A Polícia Rodoviária Federal apreendeu 322,9 kg de maconha em um posto na BR-487, região do Mato Grosso do Sul em fronteira com o Paraguai. O caminhão apreendido estava em nome da JS Pescados, que pertence à família de Jorge Seif Júnior (PL), senador eleito pelo povo do estado de Santa Catarina com um discurso proibicionista. A apreensão aconteceu há 17 dias, mas família do senador tentou abafar o caso.

Apoiador de Jair Bolsonaro, Seif diz ser cidadão de bem, antidrogas e a favor da família. A apreensão ocorreu no dia 25 de março, mas só foi divulgada no dia 11 de abril. O caminhão pertence à empresa JS Pescados de Jorge Seif, pai do parlamentar. De acordo com o senador, o veículo foi vendido em setembro de 2022. Mas nos registros do Detran o caminhão segue em nome da empresa de Seif.

O condutor do caminhão disse aos policiais que levava pescados para Mato Grosso do Sul, mas não soube dar mais informações sobre a carga. Os policiais da PRF e da Polícia Militar (MS) averiguaram e encontraram 336 tabletes de maconha em caixas da JS Pescados. O motorista foi preso.

Após a divulgação do caso, o Senador compartilhou um vídeo em que se disse “surpreendido” com a informação sobre o transporte de maconha.

Em 2019, Jorge Seif foi nomeado secretário nacional de Aquicultura e Pesca por Jair Bolsonaro. Na época ficou em destaque por afirmar, com apoio de Bolsonaro, que “o peixe é inteligente, quando vê uma mancha de óleo ele foge”.  Seif deixou o cargo para lançar sua candidatura ao Senado e foi eleito em 2022.

Recentemente, Jair Renan, filho de Bolsonaro, foi nomeado em um cargo no gabinete de Jorge Seif e recebe um salário mensal de cerca R$ 9,5 mil. Após a nomeação, Renan se mudou para Balneário Camboriú (SC), lugar conhecido como um paraíso dos milionários.

Com mais esse exemplo, fica a pergunta: quem lucra com a proibição da maconha no Brasil?

Referências de texto: Pragmatismo Político / Fórum / EBC

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