Gabriel O Pensador lança “Cachimbo da Paz 2” com participação de Lulu Santos e Xamã

Gabriel O Pensador lança “Cachimbo da Paz 2” com participação de Lulu Santos e Xamã

Após 25 anos de “Cachimbo da Paz”, com participação do cantor, compositor e músico Lulu Santos, o rapper Gabriel O Pensador lançou na sexta-feira (18) a parte 2 da música, acrescentando a participação de Xamã, rapper da nova geração.

O single ‘’Cachimbo da Paz 2’’ faz parte do novo álbum de Gabriel, intitulado “Antídoto Pra Todo Tipo de Veneno’’, que também contará com participação de Black Alien em uma faixa.

Para todos que mandam a “fumaça do cachimbo pra cachola” e para os que não mandam, vale uma reflexão profunda nos trechos a seguir:

“Quando voltou a vida e ouviu que sua aldeia tinha sido destruída o cacique ficou mal
Viu muita gente fodida na cidade e no campo, buscando uma saída pra escravidão mental
Pessoas se agredindo e se matando por preconceito de gênero, etnia e por políticos que só davam risada
Era tanta ignorância, tanta intolerância e ele como? Não tava entendendo nada

Encontrou uma mãe chorando por um filho vítima da depressão, overdose de remédios controlados
Nessa sociedade ansiedade faz estrago, remédio é natural, demorou ser liberado
É que a venda dessa erva continua proibida, mas as suas substâncias salvam vidas
Enquanto muitas outras são perdidas numa guerra sem sentido que só serve pra fazer geral querer virar bandido

Até o cacique quis pegar no fuzil quando viu que flecha nem arranhava o caveirão
O tiroteio foi intenso e muita gente caiu, quem não correu ficou sangrando no chão
Morreu polícia e bandido, aposentado, estudante, morreu criança de colo e até gestante
Naquele instante ele chorou e gritou: essa merda é atrasada demais, é revoltante

Saiu pra dar uma volta e acendeu um da paz pra meditar, porque ninguém se revolta?
E um playboy chegou metendo o mãozão querendo dar um tapinha, mas levou logo um tapão
“Que isso cacique? Acende, puxa, prende e passa”. Tapão, mas esse tapa foi pra tu ficar esperto
Respeita quem chegou primeiro, e papo reto, devolve tudo pros nativos que isso aqui não deu certo!”

“Cachimbo da Paz 2” ganhou um clipe muito bem produzido com uma ficha técnicas extensa e está disponível no canal do Gabriel O Pensador no YouTube.

Planet Hemp lança versão estendida do último álbum da banda: ouça agora “Jardineiros: A Colheita”

Planet Hemp lança versão estendida do último álbum da banda: ouça agora “Jardineiros: A Colheita”

Na última quarta-feira, dia 16, os maconheiros mais famosos do Brasil soltaram a versão estendida do álbum “Jardineiros”, que foi lançado em outubro de 2022, contando com faixas e participações inéditas.

Entre os destaques de “Jardineiros: A Colheita” estão as músicas “Nunca Tenha Medo” com participação de Pos (também conhecido como Posdnuos ou Plug 1), integrante do icônico grupo de hip hop De La Soul, do rapper Kamau em “Onda Forte RMX”, e Gustavo Black Alien na pesadíssima faixa “Não Vamos Desistir”. Além dessas, tem também a swingada “Pra Ver As Cores Do Mundo”, um hardcore pesado no estilo ‘Planet das antigas’ em “Salve Kalunga”, e “Ainda” ganhou um versão Remix com versos inéditos de BNegão.

Antes do lançamento, nós, do DaBoa Brasil, tivemos a honra de conversar com BNegão sobre os bastidores do novo álbum e da turnê Jardineiros. A entrevista está disponível no nosso canal no YouTube.

Ouça agora “Jardineiros: A Colheita” na sua plataforma de áudio favorita!

FAIXAS:

1 – Não Vamos Desistir (ft. Black Alien) / 2 – Marcelo Yuka / 3 – Distopia (ft. Criolo) / 4 – Taca Fogo / 5 – Puxa Fumo / 6 – Nunca Tenha Medo (ft. Posdnuos) / 7 – Jardineiro (ft. SekoBass) / 8 – Amnésia / 9 – Fim do Fim / 10 – O Ritmo e a Raiva (ft. Black Alien) / 11 – Meu Barrio (ft. Trueno) / 12 – Salve Kalunga (ft. Cabeça) / 13 – Eles Sentem Também / 14 – Ainda RMX (ft. Tropkillaz) / 15 – Planeta Maconha / 16 – Onda Forte RMX (ft. Kamau) / 17 – Remedinho / 18 – Veias Abertas (ft. Tantão e os Fita) / 19 – Ninguém Segura A Gente / 20 – Pra Ver As Cores do Mundo

A origem do número 420 na cultura canábica e o Dia Internacional da Maconha

A origem do número 420 na cultura canábica e o Dia Internacional da Maconha

O número 420 se tornou tão popular entre os maconheiros em todo o mundo, tanto é que, inclusive, celebram no dia 20 de abril (20/4 ou 4/20) o Dia Internacional da Maconha. Que o 420 é o número da erva você já sabe, mas você sabe o motivo disso?

Existem diversas teorias, mas a verdadeira história do 420 vem da década de 1970, e os principais protagonistas foram alguns alunos da San Rafael High School, no condado de Marian, na Califórnia (EUA). Os jovens se encontravam todos os dias fora das aulas por volta das 4:20 da tarde para fumar maconha.

Como fumar (seja o que for) na escola é estritamente proibido, então os alunos esperavam até o fim da aula para se encontrar e fumar um pouco de erva. Eles se encontravam todos os dias em frente a uma parede (wall, em inglês) da escola e, por isso, foram carinhosamente apelidados de “Waldos”.

Quando os Waldos se cruzavam nos corredores da escola, usavam o código 420 para perguntar a outros maconheiros se eles tinham erva. Então, se encontravam por volta desse horário.

Embora tenha começado como uma brincadeira, o termo 420 pegou um significado para todas as coisas sobre maconha em grupo. O costume se repetiu: todos os dias, por volta das 4h20 da tarde, os Waldos se reuniam e recebiam novos maconheiros no círculo.

Às vezes se reuniam em frente à estátua do cientista francês do século 19 Louis Pasteur, outras vezes sob as arquibancadas, mas sempre se esforçavam para consumir juntos naquela hora: 4h20 da tarde. Agora mundialmente conhecida como a hora da maconha!

Como já foi citado, o número 420 se tornou tão popular entre os maconheiros em todo o mundo, que inclusive celebram no dia 20 de abril (20/4 ou 4/20) o Dia Internacional da Maconha.

Na foto: “Os Waldos” Mark Gravitch (frente direita), Larry Schwartz (meio) e Dave Reddix no Dominican College em San Rafael, fumando maconha e jogando Frisbee, por volta de 1972-73.

80 anos da descoberta do LSD por Dr. Albert Hofmann

80 anos da descoberta do LSD por Dr. Albert Hofmann

O famoso Bicycle Day (Dia da Bicicleta) deu origem a uma das drogas psicodélicas mais populares do ocidente.

Faz 80 anos desde que o químico suíço Albert Hofmann decidiu testar os efeitos do LSD pela primeira vez na história. Hofmann havia sintetizado tartarato de ácido lisérgico (uma substância que ele abreviou como LSD-25) anos atrás durante sua pesquisa para encontrar drogas para tratar doenças cardíacas e respiratórias, mas depois o descartou porque não o considerou útil.

Anos depois, ele sintetizou a molécula descartada novamente e, enquanto trabalhava com ela em 16 de abril de 1943, sentiu estranhos efeitos psicológicos que o levaram a suspeitar que tivesse sido intoxicado por acidente e ficou intrigado com os efeitos leves, mas únicos, que havia experimentado. Três dias depois, em 19 de abril, Hofmann ingeriu 250 microgramas de LSD para testar os efeitos do LSD-25 de maneira controlada.

A ingestão resultou em uma viagem psicodélica que o químico não havia previsto. Sentindo-se sobrecarregado com os efeitos, Hofmann pediu a sua assistente de laboratório, Susi Ramstein (que mais tarde seria a primeira mulher a testar a substância) que o acompanhasse até sua casa para cuidar da intoxicação. Como Hofmann contou anos depois, naquela época havia restrições ao uso de carros devido à Segunda Guerra Mundial, então os dois tinham que pedalar até a casa do químico.

Esse passeio de bicicleta foi usado em 1985 como símbolo da descoberta do LSD em uma festa privada convocada por um professor universitário de DeKalb, no estado de Illinois (EUA). A ideia de nomear o dia da descoberta do LSD como Dia da Bicicleta se espalhou ao longo dos anos e ainda hoje serve de data para comemorar a primeira viagem com a famosa substância psicodélica.

Referência de texto: Cáñamo

Encontro DaBoa II Edição: um dia de muita música, cultura e informação em São Paulo

Encontro DaBoa II Edição: um dia de muita música, cultura e informação em São Paulo

No último dia 21, o Casarão Cultural da Vila Guilherme, localizado na Zona Norte da cidade de São Paulo, recebeu a segunda edição do Encontro DaBoa. Um dia de muita música, arte, cultura, ativismo e informação!

O Encontro DaBoa II Edição contou com exposição de arte dos artistas Henrique Santos (Qdoporque), MariMoon e Rafael Roque, Live Paint pela artista Maricleide, Éric Sato soprando vidro, flash tattoo com os artistas Vitoria Viana e Giovane Augusto, feira de produtos de cultura canábica, palestras sobre cannabis na alimentação e uso terapêutico com Chef Olivia Risso e Angela Aboin, além de diversos sorteios e brindes para o público.

Na parte musical, o Sound System residente do casarão, MUC Sound, com DJ G Fya, Mr Deeh e Tortuga, amplificaram o Encontro. Seguido por Mr. Ites fazendo uma sessão pesada de Steppa (vertente da música reggae com elementos de música eletrônica). O músico Killaman, que também faz parte da banda Leões de Israel, apresentou pela primeira vez as músicas de seu novo álbum solo África Viva. E, para fechar a noite, BNegão trouxe o seu projeto BNegron Bota Som e fez a pista toda dançar e pular do começo ao fim.

Os alimentos arrecadados na entrada foram recolhidos por Vivi Torrico e pela equipe do projeto Solidariedade Vegan e destinado ao povo guarani Tekoa Itakupe.

A segunda edição do Encontro DaBoa contou com o apoio de:  Gato Preto Tabacaria, Libertad Tabacaria, Kuara, Sato Glass, União Brisa, Blind Beez, Matinho do Bom, Casa 520, Mudrã, Sticky Chong, Chicano Barber e Tabacaria, Emporium Smoke Tabacaria, Tabear Tabaco, Kings, Dr. Belém, General Kush, Mãesconhas, Solidariedade Vegan e Praça Sete Games.

Croácia inaugura seu primeiro museu da maconha

Croácia inaugura seu primeiro museu da maconha

O primeiro museu da cannabis na capital da Croácia, Zagreb, conta com dois andares mais um amplo espaço ao ar livre e está localizado em frente ao Ministério do Interior e tem como objetivo educar o público sobre a planta.

O novo museu oferece um guia experiencial através da história da cannabis, juntamente com exposições culturais que incluem tudo, desde música com tema canábicos até filmes.

Os museus temáticos não são novidade para Zagreb, que oferece “museus” sobre ressaca, relacionamentos rompidos e os anos 1980. No entanto, essa experiência promete ser um pouco diferente, apenas porque a reforma da cannabis é uma questão apenas do país, se não universal.

Os visitantes serão guiados por dois andares de história da cannabis, incluindo o uso da planta nos últimos 10.000 anos, bem como tópicos educacionais como o uso de cannabis medicinal e a ampla utilidade do cânhamo. No entanto, o museu também se concentra no tópico do uso recreativo, juntamente com avisos sobre os possíveis riscos à saúde do uso.

Como está a legalização na Croácia?

Na Croácia, como em outros países europeus, o cânhamo é legal; o uso medicinal é permitido em casos muito limitados e pequenas quantidades de posse de alto teor de THC são descriminalizadas, mas podem levar a multas que variam de cerca de US $ 700 a US $ 3.000. Cultivar e vender, no entanto, são severamente punidos com uma pena mínima de três anos de prisão.

Para a maioria das pessoas que se preocupam com essas questões, esse status quo está longe de ser suficiente. A reforma de legalização limitada para uso médico aconteceu em outubro de 2015, depois que um paciente de esclerose múltipla foi pego cultivando para tentar manter seus sintomas sob controle. A maconha para uso medicinal é um bom passo, no entanto, na Croácia, assim como em outros lugares, isso ainda deixa os pacientes em risco de serem criminalizados, principalmente se seus médicos se recusarem a prescrever a planta.

Em fevereiro de 2020, a União Democrática Croata (HDZ) tentou apresentar um projeto de lei no Parlamento para legalizar totalmente a planta, mas isso falhou por vários motivos, incluindo a oposição conservadora em andamento e, claro, a pandemia.

O grande celeiro da maconha

Muitos países da Europa que legalizaram o uso medicinal estão percebendo que o status quo atual da cannabis está longe de ser suficiente. As pessoas que pagam o preço mais alto pelo ritmo lento da reforma são os pacientes, que tendem a ter maiores quantidades da droga à mão quando são pegos – ou estão tão desesperados para controlar sua condição que recorrem à prática mais perigosa de cultivar para o próprio uso quando não podem acessar o sistema médico (por um motivo ou outro).

Isso certamente é verdade em lugares como a Alemanha, o maior mercado medicinal da Europa, onde 40% dos pedidos de cannabis para seguradoras de saúde – o que significa que os pacientes são encaminhados por médicos – são recusados ​​(e por razões cada vez mais ilusórias, como citar estudos médicos antigos ou desatualizados). Nesses casos, os pacientes geralmente não têm recurso a não ser tentar processar suas seguradoras de saúde e obter a cannabis de outros lugares, incluindo o cultivo doméstico. Isso também é muito perigoso. Pacientes paliativos cronicamente enfermos não param de repente de adoecer.

Ao contrário da Croácia, os políticos alemães prometeram agora aprovar uma legislação de reforma do uso adulto em algum momento no próximo ano, mas isso foi deixado em segundo plano. A Alemanha já tem um museu de cannabis em Berlim.

Por que a reforma da cannabis é diferente na Europa?

Existem várias razões pelas quais a reforma da cannabis está em uma trajetória muito mais lenta na União Europeia. Ao contrário do Canadá, os estados dos Estados Unidos e do México, tanto os tribunais soberanos quanto os da UE têm relutado em decidir sobre os direitos constitucionais de posse e cultivo da planta. A questão foi diluída pela tentativa de mudar a conversa para uma faixa predominantemente médica – embora a reforma do CBD tenha gradualmente começado a se firmar.

No entanto, há outra razão que agora está na frente e no centro: os governos que legalizam o uso adulto querem uma indústria totalmente legítima, tributável e responsável. Embora não haja nada de errado com isso, e seja uma maneira sensata de garantir a saúde do consumidor, a abordagem até agora tem sido negar aos pacientes o direito de cultivar em circunstâncias em que as seguradoras de saúde se recusam a cobrir os custos. Pacientes com doenças graves geralmente também são os mais vulneráveis ​​economicamente e, é claro, também não poderão participar economicamente da próxima reforma recreativa – apenas porque não podem comprar licenças.

Além disso, tragicamente, mesmo como uma medida provisória, a ideia de coletivos de cuidadores de pacientes sem fins lucrativos também não tem sido um problema na UE (ao contrário do hemisfério americano).

A educação, como campanhas públicas e nas mídias sociais, juntamente com esforços como o novo museu da cannabis da Croácia, continuam sendo muito importantes. Mas também é cada vez mais óbvio que não são suficientes. Uma grande mudança na educação de legisladores e políticos, bem como médicos e outras autoridades, precisa se tornar comum.

O tempo de demonizar a planta e aqueles que a usam está atrasado para chegar ao fim. A proibição em si é uma peça de museu. A hora de fazer isso em todos os lugares é agora.

Referência de texto: High Times

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