Conto Canábico: em busca do Santo Bong de Afrodite

Conto Canábico: em busca do Santo Bong de Afrodite

Foram vários anos de estudo e de viagem até conseguir localizar. O Santo Bong, que segundo a lenda fora utilizado por Afrodite em uma de suas vindas para a terra, poderia proporcionar a quem o utilizasse um eterno tesão, e consequentemente, a eterna juventude. Porém, durante o avanço proibicionista no mundo, o Santo Bong se perdeu, e ficou décadas sem ser visto.

Precisei viajar até Roma, onde segundo relatos históricos, teria sido o último lugar onde Afrodite e o Santo Bong teriam sido vistos. E por ser um objeto cobiçado por maconheiros de todo o mundo, tive que manter em sigilo minha jornada em busca do Bong.

Era um local onde arqueólogos faziam escavações para procurar objetos da Roma Antiga. E em uma dessas escavações, os arqueólogos encontraram um túnel que, à princípio, dava para lugar nenhum. Eu sabia que o local onde poderia estar o Santo Bong coincidia com a área onde estava o túnel. Portanto, não tive outra opção se não me enfiar dentro da galeria escura.

Mesmo sendo milenar, o túnel preservava um forte cheiro de maconha, que ficava mais forte à medida que eu adentrava galeria à dentro. Depois de caminhar 20 minutos no escuro, me deparei com uma parede de pedra, que parecia ser o fim do túnel. Mas pelo cheiro de erva recém colhida que meu nariz estava sentindo, eu sabia que atrás da parede inviolável de pedra poderia estar o Santo Bong.

Bati, empurrei, mas nada fazia a pedra se mover. Cansado de todas as tentativas falhas, sentei e comecei a bolar um baseado. Percebi então, que haviam linhas nas paredes no túnel que lembravam muito as veias humanas. Com o baseado em mão, lembrei que a maconha é vasodilatadora, então, botei fogo no beck.

A fumaça do baseado começou a tomar conta de todo o túnel, que como num passe de mágica, começou a se dilatar. A parede de pedra que até então parecia ser inviolável, logo se tornou móvel, e com facilidade, pude empurrá-la.

Me vi dentro de uma câmara, cheia de flores de maconha e bongs de vários modelos e cores em cima de uma mesa. Deitada em uma espécie de divã, estava uma moça linda, de cabelos castanhos longos e vestido de seda rosa.

“Oh, finalmente alguém me encontrou!” disse a moça.

“Quem é você?” perguntei.

“Sou Afrodite. Estou há muito tempo dentro desta câmara protegendo o Santo Bong” respondeu.

Pela história, Afrodite usou o Santo Bong para espalhar o líbido pela terra por meio da fumaça de maconha. Entretanto, ainda há muita gente que acredita que a cannabis diminui o tesão.

“O Santo Bong está sobre a mesa. Porém, por estar no meio de vários bongs, é preciso ter um olhar sábio para encontrar o bong certo. Assim que achá-lo, você não só terá o tesão e a juventude eterna, como também irá me libertar” explicou Afrodite.

Eram vários tipo de bongs. Alguns com sistema avançado de esfriamento da fumaça, outros de um tipo de vidro que não se encontra nem nas mais modernas tabacarias. Mas havia um que me chamou a atenção por sua simplicidade. Era um bong de madeira, nada ostentação, como deve ser um acessório para fumar maconha.

“É esse de madeira!” disse para Afrodite.

“Tem certeza?” me perguntou.

“Absoluta” respondi.

“Então pode dichavar um pouco de maconha e colocá-la no bowl do bong”.

Ajeitei a erva no bong, e em seguida taquei fogo. Uma imensa quantidade de fumaça se fez dentro do bong, que em segundos foi toda para dentro do meu pulmão.

Assim que soltei a fumaça, senti um forte tesão tomando conta de meu corpo e mente. Os olhos de Afrodite me encaravam profundamente, e enquanto eu tentava me recuperar da bongada, a deusa começou a passar suas mãos em mim, até que, de surpresa, ela me beijou.

A câmara é preenchida pelo calor de nosso tesão. Enquanto tirávamos nossas roupas, eu sentia a juventude em meu sangue de uma forma que eu nunca havia sentido. E foi no divã que eu e Afrodite começamos a transar. Uma transa cósmica, cannabica, dos deuses.

Após o orgasmo transcendental, me vi em um estado de transe profundo. Perdi noção de tempo e espaço, e a única imagem que vinha em minha cabeça era de Afrodite. Mas quando abri voltei à realidade, percebi que estava sozinho dentro da câmara. Afrodite havia sumido, e o Santo Bong também.

Mas digo que é verdade o poder do Santo Bong. Depois da santa bongada, meu tesão aumentou mil vezes e minha juventude se revitalizou. E após a aventura, cheguei à conclusão de que o mundo vai mal porque ninguém transa, e se as pessoas dessem pelo menos uma bongada por dia, viveríamos em um lugar muito mais pacífico.

Ah Afrodite, saudade de você sua linda.

Por Francisco Mateus

Faltam poucos dias para o maior evento da cultura canábica do Brasil

Faltam poucos dias para o maior evento da cultura canábica do Brasil

No próximo dia 5, o Rio de Janeiro abre os braços para a quinta edição do Pot In Rio. O mais tradicional evento da cultura canábica do país.

O evento garante o seu passaporte anual pelo que rola de mais legal e novo no mundo das tabacarias contemporâneas e da jardinagem moderna. Música, moda, livros, revistas e muita diversão completam essa festa, onde o único ingrediente que não entra é a hipocrisia.

Para mais informações curta a página do Pot In Rio no facebook e marque presença no evento.

A maconha se impõe ao álcool entre os jovens dos EUA

A maconha se impõe ao álcool entre os jovens dos EUA

Um estudo publicado na semana passada no Child Development mostra que os hábitos estão mudando entre os adolescentes nos Estados Unidos, como o aumento da idade média em que começam a beber, assim como a queda de 93% para 67% entre os jovens norte-americanos em uma idade precoce que provaram o álcool.

Estatísticas de várias jurisdições policiais mostram um declínio na atividade criminal adolescente envolvendo álcool. Por exemplo, o número de acidentes de carro, motos e outros veículos no estado de Maryland envolvendo motoristas com idade entre 16 a 20 anos que consumiram álcool ou drogas diminuíram na última década de 1.166 em 2002 para apenas 380 em 2014, de acordo com o Escritório de Segurança Rodoviária do estado.

Em Alexandria, Virgínia, o número de encargos relacionados ao álcool contra adolescentes no ano passado foi inferior à metade de 2000, de acordo com o departamento de polícia. As estatísticas fornecidas pelo Condado de Arlington e o Distrito de Columbia não remontam os suficientes anos atrás como para mostrar uma linha de tendência praticamente igual, conforme capturado no estudo.

Alguns alunos da Woodrow Wilson High School no Distrito de Columbia são indiferentes quando perguntados sobre álcool. “Nunca me atraiu, eu prefiro manter meu juízo sobre mim”, diz um calouro de 14 anos. “Nunca precisei para me divertir”, diz outro jovem de 17 anos que joga no time de futebol da faculdade. “Se eu me concentrar no álcool, não vou me concentrar na minha carreira”, disse outro calouro. Seus amigos também afirmam que eles não bebem.

Algumas dessas mudanças podem estar relacionadas a uma consciência social mais profunda dos perigos do álcool em comparação com a última geração, afirma Colleen Sheehey-Church, presidente nacional da Mothers Against Drunk Driving. “Não acho que os pais há uma geração sabiam o suficiente. Eles não queriam que seus filhos bebessem, mas eles também não sabiam o suficiente sobre como iniciar essa conversa”.

O fato de que menos adolescentes são consumidores habituais de álcool não significa que eles evitem todas as substâncias que alteram a mente. Vários dos entrevistados disseram que o álcool foi suplantado como substância preferida pela maconha, que se tornou legal no Distrito da Columbia há quase três anos atrás. Em parte porque agora é muito mais acessível e que os adolescentes consideram calmante e menos propensos a colocá-los em posições comprometedoras do que o álcool. Como alguns reconhecem, depois de fumar maconha, “eu ainda mantenho minha moral”.

Jean Twenge, professor de psicologia da Universidade Estadual de São Diego, que liderou o estudo de desenvolvimento infantil e é autor da “iGen”, lança uma pergunta: “Por que as crianças de hoje crescem menos rebeldes, mais tolerantes, menos feliz e completamente despreparadas? Sem dúvida, é devido à maturidade, existe uma ligação entre álcool e agressão, algo que não acontece com a maconha”. “Passar para algo que os torna mais agressivos não é realmente o estilo da maioria dos jovens de hoje”.

Fonte: La Marihuana

Nova série do Netflix, ‘Disjointed’ quebra tabu da maconha com humor

Nova série do Netflix, ‘Disjointed’ quebra tabu da maconha com humor

Pode-se dizer que a banalização é apenas um dos vários efeitos da legalização de uma substância proibida. Mas no caso da maconha legalizada no estado da Califórnia, nos Estados Unidos, a banalização foi apenas uma forma de a erva deixar para trás um rótulo marginal para ganhar um status “pop”.

E é exatamente essa ideia de “droga saudável e descolada” que a nova série do Netflix, ‘Disjointed’, apresenta a seus espectadores. A trama tem como foco a ativista Ruth Whitefeather Feldman (Katy Bathes), uma hippie “old school” que é dona de um dispensário de maconha medicinal na Califórnia, e que agora começa a sentir as mudanças e os efeitos da recém legalização da cannabis para uso recreativo no estado.

A série nada mais do que é uma clássica sitcom americana, tanto é, que a direção ficou sob o comando de Chuck Lorre, responsável pelas séries “Two And A Half Man” e “The Big Bang Theory”, em que toda a trama gira em torno dos funcionários e clientes do dispensário. A grande novidade está no humor da série, que não só faz piada com os estereótipos do clássico usuário de maconha, como também desconstrói os preconceitos em torno da erva.

O que para muitos é apologia, para meros espectadores a série pode ser vista como inovadora por apresentar o tema de forma mais aberta e do jeito que ele precisa ser retratado. Portanto, quem assistir a série vai se deparar com pessoas fumando maconha o tempo todo, mas vai se divertir com as paranoias e brisas dos personagens, principalmente com os delírios psicodélicos de Carter, o ex-veterano de guerra que trabalha como guarda no dispensário.

Já para quem é usuário assíduo da maconha, a série é tiro certeiro no que se trata de entretenimento para quando se está chapado. ‘Disjointed’ mostra os bastidores de um dispensário de maconha, desde o cultivo das plantas, até o momento de apresentar suas flores aos clientes.

E com tanta maconha boa, é impossível não sentir vontade de degustar as iguarias. Portanto, aproveitando a onda da série, a Netflix lançou suas próprias variedades de maconha, todas elas inspiradas no catálogo de suas séries e cultivadas especialmente para serem fumadas durante suas exibições. Foram mais de 10 variedades vendidas, mas que se esgotaram rapidamente.

Para assistir ao trailer oficial da série, clique aqui.

Por Francisco Mateus

 

Cinco discos para se ouvir chapado

Cinco discos para se ouvir chapado

A maconha tem uma relação muito próxima com a música. Para compositores, a erva aumenta a criatividade durante o processo de criação. Para ouvintes, a experiência de se ouvir um disco se torna muito mais profunda quando feita sob o efeito da canábis. Pensando nisso, foi elaborada, especialmente para o DaBoa Brasil, uma lista com cinco discos para se ouvir chapado. Confira:

  1. Rolling Stones- Let it Bleed (1969): Definitivamente um dos melhores trabalhos dos Rolling Stones, sendo o último com o guitarrista Brian Jones, o álbum, carregado de violões e solos de guitarra, com forte influência do blues e do country, é perfeito para se ouvir fumando um baseado num domingo de sol. Destaque para as músicas “Gimme Shelter”, “Country Honk” e “You Can’t Always Get What You Want”.
  2. Caetano Veloso- Qualquer Coisa (1975): Já em uma fase mais distante do tropicalismo, o disco “Qualquer Coisa” é um trabalho mais intimista e acústico de Caetano Veloso, que com o seu violão, dá uma nova roupagem às músicas dos Beatles e de Chico Buarque. Com destaque para as músicas “Qualquer Coisa”, “Eleanor Rigby” e “Samba e Amor”, o álbum é uma boa trilha sonora para quem quer relaxar em casa fumando um depois de um dia cansativo de trabalho.
  3. Pink Floyd- Atom Heart Mother (1970): O famoso disco da vaca do Pink Floyd é o recomendado para quem quer viajar forte. Portanto, este é um álbum feito para se ouvir com a cabeça mais chapada que o usual para sentir cada nota das músicas. Este trabalho de 1970 é altamente lisérgico, com destaque para a longa e chapante “Atom Heart Mother Suite”, e também para as músicas “Fat Old Sun” e “Summer ‘68”.
  4. Secos & Molhados- Secos & Molhados II (1974): O segundo e último disco do Secos & Molhados em sua formação original é um tsunami de ritmos e sons. Ainda com as misturas musicais que fez do grupo de João Ricardo e Ney Matogrosso um fenômeno da música brasileira, “Secos & Molhados II” é um disco para se ouvir a qualquer hora, mas escutá-lo fumando um durante uma viagem de carro pode ser uma experiência indescritível. Destaque para as músicas “Flores Astrais”, “Não: Não Digas Nada” e “Delírio”.
  5. Gilberto Gil- Kaya N’Gan Daya (2002): Gilberto Gil pode ser considerado um dos principais nomes do reggae brasileiro. Prova disso está no disco “Kaya N’Gan Daya”, em que o baiano regrava as músicas de Bob Marley. O trabalho com certeza impressionaria o rei do reggae, com destaque para a versão em português de “No Woman no Cry”, que virou “Não Chore Mais”, além de “Could You Be Loved” e “Eleve-se Alto Ao Céu”. Um bom disco para quem gosta de fumar um sempre que tem a oportunidade.

Gostou da lista? Então aperte alguns, dê o play e depois nos conte como foi aqui nos comentários!

Por Francisco Mateus

O dia em que Bob Marley passou a bola para Chico Buarque

O dia em que Bob Marley passou a bola para Chico Buarque

Foi em março de 1980, durante o fim do verão. O Rio de Janeiro, como de costume, foi palco de um encontro de gigantes. Entre as grandes atrações estavam Chico Buarque, Toquinho, Alceu Valença, Junior Marvin, Paulo César Caju e Bob Marley. O encontro foi musical, mas a interação entre os artistas se deu através do futebol.

Era a primeira vez de Bob Marley no Brasil, que numa pausa da gravação do disco ‘Uprising’, veio ao país tropical a convite da gravadora Ariola, que estava abrindo uma nova filial. Aproveitando o fato de estar no país do futebol, o músico jamaicano logo teimou em jogar uma pelada. Visto ser  impossível recusar um pedido vindo do rei do reggae, a gravadora Ariola logo organizou às pressas uma partida na casa de Chico Buarque.

Para o jogo, foi montado um time de craques da música e do futebol. De um lado, Bob Marley, Junior Marvin, Paulo César Caju, Toquinho, Chico e Jacob Miller. Do outro, Alceu Valença, Chicão e mais outros quatro funcionários da gravadora. Usando uma camisa do Santos estampando o número 10, Bob Marley conquistou a todos com seu carisma, e também, talento para o futebol.

Com dribles, passes certos e muito ritmo, o time de Bob Marley ganhou a partida por 3×0, com um gol feito pelo próprio, e os outros feitos por Chico Buarque e Paulo César. “Sou fã do seu futebol”, disse Bob Marley a Paulo César. “E eu da sua música”, respondeu o jogador ao músico.

O que aconteceu após o jogo, ficou apenas entre os jogadores. Mas uma coisa é fato, deve ter faltado colírio para tanto artista bom de bola.

Por Francisco Mateus

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