por DaBoa Brasil | nov 11, 2020 | Cultivo
Como o frio afeta um cultivo de maconha? Ele é bom ou ruim? Devemos sempre lembrar que os excessos são sempre ruins. O excesso de frio pode fazer mal, assim como o excesso de calor. Sabendo também os limites, será muito fácil melhorar a qualidade de um cultivo.
Na Suíça, por exemplo, um cultivador tem duas grandes safras. Uma delas localizada a 800 metros de altura. A outra, localizada a 1.300 metros de altura. A primeira é a de maior produção, localizada na maior altitude destaca-se pela alta qualidade. E isso cultivando a mesma genética. A razão? Bem, sem dúvida é devido ao frio na fase final do cultivo.
O mesmo acontece com os cultivos de inverno, que consistem em cultivar mudas dentro de casa e levá-las para fora no meio do inverno. Pela mudança brusca do fotoperíodo, as plantas começam a florescer após algumas semanas. Mesmo sendo a mesma genética que o mesmo cultivador pode cultivar na temporada, a maioria coincide na ótima qualidade da colheita de inverno. Embora os buds sejam logicamente menores, são mais resinosos e têm um sabor mais puro.
O FRIO NOS CULTIVOS OUTDOOR
Uma planta em fase de crescimento investe toda sua energia na produção de celulose, ou seja, na formação de uma boa massa vegetal. Tanto nas raízes quanto nas zonas aéreas. Ao iniciar o cultivo no início da primavera, as plantas terão praticamente 4 meses de crescimento para desenvolver uma estrutura forte, com raízes grandes e profundas e com milhares de ciliados, que são as raízes finas e brancas que possuem maior poder de assimilação de nutrientes.
Quando começa a fase de floração, a planta terá uma estrutura consolidada que pode lidar com muitos tipos de estresse, incluindo estresse térmico. Quando se aproxima a data da colheita e está sujeita a frio constante, será um sinal para a planta que o seu fim está próximo. E então será em resposta e para atrair o pólen de uma planta macho, a produção de resina se multiplica. A intenção será cumprir sua função vital, ou seja, desenvolver sementes para perpetuar a espécie.
Quanto mais resina a planta produz, mais provável é que ela pegue o precioso pólen da planta macho. Portanto, não hesitará em fazê-la com verdadeira paixão, pois, na realidade, não tem mais nada para fazer em sua vida. Será possível observar como os buds às vezes endurecem e que as folhas ainda em bom estado começarão a enrugar, como acontece com as árvores caducifólias. A planta também é coberta com uma camada grossa e espessa de resina.
Mas isso acontece se a planta estiver totalmente madura e entrar em sua fase final. Se isso ocorrer antes, o oposto acontecerá. Os buds que ainda estão se formando não atingirão a dureza necessária. É muito diferente em um caso e no outro. Além disso, o calor tende a volatilizar os terpenos, enquanto o frio não. O sabor e os aromas de uma planta cultivada no frio são muito mais puros e intensos.
CONHEÇA BEM O SEU CLIMA
O frio é bom para as plantas nas condições mencionadas acima. Mas sempre que falamos em frio, não estamos falando em temperaturas excessivamente baixas, abaixo de 8-9°C. Quando as temperaturas são mais baixas, a atividade das raízes diminui e a assimilação de nutrientes diminui. E abaixo de 0°C, toda a seiva da planta congela e suas funções vitais ficam paralisadas e, até que estejam novamente ativas, passa um tempo que é fatal para a planta.
Isso não quer dizer que a planta morra, longe disso, sempre falando de plantas altamente formadas. Mas não há dúvida de que é prejudicial. Em países onde ocorre o frio intenso, é possível observar grandes plantas cobertas de neve no início do inverno e colhidas duas semanas depois sem problemas. E sempre falando de plantas cultivadas diretamente no solo, já que em um vaso o frio vai afetar de forma mais severa.
É muito importante saber o clima do seu local de cultivo antes de decidir sobre determinada genética. Mas uma boa opção é cultivar plantas indicas rápidas quando o clima está muito frio no início do outono. Essa genética já está preparada para suportar as noites frias do final do verão e início do outono. Ou também em situações onde as temperaturas diurnas são muito altas, mas à noite caem tanto que o estresse térmico sofrido pela planta é muito difícil de suportar para a maioria das variedades existentes.
DICAS ÚTEIS
Quando optamos por cultivar em um local frio no final de temporada, e quando calculamos que temos uma semana para a colheita, é aconselhável tirar as folhas principais e quase todas as folhas pequenas da planta. Seria praticamente uma manicure uma semana antes da colheita. Quando a planta está desprovida de folhas, essenciais para realizar a fotossíntese e assim continuar seu processo biológico normal, ela se concentrará na produção de resina e tricomas.
Uma vez que os dias e noites frios comecem, você deve parar de regar a planta. A mesma geada que cai nas folhas poderá congelar a água que está sob o substrato. Isso pode levar à morte da planta. Uma seca prolongada juntamente com uma geada não muito severa proporcionarão uma colheita da mais alta qualidade.
Como vimos, a planta suporta bem o frio nas zonas aéreas, mas não tanto em seu sistema radicular. Uma boa opção é protegê-las com uma cobertura morta de grama recém-cortada ou folhas, até mesmo um plástico ou saco. A grama ou as folhas, conforme fazem a compostagem, atingem temperaturas muito altas. O processo de compostagem é lento, por isso não afetará negativamente uma planta que colheremos em poucos dias. O plástico ajudará o substrato a aquecer durante os dias mais longos do que sem ele. E à noite vai demorar mais para esfriar, mantendo a temperatura praticamente até o dia seguinte.
SECAGEM E CURA
Secar as plantas com frio seco é a melhor opção possível. E curar mais tarde em condições semelhantes, melhor ainda. O calor acelera o processo de secagem, além de reduzir a psicoatividade do THC. Já no frio, ao contrário, desde que seja seco e não úmido, a secagem será prolongada. Se quiser fazer o teste, basta colocar alguns buds por dois meses em uma caixa de papelão e em local frio. E então compare com buds secos e curados da mesma planta em uma temperatura mais alta.
Portanto, quando vemos uma queda drástica nas temperaturas se aproximando do início do outono, devemos considerar se as plantas são sativa ou indica, se estão para ser colhidas ou se ainda faltam semanas. Mesmo que seja uma genética de climas frios ou não. Sabendo as respostas, fica mais fácil escolher uma ou outra genética no próximo ciclo.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | nov 8, 2020 | Cultivo
Quando os fungos e as raízes das plantas trabalham juntos, são produzidas as micorrizas. Essa associação aumenta a absorção de água e nutrientes das plantas, protege-as contra doenças e cria um meio de crescimento ideal para suas plantas de maconha.
Os fungos tem um modo de vida fascinante, fundamental para todos os tipos de vida no planeta. Uma curiosidade para muitas pessoas: os fungos tem um modo de vida completamente único. No entanto, são geneticamente mais próximos dos animais do que das plantas. Os fungos desempenham um papel fundamental no ecossistema, decompondo organismos mortos e subprodutos biológicos, liberando nutrientes dessas fontes que são então usados em outras áreas do ciclo de vida. Os fungos formam uma colaboração simbiótica com certas plantas e algas e são realmente responsáveis pela sobrevivência de várias espécies. Os fungos crescem na forma de filamentos, conhecidos como hifas, que, graças à sua enorme superfície, permitem a máxima absorção de nutrientes.
A conexão com a maconha: como as micorrizas podem melhorar a saúde das plantas
A atividade dos fungos pode ser aproveitada e usada pelos cultivadores para maximizar a absorção de nutrientes pelas plantas. Mas como exatamente funciona esse relacionamento? A palavra neste caso é “micorriza”.
As micorrizas são associações simbióticas formadas entre os fungos e as raízes de uma planta. Essa relação mutualista ocorre na natureza e é uma parte fundamental da vida na Terra. Por meio dessa associação, os fungos e as plantas em questão recebem benefícios incríveis uns dos outros, especialmente importantes quando se tenta maximizar a qualidade e a quantidade dos cultivos de maconha.
Os fungos têm acesso constante a uma deliciosa fartura de açúcares e carboidratos, como glicose e sacarose, que são sintetizados pelas folhas das plantas, transferidos para as raízes e seu aliado fúngico. Em troca, a planta então coleta os frutos da maior capacidade dos fungos para absorver água e nutrientes do solo onde vivem. Isso se deve à maior superfície das hifas, que são muito mais finas do que as raízes das plantas, portanto, são capazes de extrair minerais com mais eficiência.
Os fungos presentes também podem facilitar o acesso das plantas a elementos essenciais, como fósforo ou nitrogênio, que são vitais para a saúde, produtividade e qualidade ideal das plantas.
A formação de micorrizas também aumenta a absorção de nutrientes. Além disso, esse fenômeno pode proteger suas plantas contra várias ameaças que os produtores podem enfrentar. Plantas com micorrizas apresentam maior resistência às doenças causadas por patógenos que ocorrem no solo. Também têm uma maior capacidade de combater os períodos de seca que podem ocorrer e tolerar melhor o estresse por sais. São ainda mais resistentes a certas toxicidades que podem aparecer no solo, como altas concentrações de metais.
Cultivando essa relação especial
Os cultivadores têm vários métodos para introduzir fungos benéficos no solo. Primeiro, podem atrair espécies micorrízicas encontradas no ambiente próximo às suas plantas. Essas espécies existem na maioria dos solos, então os produtores podem facilmente atraí-las dos arredores e aumentar sua população, fornecendo-lhes os alimentos certos.
Os fungos micorrízicos prosperam em matéria orgânica como composto e outros microrganismos, mas também aproveitam todas as oportunidades para obter delicias açucaradas. Afinal, os açúcares derivados da fotossíntese são a principal razão pela qual se ligam às plantas.
Para atrair fungos benéficos dos arredores, basta adicionar fontes de carboidratos (como suco de fruta ou xarope de bordo) ao solo. Misture 10ml dessas substâncias com 3,8 litros de água e use a mistura para regar potes e camas.
Outra opção é ir a uma floresta próxima e pegar uma colônia de fungos com as próprias mãos. Pegue um pouco do solo de uma floresta livre de poluição e poluentes químicos e coloque-o em um balde. Quando chegar em casa, inocule seu meio de cultivo com este solo rico em micróbios.
Você também pode usar produtos especialmente concebidos para inocular o solo. Alguns produtos contém uma mistura totalmente orgânica de fungos Glomeromycota que rapidamente se ligam às raízes, fornecendo nutrientes à planta em troca de açúcares da planta.
As bactérias oferecem grandes vantagens
Os fungos não são os únicos microrganismos que habitam o solo. Uma terra viva e saudável também tem uma rede alimentar rica em bactérias. Embora geralmente tenham conotações negativas, muitas espécies de bactérias estão associadas às plantas de cannabis, ajudando-as a se manter saudáveis e fortes.
Naturalmente, também existem muitas bactérias nocivas no solo. No entanto, populações saudáveis de bactérias boas ajudam a manter as bactérias prejudiciais afastadas.
Micorrizas vs. rizobactérias: semelhanças e diferenças
Fungos micorrízicos e bactérias benéficas desempenham um papel fundamental na cadeia alimentar do solo. As espécies em ambas as categorias decompõem a matéria orgânica e disponibilizam nutrientes para as raízes das plantas.
Os fungos micorrízicos se fundem fisicamente com o sistema radicular e se tornam uma extensão da rede, exsudando enzimas em seu ambiente imediato, quebrando moléculas complexas e trazendo nutrientes gratuitos para as raízes. Em troca, as plantas fornecem açúcares criados por meio da fotossíntese.
As plantas de cannabis também crescem de forma otimizada com bactérias benéficas perto de suas raízes. As plantas tentam essas criaturas minúsculas com um coquetel de açúcares; em troca, as rizobactérias combatem bactérias potencialmente prejudiciais e até ajudam as plantas a absorver o nitrogênio atmosférico, que é um dos nutrientes mais importantes para a saúde e o desenvolvimento das plantas.
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | out 29, 2020 | Cultivo
Quando falamos de plantas de maconha, a polinização é o processo de transferência de pólen dos estames de uma flor masculina para o estigma ou parte receptiva das flores fêmeas. Depois que o óvulo é fertilizado, uma semente é produzida dentro dele. O transporte do pólen pode ser realizado principalmente pelo vento, por meio de um inseto (como as abelhas ou borboletas), ou pela ação humana.
Vale lembrar que uma planta macho, a menos que decida usá-la como material de reprodução, não tem valor no autocultivo. Também se torna um perigo, já que em condições ideais o pólen pode chegar a vários quilômetros, polinizando qualquer planta fêmea que esteja em seu caminho. O resultado serão centenas ou milhares de sementes dentro dos buds. E é um revés para qualquer cultivador que esteja buscando apenas as flores, pois a planta vai usar a maior parte de sua energia no desenvolvimento das sementes em vez de trabalhar na engorda.
Selecionar uma planta-mãe para polinizar é a parte mais fácil. Em qualquer planta, tanto masculina como feminina, é muito fácil avaliar aspectos como vigor, morfologia, resistência a pragas e/ou fungos, tolerância a determinado clima, entre outras coisas. Mas em uma mãe também podemos avaliar facilmente sua produção, potência, aromas ou sabor, o que em um macho não é. Somente cruzando macho e fêmea e cultivando suas sementes, saberemos se o macho é adequado ou não.
A seleção da planta-mãe (ou madre)

Como citamos, avaliar os valores uma planta fêmea é muito simples. Mas vários aspectos devem sempre prevalecer. Do mais importante ao menos importante, sempre com nuances, seriam:
- Resistência ao hermafrodismo
- Vigor/Rendimento
- Potência
- Sabor
- Velocidade de floração
- Produção de resina
- Altura
- Aroma
- Estrutura das flores
- Cor das flores
Alguns desses pontos podem ter uma ordem diferente dependendo do que busca. Para muitos cultivadores, a potência é mais importante do que o vigor. Para outros, a velocidade da floração prevalecerá sobre a potência, para outros o aroma ou a cor dos buds… Mas sempre o primeiro traço, que é a resistência ao hermafroditismo, deve ser o mais importante. O gene pode ser transferido para a prole e ter sementes com alto grau de hermafroditismo ou com grande tendência ao hermafroditismo.
A seleção do pai

Um macho será responsável por transportar os genes que influenciam a expressão das características que discutimos anteriormente, mas muitos deles não são diretamente observáveis na própria planta masculina. Uma boa planta macho é, portanto, aquela que produz descendentes de qualidade. As características mais importantes em um macho seriam:
- Resistência ao hermafrodismo
- Vigor
- Altura
- Período de maturação
Qualquer planta macho que não atenda a essas características deve ser removida da área de cultivo para que seus genes não sejam passados para a prole. Também em alguns machos podem ser observados certo aroma, cor e estrutura floral, mas ainda são características secundárias em comparação com as mencionadas acima.
Como fazer uma polinização

O mais comum entre os produtores é aproveitar uma planta macho antes de cortá-la para polinizar um bud de uma fêmea. O problema é a coexistência entre plantas femininas e masculinas, já que um mínimo de descuido pode fazer com que todos os buds se enchem de sementes. O que por um lado é bom, pois terá muitas sementes para dar prosseguimento no seu cultivo. Mas por outro é ruim, pois não terá flores tão gordas. O ideal e a solução seria ter um local onde a planta masculina não pudesse polinizar acidentalmente todas as plantas fêmeas do cultivo.
Uma opção, e a mais segura nesse caso, é ter um cultivo indoor com luz artificial. Você pode manter o crescimento da planta masculina ou induzi-la a florescer simplesmente modificando os fotoperíodos. Outra opção também seria dentro de casa, mas sem luz artificial. Deve-se sempre ter cuidado com a ventilação, pois o pólen pode vazar para fora.
O momento perfeito para fazer uma polinização é aproximadamente de 4 a 5 semanas para a colheita. A planta fêmea deve ter tempo suficiente para que as sementes se formem e amadureçam adequadamente. Se a planta macho está mais avançada na floração do que as plantas fêmeas, as flores do macho com pólen podem ser removidas. A planta continuará produzindo mais.
Na hora de fazer a polinização, é melhor coletar o pólen em um saco ziplock ou similar. Então, existem várias opções. Uma delas é polinizar um bud com um pincel. Outra é colocar a ponta do dedo no saco de pólen e cuidadosamente tocar nas flores que se deseja polinizar. Outra seria inserir cuidadosamente o bud no saco ziplock e movê-lo de modo que o pólen fique bem distribuído. E outra é misturar o pólen com água (destilada de preferência), e usando um spray para borrifar todos os buds dos quais você deseja obter as sementes.
Em qualquer caso e para evitar polinizações acidentais em outras flores, pode-se recorrer à cobertura da planta com uma lona ou plástico, exceto para a gema a ser polinizada. Após cerca de uma hora, borrifamos o botão com água para eliminar o pólen que pode permanecer no próprio botão ou nas folhas, pois continuará fértil.
Em alguns dias, poderá observar algumas mudanças nas flores polinizadas. A primeira será a queima ou secagem dos pistilos. Posteriormente, as brácteas começarão a inchar devido ao crescimento da semente em seu interior. Por fim, estes vão se abrir levemente revelando a semente com seu tom escuro típico, embora isso dependa muito da genética.

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Referência de texto: La Marihuana
Adaptação: DaBoa Brasil
por DaBoa Brasil | out 14, 2020 | Cultivo
A presença de formigas nas plantas de maconha só pode significar uma coisa: perigo. As formigas formam grandes colônias e usam qualquer coisa para alimentar ou armazenar em seu formigueiro. Elas podem ser vistas geralmente carregando sementes e todos os tipos de restos de plantas, tanto secas quanto verdes. Mas também são grandes necrófagas e, às vezes, caçadoras de outros insetos. Não são comuns que nas plantas de maconha causem danos diretos, exceto para algumas espécies que esperamos não ver por muito tempo, que comem tanto as folhas quanto o caule. Mas as formigas comuns podem causar danos indiretos.
Formigas em plantas de maconha e sua simbiose com algumas pragas
As formigas também podem ser grandes criadoras de certos insetos. Os dois mais comuns são pulgões e cochonilhas. São capazes de transportar literalmente grandes colônias de pulgões e cochonilhas para plantas saudáveis. E procuram sempre plantas com grande movimento de seiva no interior, como é o caso da maconha. Os pulgões se alimentam principalmente da seiva das plantas, que é muito abundante na cannabis. Depois que as formigas levam seu rebanho para áreas de alta concentração de seiva, elas começam a sugá-la para se alimentar.
Quando os pulgões digerem a seiva, eles a transformam em um melaço que as formigas amam e coletam para levar ao formigueiro. Não só cuidam das formigas para que lhes deem uma deliciosa iguaria, mas também as protegem de pulgões predadores naturais, como a joaninha. Além disso, estão sempre dividindo a colônia de pulgões para transportá-los para novas áreas da planta onde podem continuar a se reproduzir e fornecer cada vez mais melaço. Uma planta atacada por uma infestação de pulgões logo começa a perder vigor, suas folhas enrolam e depois secam. Sem falar que, como qualquer praga, o pulgão é um transmissor de vírus se vier de uma planta doente.
O mesmo acontece com a cochonilha, um inseto altamente reconhecível que se fixa aos caules e folhas das plantas. A cochonilha produz um melaço semelhante aos dos pulgões. Elas têm maior dificuldade de movimento do que os pulgões, e as formigas não têm problemas em transportá-los para plantas saudáveis, colocando-os no caule e nos galhos. São mais difíceis de detectar, pois costumam ser de cor marrom-acinzentada e em plantas arbustivas, a busca se torna mais complicada e deve-se prestar muita atenção para localizá-las entre a densa massa de folhas e caules.
Se, após verificar a planta e não ver nenhum sinal de praga instalada, também não confie. Pode ser apenas uma visita de inspeção, existem variedades que são especialmente sensíveis a pragas de pulgões, enquanto outras são muito tolerantes. Em um cultivo, é comum que uma planta concentre mais ataques de pragas do que outra. Afinal, as pragas têm suas preferências. É sempre interessante nestes casos fazer um tratamento preventivo, é sempre melhor prevenir do que remediar.
COMO SE LIVRAR DAS FORMIGAS
Como já dissemos, é raro que a presença de formigas em plantas de maconha não esteja relacionada principalmente a pragas de pulgões e cochonilhas. Se as virmos pairando ao redor do substrato ou subindo pelo caule, a primeira coisa que devemos fazer é verificar minuciosamente a planta inteira. Veremos especialmente as pontas de crescimento e sob as folhas. Alguma folha ligeiramente enrolada ou caída por falta de rega pode ser um claro sintoma da presença de pulgões nas nossas plantas. Verificaremos também todos os galhos e o caule próximo ao solo, onde é mais provável que encontremos a cochonilha.
Para combater as formigas, temos basicamente duas opções. Uma é indireta, que consiste em tratar a praga que certamente encontraremos na planta. O pulgão não é a praga mais difícil de tratar e uma ou duas aplicações de óleo de neem ou sabão de potássio podem ser suficientes. Embora um dos inseticidas mais eficazes e ecológicos da atualidade seja a terra de diatomáceas. São microalgas fossilizadas e trituradas com alto teor de cristais de sílica. Em contato com insetos, perfuram seu exoesqueleto e os matam. É também um nutriente que as plantas apreciam, pois fortalece as paredes celulares e as tornam mais resistentes ao calor e à seca.
Também podemos tratar as formigas diretamente, com a referida terra de diatomáceas borrifada no substrato, ou com um remédio natural. Você pode fazer uma maceração com alho e água e borrifar próximo às plantas. Ou uma mistura de água e limão, pois os produtos ácidos os desencorajam de se aproximar. Ou ainda embrulhar uma seção do caule da planta com fita adesiva de forma que a área que gruda fique voltada para fora. Assim ficarão presos ao tentar escalar o caule, tendo que trocar a fita de vez em quando.
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Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | out 10, 2020 | Cultivo
Se você tem uma quantidade de erva que não toca há algum tempo, verá que as flores secaram e não darão a mesma sensação de antes. Embora o envelhecimento seja inevitável, você pode atrasá-lo com um armazenamento adequado. Falaremos sobre o que pode danificar seus buds à medida que envelhecem e como protegê-los.
Conservar o frescor da maconha é fácil, se você souber como.
Se você colhe uma grande quantidade para não depender do tráfico, ou se não fuma com frequência, pode acabar com um monte de flores velhas nas mãos.
Quando as flores secas desintegram, você sabe que algo está errado. É certo que você vai fumar de qualquer forma, mas aquela erva vai fazer efeito? E mesmo que fizer, qual seria o sabor? Seja qual for a resposta, você provavelmente está se perguntando como pode evitar que isso aconteça com suas flores.
Embora não possa parar o processo de envelhecimento, pode desacelerá-lo! Para isso, o mais importante é curar bem a erva, colocá-la em recipientes adequados e guardá-la em local arejado com temperatura e umidade adequadas.
O que acontece quando os buds envelhecem?
Antes de entrarmos nisso, vamos explicar o que acontece quando a maconha começa a envelhecer.
Perda de THC
Quando a erva é exposta ao calor, oxigênio e luz ultravioleta, os canabinoides contidos nela (incluindo o THC) começam a se decompor. Isso não acontece muito rapidamente, mas a mudança pode ser notada depois de algumas semanas. Fumar um baseado desta erva não o deixará sóbrio, mas também não o deixará tão “chapado” quanto o baseado que enrolou depois que colheu, secou e curou a erva.
Conversão para CBN
Quando o THC quebra, ele simplesmente não vai embora. Na verdade, se transforma em outro canabinoide chamado canabinol, ou CBN, que tem propriedades psicoativas moderadas, mas não causa efeito por si mesmo. Essa conversão ocorre principalmente quando a maconha é exposta ao oxigênio e ao calor, embora o processo seja demorado.
Perda de sabor
A perda de THC não será a única consequência de armazenar seus buds em um local quente. À medida que a erva perde potência, ela também perde sabor e produz uma fumaça mais forte quando fumada. Isso ocorre porque os terpenos secam com o tempo. O excesso de luz e umidade também será prejudicial.
Isso também acontece com botões ricos em CBD?
Se você costuma usar variedades ricas em CBD, pode estar se perguntando se isso se aplica a você. Bem, como o CBD também é um canabinoide e os buds também contêm terpenos, a maconha rica em CBD também pode se degradar com o tempo. Embora, neste caso, a alta não seja um fator a ser considerado, mas perderá os outros benefícios potenciais do CBD.
Quais são as causas do envelhecimento da maconha?
Já apontamos várias causas do envelhecimento da maconha, mas vamos explicá-las uma a uma.
Umidade
Manter um equilíbrio preciso é necessário quando se trata de cannabis e umidade. Se o método de armazenamento escolhido permitir a entrada de muita umidade, existe o risco de infestação de fungos. No entanto, se não estiver úmido o suficiente, os terpenos e canabinoides irão desaparecer com o tempo. Embora esses resultados sejam bastante diferentes, ambos provocam o mesmo desagrado.
Temperatura
As altas temperaturas, que muitas vezes acompanham o excesso de umidade, podem acelerar a degradação de canabinoides e terpenos. Em geral, você deve se certificar de que a temperatura do local de armazenamento de seus buds não ultrapasse 25,5ºC. Isso ocorre porque qualquer ambiente entre 25,5-30ºC é ideal para o crescimento de fungos.
Luz
Simplificando, a luz ultravioleta persistente danifica os terpenos, o THC e outros canabinoides. Isso é especialmente problemático em áreas tropicais, onde a luz une forças com o calor e a umidade para danificar seu estoque de flores.
Material de recipiente
Finalmente, embora muitas pessoas não saibam disso, o material do recipiente pode afetar diretamente o processo de envelhecimento da cannabis. Veja, embora muitas pessoas armazenem seus buds em recipientes de plástico, esse material pode fazer a erva “suar”. Isso significa que, como o suor, os botões irão liberar a umidade contida em seu interior. Como resultado, vão acabar secos e produzir uma fumaça mais forte.
Como armazenar a erva e mantê-la fresca
Portanto, agora que já conhece o inimigo, deve aprender a se defender e manter seus buds frescos. Felizmente, é um processo bastante simples e talvez você já tenha tudo de que precisa para começar a armazenar sua erva por um longo tempo.
Cura adequada
Na verdade, um bom armazenamento de maconha começa com o processo de cura após a colheita e secagem. E, curiosamente, a cura implica em manter o mesmo tipo de ambiente e condições ideais para os buds. Deve encontrar um local fresco, escuro e moderadamente seco. Após secar adequadamente, separe os buds dos galhos, corte as folhas de açúcar e guarde as reservas em potes de vidro. Lembre-se de que só deve encher os potes até ¾ de sua capacidade.
Depois de algumas semanas de paciência, terá sua recompensa: algumas flores frescas, prontas para fumar. Mas, se realmente deseja garantir frescor, deve garantir que não haja excesso de umidade nos frascos de cura.
Para conseguir isso, recomendamos o uso de um saquinho umidificador. Em qualquer caso, deve escolher aqueles que mantêm 58% ou 62% de umidade. Use 58% se estiver em um ambiente mais úmido e 62% se você viver em um clima mais seco.
Use recipientes herméticos de vidro, cerâmica ou sacos a vácuo
Quando seus botões estiverem bem curados, é recomendo armazená-los em potes de vidro herméticos. Considerando os danos que o oxigênio pode causar, recipientes herméticos são a melhor opção para sua erva.
Não use qualquer recipiente. Como discutimos antes, o plástico pode acelerar o processo de envelhecimento, portanto, um tupperware não é aconselhável. Em vez disso, um recipiente de vidro ou cerâmica manterá a erva fresca e segura.
Dito isto, os sacos a vácuo também são incrivelmente eficazes porque não têm ar.
Mantenha escuro
Além de ser hermético e de vidro ou cerâmica, o recipiente deve ser preferencialmente opaco. A luz pode causar estragos nos buds e o uso de um recipiente opaco garante total segurança. Mas, antes disso, deve garantir que o local de cura esteja completamente às escuras (com as luzes apagadas). No entanto, se usar potes opacos ou bastante escuros, poderá acender as luzes sem se preocupar muito.
Manter temperaturas baixas
Depois de colocar os buds no recipiente adequado, deve garantir que o ambiente seja mantido constantemente fresco, com temperatura abaixo de 25,5ºC para evitar a formação de mofo. O ideal seria uma temperatura de 21ºC.
Mantenha o local de armazenamento limpo
Agora, com quase tudo em ordem, basta ter certeza de que tudo se mantenha limpo. Limpe os potes e prateleiras com poeira e aspire ou esfregue o chão conforme necessário.
Os botões permanecerão frescos se eu os congelar?
Ao longo deste artigo, alguns de vocês podem ter pensado: “Se posso manter a comida no congelador por meses, por que não congelar a maconha?”. Enquanto algumas pessoas ficarão horrorizadas com esta ideia, pensando que estragará as flores.
No entanto, o último ficará surpreso ao saber que a maconha pode ser armazenada no congelador por 1-2 anos. Se o fizer, tenha muito cuidado e evite tocar nos botões, pois os tricomas (que contêm a maior parte da resina) irão cair rapidamente.
Deixe-os descongelar naturalmente do freezer e esteja ciente de que a camada externa dos botões pode ser afetada. Mas o resto do botão estará quase tão bom quanto era um ou dois anos atrás.
Buds de reserva: uma nova tendência?
Por fim, queremos comentar que, para algumas pessoas, o envelhecimento não afeta a cannabis. Por exemplo, há quem considere o processo de cura uma arte. Para os amantes da maconha envelhecida, o sabor original de uma variedade surge com o tempo e alguns acham necessário esperar pelo menos cinco meses após a cura antes de fumar sua erva.
No entanto, essa escola de pensamento é muito recente. Em geral, não é recomendado , a menos que você tenha muita experiência com cannabis. Mas cada pessoa tem suas próprias experiências com a planta, e não queremos que você pare de experimentar!
Referência de texto: Royal Queen
por DaBoa Brasil | set 8, 2020 | Cultivo
Quando as plantas cultivadas no outdoor estão em plena floração, é chegado o momento em que escolhas erradas podem afetar negativamente toda a colheita. É possível ter buds grandes e resinosos com um aroma incrível, mas ao fumá-los podemos ficar desapontados porque seu sabor é muito forte ou “áspero”. E a principal causa é não ter feito uma lavagem da raiz, ou não ter sido bem feita.
Se por algum motivo teve que colher a planta ou parte dela sem fazer o flush (lavagem das raízes), concordará que seu sabor deixa muito a desejar. E às vezes, nem mesmo a cura por meses pode suavizar seu sabor. Portanto, se não houver um bom motivo para não fazê-lo, deve ser obrigatório sempre que cultivar em vasos.
A lavagem da raiz, ou flush, como o próprio nome sugere, consiste em limpar o substrato para remover os nutrientes que armazenados nele. Com isso, fazemos com que a planta pare de se alimentar dos nutrientes do solo, e passe a utilizar os nutrientes armazenados na matéria vegetal, principalmente as folhas. E como, no final das contas, o que fumamos de um bud é principalmente matéria vegetal, terá um sabor mais suave.
QUANDO LAVAR?
Como regra geral, geralmente é feito entre 10 e 7 dias antes da colheita. Em qualquer caso, não é aconselhável fazê-lo muito cedo, pois se cortarmos prematuramente o fornecimento de nutrientes de uma planta com flor, os buds não alcançarão a sua potência máxima.
O cultivador experiente poderá calcular isso olhando a aparência dos buds, já que se guiar pelos dados fornecidos pelos bancos é um tanto ambíguo. Numa mesma variedade cultivada uma no norte e outra no sul, pode haver vários dias de diferença na colheita.
O ideal é que você sempre tenha um microscópio para observar cuidadosamente os tricomas. Em uma flor imatura, serão de cor transparente, enquanto em uma flor perfeita para a colheita são em sua maioria de cor leitosa/âmbar. A hora do flush é quando você começa a ver como os tricomas mudam de transparentes para leitosos.
COMO FAZER UM BOM FLUSH?
A regra geralmente utilizada é usar três a cinco vezes mais água do que a capacidade do vaso. Ou seja, para um recipiente de 20 litros usaríamos 60 litros de água, para um vaso de 50 litros usaríamos 150 litros de água… Mas normalmente não é necessário tanto e o dobro pode ser suficiente.
Obviamente, quando você tem muitas plantas em vasos grandes, uma grande quantidade de água é necessária e na maioria dos casos isso será impossível. Então o normal é recorrer à água da torneira, que como sabemos contém cloro. Vamos pensar também que nesse ponto do cultivo em que cortamos o suprimento de nutrientes do solo, pouco importará se destruirmos uma grande parte das bactérias e outros organismos benéficos que são responsáveis por facilitar a assimilação dos nutrientes.
Água descansada
Em todo caso e sempre que possível, é interessante ter um ou dois baldes de água descansada com o pH regulado para adicionar no final. Mas, para começar, com um regador ou mangueira de baixo fluxo, adicione um pouco de água a cada um dos vasos, permitindo que seja lentamente absorvido pelo substrato.
Repita o processo adicionando um pouco de água em cada vaso. Desta forma conseguiremos que todo o substrato fique umedecido e não haja áreas secas. E faça isso até ver a água começar a sair pelo dreno. Após isso e com o substrato totalmente molhado, pode-se colocar água em maior quantidade em cada vaso.
A princípio a água terá uma cor escura, mas aos poucos vai clareando até ficar totalmente transparente. Adicione para finalizar outra boa quantidade de água descansada com o pH regulado e continue com o próximo vaso. O normal, a menos que seja cultivada a mesma variedade, é que as lavagens das raízes não coincidam no mesmo dia.
Se parecer que está usando muita água, também pode optar por usar um limpador de sais que você encontra em qualquer loja especializada. O que eles fazem é dissolver os sais do substrato e depois removê-los mais facilmente e com menos água. Eles são adicionados à água de rega como se fosse um fertilizante, e após atuarem por alguns minutos, é regada com água limpa para que os sais sejam arrastados para o dreno.
O QUE FAZER APÓS UMA LAVAGEM DE RAÍZES?
Bem, vamos simplesmente regar quando a planta precisar de água com o pH regulado até a colheita. É normal que as folhas fiquem amarelas ou que a planta desenvolva deficiências de todos os tipos. Mas no final das contas o objetivo é que a planta, se possível, esgote os nutrientes. O que não se deve fazer é usar qualquer tipo de fertilizante após a lavagem, pois não terá tanta serventia.
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Referência de texto: La Marihuana
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