho, aproximadamente 0,50mm de comprimento e 0,30mm de largura. Na primavera, com o aumento das temperaturas e a diminuição da umidade, iniciam sua atividade.

Geralmente se localizam na parte inferior das folhas. E aí começam a acasalar e botar ovos. Cada fêmea põe uma média de 110-120 ovos durante toda sua vida.

Alimentam-se do conteúdo celular das folhas de maconha. Absorvem deixando pequenas marcas pálidas que contrastam com a cor verde da epiderme.

Embora as lesões causadas por cada aranha vermelha sejam muito pequenas, quando uma planta é atacada por centenas ou milhares desses ácaros, as lesões tornam-se significativas.

As plantas perdem a capacidade de fotossintetizar. Isso resulta em uma grande redução na produção de nutrientes. Às vezes, devido aos danos, as plantas podem morrer de desnutrição.

Melhor maneira de prevenir pragas

A maneira de evitar as pragas é por meio da prevenção durante todo o cultivo. Desde a semeadura, até cerca de 15 dias antes da colheita.

Devemos ter em mente que qualquer ataque de qualquer praga é um estresse para a planta. Ela usará parte de sua energia para se recuperar do dano, em vez de se desenvolver.

Uma medida para se prevenir das pragas é manter todo o cultivo limpo. Eliminaremos as ervas daninhas, não permitiremos que folhas caídas se acumulem no substrato e evitaremos o cultivo próximo a espécies sujeitas a pragas.

Também existem no mercado vários produtos que nos farão muito bem nesta prevenção. Por exemplo, sabão de potássio, óleo de neem ou terra de diatomáceas.

Todos esses são produtos orgânicos e, além de seguros, vão fornecer para as plantas de cannabis nutrientes de qualidade que irão beneficiar o seu crescimento.

No outdoor, todas as pragas têm inimigos naturais. Joaninhas, louva-a-deus, aranhas, crisopídeos, entre outras, são sempre interessantes e muito bem-vindos no cultivo da maconha. Se você encontrar algum desses em seu cultivo, não os tire. E se você encontrar algum em outro lugar e, se possível, pegue-os e deixe-os nas suas plantas de maconha.

Como eliminar as pragas das plantas de maconha?

A realização de verificações regulares nas plantas de cannabis é a chave para detectar precocemente as pequenas pragas e evitar que se tornem uma praga perigosa.

Não custa nada a cada 3 ou 4 dias gastar 5 minutos do seu tempo, especialmente verificando as folhas. Qualquer marca pode significar que o ataque começou.

Antes de realizar qualquer tratamento, é conveniente identificar o tipo de praga que ataca nossas plantas para usar um inseticida que sabemos que será eficaz.

Por exemplo, óleo de neem ou sabão de potássio são bastante eficazes contra tripes ou moscas-brancas. Mas contra lagartas ou aranhas vermelhas, é bastante ineficaz.

Por outro lado, a terra diatomácea é eficaz contra praticamente todas as pragas que podem atacar uma plantação de maconha.

Caso opte por inseticidas químicos, deve-se sempre seguir as doses indicadas pelo fabricante, respeitando rigorosamente os períodos de segurança entre a última aplicação e a colheita.

Como recuperar suas plantas de maconha após uma infestação

Se a praga for detectada e erradicada a tempo, as plantas de cannabis continuarão seu desenvolvimento normalmente. Mas se não for esse o caso e apresentarem uma aparência ruim, deve-se recorrer a algum tipo de produto reparador.

Por exemplo, um extrato de algas aplicado de forma foliar, fará com que a planta recupere o vigor e se desenvolva como antes de sofrer pelas pragas.

Dependendo do ataque, o que você nunca deve fazer é remover as folhas de plantas de cannabis danificadas. A planta continuará a usá-las e até que sejam descartadas, elas serão úteis.

Conclusão

Uma praga é sempre um retrocesso no cultivo de maconha. Quando detectada no início, o dano será mínimo. Mas se não fizer assim, o dano pode ser considerável. Aprender a identificar o tipo de praga o ajudará a escolher o melhor tratamento possível e eliminá-lo de forma rápida, segura e eficaz.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como fazer uma polinização controlada no cultivo outdoor

Dicas de cultivo: como fazer uma polinização controlada no cultivo outdoor

Uma única flor masculina (flores estaminadas) que se abre será suficiente para polinizar os buds de várias plantas fêmeas do jardim. Cada bud polinizado produzirá dezenas de sementes. E uma planta polinizada, foca mais a sua energia no desenvolvimento de sementes do que nas flores. Eventualmente sua produção será afetada e, possivelmente, terá seus buds cheios de sementes.

E é por isso mesmo que sempre há cultivadores que querem experimentar novas técnicas e quando encontram um macho decidem polinizar outras plantas fêmeas para obter uma pequena quantidade de sementes, assim, garantindo futuras colheitas. É muito gratificante cultivar uma cruza criada por você mesmo. E realmente é muito fácil fazê-la com a garantia de não prejudicar a colheita devido à polinização descontrolada. No post de hoje, falaremos sobre a polinização controlada em plantas cultivadas ao ar livre (outdoor).

A primeira coisa, logicamente, é ter uma planta macho. Quando as sementes regulares são cultivadas, há grandes chances de obtê-las, geralmente em cada 10 sementes regulares, cerca de 3-4 são machos. Se tivermos vários, selecionaremos os mais vigorosos, embora se forem de variedades diferentes também possamos fazer várias cruzas diferentes mantendo todos ou alguns exemplares.

Uma vez identificado o macho, devemos removê-lo para uma área de “descanso”. Não deve ficar próximo às plantas fêmeas, não deve ser ventilada em excesso e deve ter fotoperíodo natural. Um local pouco frequentado dentro de nossa casa pode ser perfeito. Não importa que a planta receba pouco sol, a esta altura não importa que continue a crescer, apenas que mantenha e continue a amadurecer suas flores estaminadas (sacos de pólen).

Se a planta for grande, pode-se fazer uma poda drástica, deixando apenas 2 ou 3 ramos. Todos os dias verifique a planta à procura das primeiras flores abertas. E assim evite visitar as plantas fêmeas, já que o pólen das flores dos machos pode facilmente se prender às nossas roupas causando polinização acidental. Não é uma má ideia trocar de roupa, além de sempre lavar muito bem as mãos.

Assim que observar alguma flor da planta macho aberta, colete seu pólen em um pequeno saco zip lock. Coloque o saco sob a flor e bata levemente no galho. Se estiver suficientemente maduro, colete uma pequena quantidade de pólen amarelado. Se não estiver maduro, espere um pouco mais para tentar novamente. Assim que tiver o pólen do macho coletado, corte a planta e coloque em um saco bem fechado, após isso descarte para longe do seu jardim.

Para fazer uma polinização controlada existem várias alternativas. Uma forma é: passe a ponta de um pincel no pólen depois encoste o pincel em um ou dois buds inferiores da planta com a qual queremos cruzar. Outra forma é: passe o pólen para um saco plástico, depois introduza o galho com o bud que pretende polinizar e prenda o plástico no caule para evitar vazamento de pólen.

Outra forma é: dilua o pólen em água destilada e depois aplique no bud com spray. Teste primeiro na pia ou no vaso para se certificar de que o spray é o mais fino possível. Cubra a planta com um plástico, exceto o bud a ser polinizado, e aplique uma quantidade generosa de água com pólen, sacudindo bem após a aplicação e deixando secar antes de descobrir novamente a planta.

Um bud polinizado em poucos dias começará a mostrar vários sinais, como “torrar” de forma prematura seus pistilos ou engorda excessiva dos cálices. Além disso, eles vão parar de ganhar peso. Para uma correta maturação das sementes, serão necessárias no mínimo 5 semanas. Portanto, não será difícil calcular o dia da polinização com a data estimada de colheita.

Ao secar o bud polinizado, é aconselhável colocar um pote ou qualquer tipo de recipiente por baixo para recolher as sementes que possam cair. As sementes podem ser retiradas com o bud ainda verde, mas será sempre mais fácil quando as flores estiverem secas. Esse bud, uma vez que você removeu as sementes, pode consumi-lo com calma ou fazer uma pequena extração. As sementes serão então mantidas em local fresco e seco até a hora de germiná-las e dar início em um novo ciclo.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como estabilizar uma variedade de maconha

Dicas de cultivo: como estabilizar uma variedade de maconha

Os procedimentos para estabilizar cepas de cannabis são muitas vezes mal compreendidos, até mesmo por cultivadores que produzem cepas comerciais. A estabilidade se refere à variabilidade e previsibilidade encontradas na prole de uma geração: quando uma cepa é instável, a variabilidade será alta e a previsibilidade baixa; com uma variedade estável, acontecerá o oposto. No post de hoje, vamos falar um pouco sobre a estabilização de uma variedade de maconha. Continue lendo para saber mais!

Variabilidade e previsibilidade

Variabilidade, neste caso, refere-se a gama de diferentes fenótipos que se expressarão ao hibridizar duas cepas diferentes; previsibilidade refere-se à proporção de distribuição esperada dos diferentes fenótipos. Ao cruzar plantas estáveis, a herança mendeliana dita que: 50% da prole poderão ser parecidas com ambos os pais igualmente, 25% expressarão traços mais próximos da mãe e 25% mais próximos do pai.

Normalmente, os breeders (criadores) irão estabilizar uma ao longo de várias gerações. Primeiro, uma mãe e um pai saudáveis são selecionados e criados para produzir descendentes híbridos que serão de previsibilidade variável dependendo da estabilidade dos pais. Portanto, se a mãe e o pai são considerados estáveis, espera-se que seus filhos expressem três fenótipos conforme descrito acima.

Estável X Raça pura

É importante notar que “estável” não significa “raça pura”. Uma linhagem de raça pura é aquela que produzirá descendentes consistentes de um fenótipo dominante (com poucos ou nenhum espécime diferente de seus irmãos); na cannabis, são normalmente encontrados entre as variedades landraces e cultivares tradicionais. Além disso, os breeders podem usar o termo raça pura para se referir a características únicas que sempre ocorrerão (como uma cor roxa, por exemplo), em vez de se referir para a expressão fenotípica geral.

Pais estáveis ​​geralmente produzem descendentes homozigotos previsíveis, embora com um maior grau de variação do que o encontrado em linhagens de raça pura. No entanto, se um ou mais pais são instáveis, cruzá-los resulta em uma variedade de descendentes heterozigotos que podem expressar qualquer número de características imprevisíveis, e que não corresponderão às proporções mendelianas previsíveis.

Os traços dominantes em cada pai/mãe são recombinados para fornecer a base genética para a próxima geração. O cruzamento inicial de dois pais não relacionados é conhecido como híbrido filial-1 (f1). Normalmente, os melhores exemplares de híbridos f1 serão cruzados para produzir a geração f2, que geralmente é ainda mais instável que a f1.

Cruzamento e retrocruzamento

Com várias gerações cruzando irmãos e irmãs dos mesmos pais – selecionando com base em características que você desejar ​​- um maior grau de consistência e, portanto, previsibilidade pode ser alcançado. Os traços desejados tornam-se dominantes e sempre aparecerão, enquanto os traços indesejáveis ​​são gradualmente eliminados do pool genético e não são mais expressos.

Para algumas características, o cruzamento de plantas com as gerações anteriores (retrocruza) permite que as características se estabilizem mais rapidamente. Muitos cultivadores acreditam erroneamente que algum grau de retrocruzamento é necessário para estabilizar qualquer linhagem, mas na realidade esta técnica só é necessária para certas características.

Depressão de consanguinidade

Após o cruzamento e possivelmente o retrocruzamento por várias gerações, os traços desejados devem começar a se expressar em todos os indivíduos. No entanto, após muitas gerações limitando e reduzindo essencialmente o pool genético de modo que apenas as características desejadas se expressam, a escassez de material genético resultante pode levar a um nível de endogamia que é prejudicial à saúde geral e à sustentabilidade da cepa.

Simplificando, se dois pais aparentados carregam o mesmo alelo recessivo, que é defeituoso ou deletério, as chances de duas cópias idênticas passarem para a prole são muito maiores do que com pais não aparentados. Se dois indivíduos portadores desses alelos defeituosos se reproduzem, a característica indesejável será dominante e se reproduzirá em todas as gerações subsequentes da linhagem.

Consanguinidade para melhorar a diversidade

Por esta razão, quando as linhagens começam a experimentar uma endogamia severa (conhecida como depressão de consanguinidade), é comum a introdução de um novo pai não aparentado em um processo conhecido como endogamia.

A depressão por endogamia ocorrerá mais lentamente se houver abundância de material genético a partir do qual formar novos descendentes. Portanto, com populações menores, a depressão por endogamia pode ocorrer rapidamente.

Referência de texto: Sensi Seeds

Dicas de cultivo: o que são as variedades de maconha Landrace e Heirloom?

Dicas de cultivo: o que são as variedades de maconha Landrace e Heirloom?

Hoje existem tantas variedades diferentes de maconha que, especialmente para quem não conhece este mundo, é praticamente impossível saber quais são as originais e o que significam os diferentes nomes dessas variedades. Você sabe quais são as variedades Landrace e Heirloom? No post de hoje responderemos a essas perguntas!

O que são as variedades Landrace?

Landrace é um termo que se traduz em “raça local”. São variedades de maconha nativas de um lugar específico.

Isso significa que elas crescem naturalmente nessa área e nunca foram cruzadas com qualquer outra variedade de maconha. Em geral, são variedades muito antigas e foram cultivadas continuamente ao longo da história.

Elas são variedades de cannabis pura e cada planta é muito semelhante entre si. De um modo geral, as variedades landrace são 100% indica ou 100% sativa.

Por muito tempo, foram as variedades mais procuradas, oferecendo uma ampla gama de opções para cultivadores intrépidos que estavam ansiosos para encontrar novas variedades de cannabis.

Desde as puras Indicas Afegãs que cresceram na cordilheira Hindu Kush, que se estende pelo Paquistão e Afeganistão. Até as sativas do Nepal, Tailândia, Congo, Líbano, México ou Colômbia, entre muitos outros países. Elas ainda são a base de todos os híbridos modernos.

Houve uma época não muito distante em que os cultivadores viajavam para encontrar e saborear as diferentes variedades locais. Dessas viagens, levaram de volta sementes das variedades encontradas. Mais tarde, começaram a experimentar várias combinações e deram origem a todas as variedades comerciais que conhecemos atualmente.

Hoje, as variedades locais ou landraces são mais difíceis de encontrar. Guerras passadas e conflitos atuais fizeram com que muitas delas desaparecessem.

Também com a introdução de novos híbridos, mais produtivos do que as tradicionais, elas foram descontinuadas em muitas partes do mundo. Mas, felizmente, não se extinguiram. Alguns bancos de sementes ainda vendem muitas variedades de maconha de diferentes variedades autóctones ou landraces.

Lista de variedades landraces

Nativas da Ásia:

  • Afghani
  • Pure Afghan
  • Hindu Kush
  • Mazar I Sharif
  • Lashkar Gah
  • Pakistan Chitral Kush
  • Pakistan Valley Kush
  • Mag Landrace
  • Aceh
  • Thai
  • Chocolate Thai
  • Kauai Electric
  • Luang Prabang
  • Altai (centro-sul da Rússia / Mongólia)

Landraces nativas da América do Sul e Central

  • Lamb’s Bread
  • King’s Bread
  • Punto Rojo
  • Acapulco Gold
  • Colombian Gold
  • Panama Red
  • Limón verde

Landraces originárias da África:

  • Swazi Gold
  • Red Congolese
  • Kilimanjaro
  • Durban Poison
  • Malawi
  • Rooibaard

O que são as variedades Heirloom?

Heirloom é uma palavra em inglês que significa “herança”. A diferença entre uma variedade heirloom e uma variedade landrace é basicamente a logística, por assim dizer.

As cepas de cannabis heirloom ainda são cepas landrace, mas cultivadas fora de seu ambiente. Principalmente, essas variedades começaram a ser cultivadas na Califórnia e no Havaí. Portanto, pode-se dizer que são variedades mais modernas. Na maioria dos casos, foram escravizados que levaram as landraces para muitos países do Caribe, assim como aconteceu no Brasil.

Como as variedades heirloom são cultivadas longe de seu habitat natural, elas estão a um passo de serem puras. Mas ainda são consideradas originais em comparação com os híbridos de qualquer maneira.

Os amantes da maconha encontraram as melhores variedades de todo o mundo e começaram a cultivá-las.

Essas genéticas eram conhecidas por ser extremamente poderosas e impressionantes. As melhores variedades heirloom foram cultivadas no Havaí, incluindo sativas das regiões equatoriais entre a África e o Vietnã.

Na Califórnia, por outro lado, as landraces de sativa do México e da Colômbia tiveram um desempenho extremamente bom graças ao clima mais ameno.

Além disso, elas cresceram menos e terminaram a floração mais cedo do que em suas ancestrais. Landraces do México, Colômbia e Afeganistão, por exemplo, deram origem à famosa Skunk.

Ainda existem algumas variedades heirloom da década de 1970 crescendo nas ilhas havaianas. Embora também deva ser observado que a maioria das plantações de maconha que podem ser encontradas neste estado dos Estados Unidos, são variedades com uma combinação de genética em vez da típica heirloom pura.

As variedades landrace atualmente

As variedades landrace sativa apresentam melhor desempenho em qualquer região equatorial, que terá um clima bastante semelhante ao de seu país de origem.

As Indicas, por outro lado, apresentam melhor desempenho em áreas entre 30 e 50 graus de latitude norte ou sul.

Isso não quer dizer que uma indica não possa ser cultivada em áreas equatoriais ou uma sativa não possa ser cultivada em áreas mais frias, apenas que elas não se comportarão da mesma maneira nesses ambientes. Devemos ter em mente que essas variedades ainda são uma seleção natural que às vezes tem centenas de anos.

Se as landraces são cultivadas e reproduzidas por várias gerações, também é possível ver como aos poucos se aclimatizam.

As variedades landrace são atualmente muito cobiçadas por muitos cultivadores, que de certa forma desejam conhecer e cultivar as originárias dos híbridos modernos.

Não se pode dizer que as landraces são melhores do que os híbridos modernos. E nem pior, mas diferente.

As landraces costumam ter mais tipos de canabinoides. O cruzamento de híbridos, por outro lado, tem conseguido isolar a ponto de não estar presente em muitas das variedades modernas.

Referência de texto: La Marihuana

Dicas de cultivo: como maximizar os terpenos de suas plantas de maconha

Dicas de cultivo: como maximizar os terpenos de suas plantas de maconha

A aplicação de técnicas para aumentar a produção de terpeno pode influenciar profundamente o perfil de aroma e sabor de uma variedade. Essas técnicas são facilmente aplicadas, mas produzem resultados consideráveis.

O que exatamente diferencia algumas variedades de maconha de outras? Basicamente, as variações genéticas produzem diferenças no padrão de cultivo, forma e velocidade de crescimento. A singularidade de uma variedade de maconha também é determinada pelo que sai dos tricomas, as pequenas glândulas em forma de cogumelo encontradas nas flores e folhas das plantas. Essas glândulas secretam uma resina carregada de canabinoides, como THC, CBD, CBN, entre outros. As diferenças entre as proporções de canabinoides é o que distingue algumas cepas de outras e seus efeitos. Mas os canabinoides não são a única substância presente nesta resina e responsável pelos efeitos da planta; os terpenos também são criados nos tricomas.

Os terpenos são compostos aromáticos encontrados em toda a natureza que proporcionam os aromas característicos de frutas e plantas. Por exemplo, o terpeno pineno é responsável pelo cheiro agradável que percebemos quando caminhamos por uma floresta de pinheiros ou coníferas, e o limoneno fornece os aromas refrescantes às cascas de frutas cítricas. O perfil de terpeno de uma cepa influencia seu sabor e cheiro, tornando-o um fator importante a ser considerado pelos breeders ao cultivar e pelos amantes da maconha ao selecionar uma cepa para fumar.

No entanto, descobriu-se que os terpenos desempenham outro papel muito mais importante nas plantas de cannabis. Eles não apenas têm sua própria gama de efeitos medicinais, mas também influenciam os efeitos psicoativos, por meio do que conhecemos como “efeito entourage”. Por exemplo, o mirceno é capaz de aumentar os efeitos anti-inflamatórios do CBD e o limoneno tem a capacidade de aumentar seus efeitos antibacterianos.

Dados os benefícios adicionais que os terpenos oferecem, sua produção se tornou mais importante e hoje muitos cultivadores estão se concentrando em aumentar sua produção durante o cultivo. Aqui estão algumas dicas para maximizar os níveis de terpeno e obter uma erva mais aromática possível.

TUDO COMEÇA NOS GENES

Existem vários motivos pelos quais os cultivadores desejam maximizar os terpenos. Para cultivadores ocasionais, isso significa ter buds perfumados para melhorar as sessões. Para o produtor comercial, em países legalizados, significa conseguir um produto mais atraente no final da safra. Em ambos os casos, existe a possibilidade de potencializar os efeitos. Se você deseja cultivar a erva mais cheirosa, selecionar as sementes é um fator importante. Começar com cepas que foram desenvolvidas especificamente para a produção de determinado terpeno oferece uma grande vantagem.

Na hora de comprar sementes, leia atentamente a descrição das cepas e escolha um perfil de terpeno com as características que procura.

SOLO DE BOA QUALIDADE É ESSENCIAL

Se você cultivar no solo, vale a pena ir mais longe e ter certeza de que é da melhor qualidade. Você pode adquirir um solo de boa qualidade facilmente ou pode fazer sua própria mistura. O solo contém muitos nutrientes que as plantas usam para sobreviver e prosperar, e um solo de boa qualidade está associado à maconha com o melhor sabor e aroma. Cultivar maconha em solo onde os nutrientes estiverem esgotados produzirá resultados decepcionantes.

ESTRESSAR A PLANTA, MAS NÃO MUITO

Estressar um organismo biológico pode resultar em duas maneiras. Se uma quantidade apropriada de estresse for aplicada, o organismo se adaptará, ficará mais forte e sobreviverá. Por outro lado, se muito estresse for aplicado e o organismo não for capaz de se adaptar, ele morrerá. Para cultivar uma maconha rica em terpenos, você precisa aplicar a quantidade certa de estresse.

Métodos como o treinamento de baixo estresse são uma ótima opção ao procurar buds carregados de terpeno. Essa técnica envolve flexionar, transformar e manipular suavemente os galhos para forçar as plantas a crescerem em uma determinada forma. Em longo prazo, isso gera mais ramas principais, distribuídas de forma mais ampla. O resultado final é uma planta menor, que produz safras maiores e flores altamente aromáticas.

A defoliação, que consiste simplesmente em retirar algumas folhas, é outra técnica que aumenta o teor de terpenos. A remoção de folhas extras libera espaço na copa, permitindo que as flores recebam mais luz; e simultaneamente a planta é estressada, aumentando a produção de tricomas.

LEVE EM CONTA A ILUMINAÇÃO

A iluminação é um dos fatores mais importantes durante o cultivo e desempenha um papel especialmente crítico na produção de terpeno. Na natureza, uma das razões pelas quais os tricomas produzem resina é proteger as plantas da exposição excessiva à luz; portanto, esse comportamento pode ser explorado pelos cultivadores. Expor as plantas à luz UV-B por cerca de 2-3 semanas na fase de floração pode facilmente aumentar a produção de tricomas.

USE A TEMPERATURA CORRETAMENTE

Para atingir a produção ideal de terpeno, quase todos os fatores ambientais podem ser controlados; e a temperatura é um fator importante. Abaixar a temperatura durante a noite fará com que os tricomas trabalhem horas extras. Idealmente, reduza a temperatura em cerca de 5°C durante a noite. Obviamente, tome cuidado para não esfriar demais as plantas, pois isso pode afetar outros aspectos do cultivo.

NÃO SE ESQUEÇA DE FAZER LAVAGEM DE RAÍZES

Fazer a lavagem das raízes nas plantas pode contribuir para o aroma e sabor, pois remove o excesso de nutrientes. Os nutrientes podem se acumular nos buds e podem dominar o sabor natural da cepa. Durante as 2 semanas antes da colheita, regue as plantas com a água mais pura possível para enxaguar as raízes.

SEJA PRECISO COM A HORA DA COLHEITA

Os terpenos são compostos voláteis e realmente não têm dificuldade em se degradar ou quebrar. Se você colher muito tarde, mesmo que seja um pouco, pode começar a perder cheiros e sabores preciosos. Como indicador básico, use uma lupa para observar de perto os tricomas nos buds. Certifique-se de ler informações mais detalhadas sobre a colheita para saber a hora exata em que as plantas devem ser cortadas.

SEQUE E CURE CORRETAMENTE

Embora pareça que depois da colheita o trabalho esteja pronto, ainda há tarefas a serem feitas. Secar e curar adequadamente sua erva garante que seus cheiros e sabores não sejam perdidos. Seque a maconha por 2-3 semanas em um lugar fresco, pois o excesso de calor começará a degradar os valiosos terpenos. Tente manter o nível de umidade em torno de 50%.

Quando as plantas estão secas, é hora de curá-las. As condições ideais para este processo são baixas temperaturas, local escuro e umidade em torno de 55%. A cura vai melhorar muito o sabor e o cheiro de seus buds.

Referência de texto: Royal Queen

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