Se você está procurando turismo canábico, pode direcionar suas viagens maconheiras para a novíssima House of Cannabis da cidade de Nova York (também chamada de THC NYC), nos EUA, que está sendo anunciada como “o primeiro destino imersivo explorando os pontos turísticos, aromas, sons e histórias da cannabis”. Não temos tanta certeza sobre esse superlativo, mas o lugar parece ser um local divertido para estar chapado em Manhattan.

A TimeOut oferece um resumo bastante abrangente dos quartos nas instalações de quatro andares e 2320 m² que foi inaugurada na 427 Broadway na última sexta-feira, dia 6 de abril. O projeto é liderado pela empresária de bem-estar de luxo, Marcelle Frey, e seu marido Robert, um magnata do clube de Las Vegas por trás da Pure e da Pussycat Dolls Lounge.

O que se pode esperar do THC NYC? Primeiro: nenhuma maconha real. Os Freys decidiram sair da batalha pelas licenças de negócios de cannabis em NY (provavelmente uma boa jogada, já que não há indicação de que eles se qualificariam para a primeira rodada de beneficiários de ações). Em vez disso, o local oferece uma variedade de experiências sensoriais brilhantes e alucinantes – e uma sala em colaboração com a Drug Policy Alliance, que apresenta vídeos de nova-iorquinos negros que foram alvo de ações da polícia por cannabis com base em preconceito racial.

“A cultura da maconha tem uma história muito rica em todos os ângulos, seja na música, na arte, nas questões de reforma social que precisam ser abordadas. É tudo uma questão de conectividade e comunidade, e ninguém jamais fez algo assim”, diz Marcelle.

O THC NYC também possui uma grande sala audiovisual construída em torno de um poema escrito pelo rapper Curren$y do Young Money, que aparece na sombra do seu corpo enquanto você se move pelo espaço. Esta não é a primeira vez que Curren$y entra no mundo da maconha. O mestre de cerimônias por trás da faixa “Rapper Weed” tem sua própria variedade indica dominante em Andretti OG, que é distribuída por meio de sua marca Andretti Cannabis Co.

Os museus da maconha já existem há algum tempo. O exemplo mais famoso é o Hash, Marijuana and Hemp Museum, que localizado em Amsterdã (situado no distrito da luz vermelha desde 1987) e Barcelona (inaugurado em 2012). Com o mesmo designer de curadoria do museu operado pela Oakland’s Oaksterdam University desde 2011 até o início da pandemia de Covid-19, em 2020. Esse local incluía um jardim de maconha com seis plantas que aparentemente foi alvo de uma batida da Polícia Federal.

Mais recentemente, em 2017, a Cidade do México viu a criação do Museu do Cânhamo e da Maconha da revista Cáñamo, e o Museu Bob Marley da Jamaica reforçou ainda mais sua credibilidade 420 ao adicionar um salão de consumo de cannabis a um de seus locais este ano. O Cannabition Cannabis Museum, de Las Vegas, não teve tanta sorte operacional – sua inauguração ainda a ser concluída está em andamento desde 2018.

Na verdade, os museus da cannabis estão espalhados pelos Estados Unidos, de Denver a Boston, onde está localizado um dos locais mais legítimos deste assunto: o Core Social Justice Cannabis Museum. O Core não apenas oferece uma visão séria das desigualdades da política de drogas dos EUA, mas também está localizado em um bairro (Jamaica Plain) que foi drasticamente e negativamente impactado pelas políticas proibicionistas – e a entrada é livre.

Referência de texto: Merry Jane

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