por DaBoa Brasil | out 26, 2024 | Cultivo
O cultivo de maconha envolve pequenas tarefas, algumas diárias, como regar, outras ocasionais, como podas ou transplantes. No post de hoje vamos falar sobre este último, que embora seja uma tarefa muito simples, é sempre aconselhável levar em consideração alguns aspectos para evitar que a planta sofra danos.
Um transplante oferece à planta a oportunidade de expandir ainda mais as suas raízes e, portanto, aumentar o seu crescimento. Em grande medida, o tamanho final de uma planta dependerá do espaço disponível para ela; quanto maior for o vaso ou recipiente, maior será o tamanho da planta. E quanto menor o vaso, menores serão as plantas. Com isso também podemos “brincar” na hora de conseguir plantas de uma determinada altura, algo muito comum em cultivos indoor ou outdoor onde se buscam plantas discretas.
Os transplantes são feitos por vários motivos. O mais importante é o que já mencionamos. As demais são para oferecer uma grande fonte de nutrientes a um substrato já esgotado. Por conveniência, já que é mais fácil manejar uma planta pequena em um vaso pequeno do que em um vaso grande. E para corrigir o estiramento do caule, às vezes inevitável, pelo qual a cada transplante o caule deve ser cada vez mais enterrado.
Sobre quando realizar o transplante, não é algo especificado com exatidão. Pode ser que a própria planta mostre que precisa ser transplantada, seja porque as raízes colonizaram todo o substrato, ou porque os nutrientes se esgotaram. Também não há nada escrito sobre quais são os tamanhos ideais de vasos, então isso é algo que o próprio cultivador terá que decidir.
Depois que a semente germinou
Depois que a semente germinar, por exemplo, você pode optar por um vaso de 1 a 3 litros. Se for utilizado um bom substrato, o fornecimento de nutrientes será garantido por cerca de 2 a 4 semanas. Não será difícil movimentar os vasos nestes primeiros dias de cultivo, sem dúvida os mais delicados. Além disso, a rega será mais confortável e o substrato não ficará encharcado por tanto tempo como quando são utilizados vasos maiores.
Após as primeiras 2 a 4 semanas, dependendo do tamanho do vaso e do tamanho que a planta atingiu, será hora do primeiro transplante. Para isso opte, por exemplo, por um vaso de 5 a 9 litros, dependendo do tamanho do vaso anterior. Se for 1 litro use o de 5 litros, se for 3 litros use o de 9 litros. E assim por diante, para 2 a 3 transplantes no total, coloque a planta em seu vaso final, seja de 20, 50 litros ou mais. Isso cultivando ao ar livre, no cultivo indoor, 1-2 transplantes são mais que suficientes.
Use sempre um bom substrato
Na hora do transplante, deve-se sempre escolher um bom substrato. Sua principal característica deve ser a esponjosidade, que permite melhor drenagem, aeração e retenção de umidade. Se terá mais ou menos nutrientes dependerá do gosto do cultivador. Há quem prefira usar fertilizantes líquidos em substrato sem nutrientes, e há quem prefira um substrato muito enriquecido e esqueça de fertilizar em época boa.
A planta que vai transplantar não deve ter o substrato nem muito encharcado nem muito seco. Se ficar encharcado vai pesar muito e correrá o risco de se desfazer e danificar as raízes. E se estiver muito seco, tende a rachar. O ideal é um ponto médio. Horas de sol e calor intensos também devem ser evitados. A planta sofrerá menos e se recuperará mais rápido. Não esqueça que um transplante representa um estresse para a planta.
A importância de uma boa drenagem
Com tudo pronto, comece colocando uma camada de drenagem no fundo do vaso. Podem ser pedras ou argila. E em cima da drenagem coloque uma pequena camada de substrato. Existe um truque simples, que é introduzir um vaso do mesmo tamanho daquele que a planta está, para o qual irá transplantar. Assim você saberá em que altura deve deixar a camada inferior. E sem retirar o vaso, preencha o vaso maior com substrato, pressionando levemente as bordas. Ao retirar o vaso pequeno, haverá um molde perfeito onde caberá a raiz da planta.
Ao terminar, regue levemente para que o solo “afunda” e preencha possíveis lacunas que possam ter ficado. Normalmente, uma planta saudável não terá problemas de recuperação. Mas nem sempre isso acontece, e a planta que já teve problemas, ou que durante o transplante sofreu algum dano nas raízes, pode não reagir tão bem e em poucas horas apresentar folhas flácidas. Neste caso é interessante utilizar um estimulador de raízes e colocá-lo em um local onde não receba luz solar direta.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 19, 2024 | Cultivo
As sementes de maconha autoflorescentes (ou automáticas) diferem de qualquer outro tipo de variedade porque não dependem de fotoperíodos. A cannabis é uma planta fotodependente, o que significa que depende de fotoperíodos para completar seus ciclos. Ela cresce quando os dias ficam mais longos e as horas de luz do dia aumentam, e floresce quando os dias começam a diminuir e as horas de luz do dia ficam mais curtas. Assim, durante toda a primavera, as plantas de maconha passam pela fase de crescimento e, a partir do solstício de verão, recebem um sinal indicando que devem florescer antes da chegada do outono.
As plantas autoflorescentes, que não dependem dessa mudança de luz, crescem por aproximadamente um mês e iniciam a floração independente das horas de luz que recebem. Podem ser cultivadas em qualquer época do ano, desde que as condições meteorológicas o permitam (estamos nos referindo a temperaturas muito baixas e chuvas).
Também hoje são a única alternativa para muitos cultivadores. Em qualquer pequeno terraço, varanda ou jardim você pode ter várias plantas automáticas sem chamar muita atenção. Mas as primeiras variedades autoflorescentes que chegaram ao mercado há cerca de 15 anos estão muito atrás de nós, plantas que raramente ultrapassavam os 50 cm de altura. Hoje também podemos encontrar plantas baixas, mas também monstros que podem atingir mais de 3 metros. São também variedades mais poderosas que as primeiras autos e não deixam a desejar de forma alguma outras variedades fotoperiódicas.
Logicamente, como qualquer outra variedade, crescerá mais com dias longos e de muito sol. O que é interessante nas variedades autoflorescentes, que têm um período de crescimento limitado, é obter as plantas maiores antes do início da floração. É por isso que a melhor época para o seu cultivo começa agora e se estende até o último mês do verão. Com a chegada do outono as horas de luz já começam a diminuir e não vão crescer tanto quanto gostaria.
Ao obtermos as maiores plantas, obteremos também os melhores rendimentos. Algo que normalmente se faz com as variedades autoflorescentes é utilizar vasos ou recipientes grandes desde o primeiro momento, evitando transplantes. Isso porque o transplante representa estresse para a planta, que interrompe seu crescimento por alguns dias. Quando o período de crescimento é de apenas 4 semanas, perder 2 ou 3 dias acabará por afetar sua altura e também seu rendimento.
As plantas autoflorescentes têm um período total de cultivo, às vezes, de apenas 7 semanas a partir da germinação. Isto permite em espaços limitados como terraços ou varandas, o cultivo de até 3 ciclos durante os meses de primavera e verão, o que acabará por ser uma grande colheita para encher a despensa e desfrutar durante todo o ano.
Em termos de cuidado, não diferem muito das variedades fotoperiódicas. Ao utilizar um bom substrato enriquecido, garantirá durante a fase de crescimento que não necessitará utilizar nenhum outro tipo de fertilizante. Na fase de floração é aconselhável utilizar fertilizantes ricos em fósforo e potássio, os dois elementos mais utilizados para a formação e engorda dos buds. Porém, vale sempre lembrar, as plantas automáticas não têm muito tempo para se recuperar de certos tipos de estresse durante o ciclo. Se você for um cultivador iniciante, leve isso em consideração e tenha certeza que seu conhecimento é suficiente para conseguir suprir todas as necessidades da planta.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 12, 2024 | Cultivo
Uma planta-mãe, também chamada de madre, normalmente garantirá colheitas bem-sucedidas, desde que venha da sua própria seleção ou da seleção de outra pessoa. Em primeiro lugar, fornecerá um número significativo de mudas (clones) enquanto decidir mantê-la. Em segundo lugar, garante um comportamento idêntico das suas mudas, algo difícil de conseguir através das sementes, mesmo quando provenientes do mesmo lugar.
Qualquer planta de maconha pode ser uma planta-mãe. Embora sejam sempre selecionadas plantas com algumas características marcantes. Não adianta cultivar mudas de uma variedade que não te entusiasma ou que não é do seu agrado. Quando você tem acesso a um clone de elite, tudo fica muito mais simples, terá certeza desde o início que garantirá uma mãe excepcional. Na hora de fazer uma seleção, vale a pena levar em consideração alguns aspectos que falaremos adiante.
COMO SELECIONAR UMA PLANTA-MÃE?
Bom, estatisticamente, quando temos um grande número de sementes, as chances de encontrar uma planta ótima se multiplicam. Embora com apenas alguns também possamos encontrar o que procuramos. Então a primeira coisa é optar por alguma genética que já experimentamos e gostamos. Se, por exemplo, você não gosta do sabor típico de incenso dos híbridos Haze, por melhor que seja sua seleção, você ainda não vai gostar.
E colocando todas as sementes para germinar, desde o primeiro dia é aconselhável ter um caderno onde fará as suas anotações. A velocidade de germinação não é um fato que nos diga muito na hora de selecionar uma planta-mãe. Depois de transferirmos as sementes para o substrato, identificaremos cada semente com uma letra ou número. É importante na hora de fazer descartes futuros e não cometer erros.
Embora não possamos fazer um julgamento final antes de provarmos a colheita de cada planta, é possível observar e notar quais plantas apresentam mais vigor. Também qual ramifica mais e qual ramifica menos. Ou que apresentam um crescimento mais colunar, especialmente interessante quando planeja cultivos em SOG.
Retiraremos de cada planta pelo menos um clone e guarde-o, sempre perfeitamente identificado com a mesma letra ou número da planta a que corresponde. E devemos, logicamente, fazer isso antes de transferir as plantas para um fotoperíodo de floração. É nesta fase que deve ser dada mais atenção aos detalhes.
CARACTERÍSTICAS IMPORTANTES AO SELECIONAR UMA PLANTA MÃE
De maior para menor importância, e dependendo em grande parte de algumas características do gosto pessoal de cada cultivador, devemos atentar para as seguintes características assim que começa a fase de floração.
– Resistência ao hermafroditismo
– Vigor/Desempenho
– Potência
– Sabor
– Velocidade de floração
– Produção de tricomas
– Estatura
– Cheiro
– Estrutura da flor
– Cor da flor
Podemos ter uma planta com lindos buds roxos, mas com baixo rendimento ou pouca potência. Ou uma planta muito produtiva, que não tem sabor muito bom ou tem baixa resistência ao hermafroditismo. Como falamos, até que um bud de cada planta seja testado e comparado, nada pode ser garantido. Podemos simplesmente ser guiados pela nossa própria intuição.
Em princípio, o que é interessante é um bom equilíbrio de todas as características. Que possui bom sabor e cheiro, boa potência, boa quantidade de tricomas, ótimo rendimento e grande resistência ao hermafroditismo. Outras características como velocidade de floração, cor da flor, altura ou estrutura dos buds também são importantes, embora não decisivas.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 5, 2024 | Cultivo
No post de hoje falaremos sobre a dureza da água e como ela influencia o cultivo da maconha. Além disso, contaremos alguns truques para melhorar a água de rega.
A água e a sua qualidade são uma das chaves para o cultivo de maconhas. Nem todas as águas são iguais, pois depende das zonas geográficas. E dependendo da área, as plantas estarão recebendo água adequada ou inadequada. Neste último caso é sempre aconselhável tomar uma série de medidas.
O que é a dureza da água?
A dureza da água é um conceito que leva em consideração apenas a concentração de sais de cálcio e magnésio, presentes em qualquer água corrente.
A água é dura quando a concentração de Ca e Mg é superior a 0,5 mS/cm2 (milesiemens x centímetro quadrado). Pelo contrário, diz-se que a água é mole quando é inferior a 0,3 mS/cm2. É possível verificar isso facilmente com um medidor de EC (eletrocondutividade).
Caso não tenha, uma rápida pesquisa no Google permitirá saber o valor aproximado da dureza da água da sua área. Muitas câmaras municipais fornecem esta informação.
Por ser algo tão variável, os fabricantes de fertilizantes não costumam incluir quantidades adequadas desses dois nutrientes essenciais tão importantes.
Se tiver água dura carregada de Ca e Mg, uma quantidade maior será ainda mais prejudicial para as plantas. E se a água tiver quantidades inferiores às adequadas de Ca e Mg, terá simplesmente que adicionar esses dois nutrientes.
O que fazer quando a água é dura?
A melhor solução, e não só para a saúde das plantas, mas também para a nossa, é instalar um filtro de osmose em casa. Isto reduzirá a quantidade de Ca e Mg ao mínimo. Se consumir essa água, o corpo agradecerá.
Mas os eletrodomésticos, como a máquina de lavar roupa, também irão gostar. A incrustação de cálcio nesses dispositivos pode afetar seu funcionamento e reduzir sua vida útil.
Nas plantas, uma dose excessiva de cálcio e magnésio pode ser muito prejudicial. E principalmente excessos de cálcio que podem causar bloqueios de outros nutrientes.
O cálcio adere às raízes e impede que elas assimilem os demais nutrientes, mesmo que estejam disponíveis no substrato.
Outra opção, embora não econômica, é reduzir a água dura com água mole. Pode ser água destilada, por osmose ou desmineralizada.
Quando você tem um grande número de plantas, essa não é uma opção econômica.
O que fazer quando você tem água mole?
Este caso é o melhor de todos. Com um simples suplemento de cálcio e magnésio é possível resolver isso. No caso, o típico CalMag que muitos fabricantes de fertilizantes oferecem.
Alguns destes fabricantes de fertilizantes também incluem linhas específicas para este tipo de água mole, com maior quantidade de Ca e Mg do que as contidas na grande maioria dos fertilizantes.
Desta forma evite a utilização de qualquer tipo de aditivo para compensar esta baixa quantidade de cálcio e magnésio, tão essenciais para a nutrição das plantas.
Baixas quantidades de cálcio e magnésio trazem deficiências, principalmente de magnésio. Isso afeta o crescimento das plantas e seu vigor, pois o Mg é tipo um “tijolo” com o qual as plantas produzem clorofila.
O cálcio é necessário para construir as paredes celulares e o processo de divisão celular, além de ajudar a prevenir o acúmulo de elementos tóxicos. O cálcio também facilita a absorção de nutrientes, pois tende a equilibrar o PH do solo.
Qual é a dureza ideal da água para a maconha?
Os cultivadores de maconha geralmente tomam como referência uma dureza de água básica com EC de 0,4 mS. Ou seja, sem nenhum tipo de fertilizante ou aditivo.
É um valor ideal, com quantidade ideal de sais de cálcio e magnésio para que as plantas cresçam sem qualquer tipo de deficiência ou excesso destes dois nutrientes.
Se for mole, adicione um suplemento de Ca e Mg e controle com um medidor de EC até atingir esse valor. Em seguida, adicione o restante dos nutrientes e aditivos. Se estiver dura, como já foi dito, reduza com água desmineralizada até atingir 0,4 mS e adicione os nutrientes e aditivos habituais para finalizar.
Um medidor de EC é sempre uma ferramenta muito útil em um cultivo. Existem modelos muito econômicos que não demorarão muito a dar frutos com base em melhores cultivos e colheitas.
Com eles, além de poder oferecer às plantas uma quantidade ideal de cálcio e magnésio, é possível utilizá-los para fornecer as doses máximas de fertilizante sem fertilizar em excesso.
As necessidades nutricionais dependem muito de cada variedade. Algumas aceitarão doses mais elevadas do que outras. Só com base em testes será possível adaptar a dose adequada de nutrientes a cada variedade, levando-a ao limite da sua dieta.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | set 30, 2024 | Ciências e tecnologia, Cultivo
A maneira como a maconha é manuseada após a colheita — especificamente, como a planta é seca— pode ter um impacto significativo na qualidade do final da erva, inclusive no que diz respeito à preservação de terpenos e tricomas, de acordo com dois estudos recém-publicados.
Os estudos, anunciados esta semana pela empresa de tecnologia Cannatrol — que produz o equipamento avaliado nos testes — concluíram que quando “a flor de cannabis é seca e curada em um ambiente com pressão de vapor estável, o produto final retém mais terpenos devido a menos tricomas rompidos”, de acordo com um comunicado à imprensa sobre as descobertas.
A pesquisa foi conduzida pela Cannabis Research Coalition, uma organização focada no cultivo de maconha e no processamento pós-colheita.
Acredita-se que os terpenos, que são produzidos pela maconha e muitas outras plantas, modulam a experiência com a cannabis e podem trabalhar em conjunto com os canabinoides para produzir o chamado “efeito entourage”. Enquanto isso, os tricomas são estruturas na flor que produzem terpenos, canabinoides e outros constituintes químicos da maconha.
Em média, a pesquisa recém-anunciada descobriu que as flores secas e curadas na máquina da Cannatrol, chamada Cool Cure, “forneciam em média 16% mais retenção de terpeno e melhor integridade de tricomas” em comparação com aquelas processadas no que o estudo chama de método “tradicional” (no cultivo indoor): uma sala com ar condicionado e um desumidificador portátil.
Basicamente, as conclusões parecem ser que um ambiente de secagem e cura mais estável e controlado protege melhor a integridade dos terpenos e tricomas.
O equipamento “causou menos descarboxilação de canabinoides e reteve 16% mais terpenos”, escreveu a autora Allison Justice, fundadora e CEO da Cannabis Research Coalition, em um dos novos estudos. A máquina “foi capaz de minimizar os picos ambientais e manter os pontos de ajuste muito mais apertados durante o processo de secagem. Acredita-se que pode haver mais fatores apoiando essa mudança significativa, como menos interrupção física na cutícula do tricoma”.
O segundo estudo focou mais em tricomas, especialmente na variação de cor — que explicou ser tipicamente o resultado do envelhecimento natural ou dano mecânico à planta. Os tricomas foram menos afetados quando processados no ambiente mais estável da empresa em comparação com a forma mais convencional.
“Propõe-se que oscilações variáveis de temperatura, umidade e pressão de vapor proporcionadas pela secagem tradicional levam a uma diferença significativa na cor dos tricomas”, conclui o segundo artigo da Justice.
“Essa senescência acelerada leva a uma maior volatilização de terpenos, degradação de canabinoides e uma cor mais marrom geral da flor”, escreveu. “Os resultados mostram que, ao secar com a tecnologia Vaportrol, as glândulas de tricomas são preservadas e não continuam a senescência, o que pode levar à perda de qualidade”.
Uma melhor preservação dos terpenos pode ajudar tanto os pacientes de maconha quanto os consumidores adultos. Do lado médico, os terpenos demonstraram ter alguns impactos benéficos à saúde por si só, e também podem interagir com canabinoides e outros produtos químicos para aumentar os efeitos terapêuticos. Do lado do usuário, os terpenos produzem muitos dos sabores e aromas de variedades específicas de maconha.
“Há muitos cultivadores legados cultivando boas flores, mas a chave é educar a comunidade sobre a verdadeira ciência por trás do processo de pós-colheita da cannabis”, disse David Sandelman, CTO e cofundador da Cannatrol, em um comunicado à imprensa. “A ciência prova que manter os níveis de pressão de vapor mantém os tricomas intactos e proporciona maior retenção de terpeno a cada colheita. Ao usar esses novos métodos na pós-colheita, os cultivadores podem criar consistentemente uma cannabis mais fumável, superior em sabor, aparência e efeito”.
Uma revisão científica separada revelada este mês por pesquisadores em Portugal descobriu que os terpenos podem de fato ser “influenciadores nos benefícios terapêuticos dos canabinoides”, embora por enquanto essa influência “permaneça não comprovada”.
No entanto, o artigo detalhou descobertas preliminares sobre os benefícios terapêuticos de terpenos individuais em uma série de doenças.
“Evidências exploratórias”, observa, citando estudos anteriores, “sugerem vários benefícios terapêuticos dos terpenos, como mirceno para relaxamento; linalol como auxílio para dormir, alívio da exaustão e estresse mental; D-limoneno como analgésico; cariofileno para tolerância ao frio e analgesia; valenceno para proteção da cartilagem, borneol para potencial antinociceptivo e anticonvulsivante; e eucaliptol para dor muscular”.
O estudo também reconhece, no entanto, que embora o mirceno “tenha demonstrado propriedades anti-inflamatórias topicamente”, parece que o terpeno não ofereceu nenhum efeito anti-inflamatório adicional quando combinado com o canabinoide CBD.
O estudo não se fixa no papel final dos terpenos no chamado efeito entourage. Os autores escreveram que o efeito entourage parece “plausível, particularmente quando se considera fitocanabinoides menores, monoterpenos, sesquiterpenos e sesquiterpenoides”.
Outro estudo, publicado no início deste ano no International Journal of Molecular Sciences, disse que a “interação complexa entre fitocanabinoides e sistemas biológicos oferece esperança para novas abordagens de tratamento”, potencialmente estabelecendo as bases para uma nova era de inovação na medicina da maconha.
“A planta Cannabis exibe um efeito chamado de ‘efeito entourage’, no qual as ações combinadas de terpenos e fitocanabinoides resultam em efeitos que excedem a soma de suas contribuições separadas”, descobriu o estudo. “Essa sinergia enfatiza o quão importante é considerar a planta inteira ao utilizar canabinoides medicinalmente, em vez de se concentrar apenas em canabinoides individuais”.
Um estudo financiado pelo governo dos EUA publicado em maio, enquanto isso, descobriu que os terpenos podem ser “terapêuticos potenciais para dor neuropática crônica”, descobrindo que uma dose dos compostos produziu uma redução “aproximadamente igual” nos marcadores de dor quando comparada a uma dose menor de morfina. Os terpenos também pareceram aumentar a eficácia da morfina quando administrados em combinação.
Ao contrário da morfina, no entanto, nenhum dos terpenos estudados produziu uma resposta de recompensa significativa, descobriu a pesquisa, indicando que “os terpenos podem ser analgésicos eficazes sem efeitos colaterais recompensadores ou disfóricos”.
Outro estudo publicado no início deste ano analisou as “interações colaborativas” entre canabinoides, terpenos, flavonoides e outras moléculas na planta, concluindo que uma melhor compreensão das relações de vários componentes químicos “é crucial para desvendar o potencial terapêutico completo da cannabis”.
Outra pesquisa recente financiada pelo National Institute on Drug Abuse (NIDA) dos EUA descobriu que um terpeno com cheiro cítrico na maconha, o D-limoneno, pode ajudar a aliviar a ansiedade e a paranoia associadas ao THC. Os pesquisadores disseram de forma semelhante que a descoberta pode ajudar a desbloquear o benefício terapêutico máximo do THC.
Um estudo separado no ano passado descobriu que produtos de cannabis com uma gama mais diversificada de canabinoides naturais produziam experiências psicoativas mais fortes em adultos, que também duravam mais do que o efeito gerado pelo THC isolado.
E um estudo de 2018 descobriu que pacientes que sofrem de epilepsia apresentam melhores resultados de saúde — com menos efeitos colaterais adversos — quando usam extratos de maconha full spectrum em comparação com produtos de CBD “purificados”.
Cientistas também descobriram no ano passado “compostos de cannabis não identificados anteriormente” chamados flavorizantes que eles acreditam serem responsáveis pelos aromas únicos de diferentes variedades de maconha. Anteriormente, muitos pensavam que os terpenos sozinhos eram responsáveis pelos vários cheiros produzidos pela planta.
Fenômenos semelhantes também estão começando a ser registrados em torno de plantas e fungos psicodélicos. Em março, por exemplo, pesquisadores publicaram descobertas mostrando que o uso de extrato de cogumelo psicodélico de espectro total teve um efeito mais poderoso do que a psilocibina sintetizada quimicamente. Eles disseram que as descobertas implicam que os cogumelos, como a maconha, demonstram um efeito de entourage.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | set 28, 2024 | Cultivo
Uma semente é definida como um corpo que faz parte do fruto e que dá origem a uma nova planta. É um dos principais métodos de propagação de plantas. Dentro de uma semente contém um embrião dormente. Quando as condições são adequadas, uma nova planta começa a se desenvolver. No post de hoje falaremos sobre a germinação das sementes de maconha, já que a primavera começou e muitas pessoas decidirão começar a cultivar pela primeira vez.
Na natureza as sementes germinam naturalmente no início da primavera. Quando o inverno passa, as temperaturas externas começam a subir e os dias ficam mais longos, as sementes que passaram todo o outono e inverno no solo germinam. Neste caso, forçamos sempre estas situações, nos permitindo cultivar em qualquer época do ano.
Para germinar uma semente devemos levar em consideração 3 conceitos. A primeira é a umidade, as sementes precisam de umidade constante, mas nunca encharcadas. A segunda é a temperatura, que deve ser média. Se o ambiente for frio as sementes podem não germinar e se estiver quente os fungos atacarão rapidamente. E a terceira é a escuridão, devemos garantir que durante esse processo as sementes não recebam luz.
PAPEL TOALHA: é uma das opções mais utilizadas pelos cultivadores. Tem a vantagem de poder ver a todo o momento o estado do processo de germinação. Para germinar no papel, logicamente precisará de papel toalha ou guardanapo, bem como prato, tupperware ou qualquer outro recipiente pequeno, de preferência opaco. Coloque os guardanapos e molhe-os levemente, sem encharcá-los. Coloque as sementes sobre papel úmido, separadas umas das outras. Se você usar um prato, poderá colocar um filme transparente sobre ele. Se estiver usando um tupperware, coloque a tampa. Isso evitará que o papel seque. As sementes devem germinar em cerca de 24-72 horas, embora se forem um pouco velhas podem demorar um pouco mais. Quando as raízes não tiverem mais de 1 cm de tamanho, transfira-as cuidadosamente para um vaso, enterrando-as no máximo 1-1,5 cm no substrato.
DISCO DE TURFA (Jiffy): Jiffy é uma marca registrada para discos de turfa prensados, embora hoje seja usado para se referir a qualquer disco de turfa prensado, independentemente do fabricante. Para utilizá-los basta hidratá-los com água. Portanto, coloque os jiffys em uma bandeja ou prato e adicione água com pH corrigido, melhor se for mineral ou fracamente mineralizada. Você poderá observar que o que eram pequenos discos, aos poucos vão inchando até se multiplicarem em tamanho x4 ou x5. Com um palito, faça um furo na parte superior, de 1 a 2 cm de profundidade, e insira a semente. Por fim, pressione levemente os jiffys com a mão para retirar o excesso de água e deixe-os em local aquecido. Ao ver a planta aparecer, transfira para um vaso com substrato.
BLOCO DE LÃ DE ROCHA: é um substrato inerte amplamente utilizado no cultivo hidropônico. É um produto natural que pertence à família da lã mineral. É composto por aproximadamente 98% de rocha vulcânica e 2% de ligante orgânico. É classificado no Catálogo Europeu de Resíduos como “material isolante que não contém amianto ou substâncias perigosas”. Esses blocos, assim como os jiffys, devem primeiro ser hidratados, mas também bem lavados, pois durante sua fabricação ou armazenamento podem adquirir substâncias indesejáveis. Da mesma forma, com um palito faça um pequeno furo e insira a semente. Em seguida, aperte-os levemente para tirar o excesso de água. Assim que a semente aparecer do lado de fora, transfira o bloco de lã para um vaso com terra, coco ou qualquer meio hidropônico.
DIRETAMENTE NO SUBSTRATO: germinar sementes diretamente no substrato tem seus prós e contras. Por um lado, desde o primeiro momento a raiz se desenvolverá mais facilmente, pois terá espaço e alimento suficientes. Mas por outro lado, às vezes é difícil proporcioná-las condições ótimas, como humidade perfeita e boa temperatura. Este método é apreciado pelas variedades autoflorescentes, pois tendo um período de crescimento limitado, crescer sem interrupções resultará em plantas maiores e mais produtivas. Use um substrato leve, se possível, pois o excesso de nutrientes não é bom no início. Faça um pequeno furo de cerca de 2 cm e insira a semente. Em seguida, regue levemente o substrato, evitando o encharcamento.
GERMINAÇÃO NA ÁGUA: para germinar suas sementes de maconha na água utilize um copo, de preferência com tampa, para que não entrem sujeira nem insetos. Se for de vidro transparente, nada acontece, mas é melhor não ser. A água será melhor se for destilada, mole, com mineralização fraca, de osmose. Se for água da torneira, deixe-a descansar para eliminar o cloro. Utilize água oxigenada (precisará de muito pouco). A proporção seria de 2-3 ml de água oxigenada (peróxido de hidrogênio) para cada litro de água. Então se você usar, por exemplo, 200ml de água, você teria que usar 0,4 a 0,6ml de água oxigenada. Em seguida, introduza as sementes nessa mistura. E, finalmente, coloque o copo coberto em um local quente e escuro. A temperatura deve estar entre 23-24ºC, embora a margem possa ser mais ampla, entre os 20ºC e os 28ºC. E, claro, em um lugar seguro, não vá bater nele acidentalmente e derramar todo o conteúdo do copo, incluindo as sementes. As sementes germinarão em cerca de 24-72 horas. Depois, basta transferi-las para um vaso com substrato.
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