“Não há suporte” para o medo de que a legalização normalize a direção sob efeito da maconha, diz estudo

“Não há suporte” para o medo de que a legalização normalize a direção sob efeito da maconha, diz estudo

Ao contrário das preocupações de alguns críticos de que a legalização da maconha normalizaria a direção sob o efeito da planta, um novo estudo não encontrou “nenhum suporte de que a legalização da maconha aumentou os comportamentos e atitudes tolerantes em relação à direção após o uso de maconha”.

O relatório, escrito por pesquisadores do Nationwide Children’s Hospital e da Ohio State University e publicado no final do mês passado no Biometrical Journal, usou dados da pesquisa nacional de segurança no trânsito nos EUA e comparou as respostas do Kentucky e do Tennessee — onde o uso medicinal da maconha era ilegal durante o período do estudo — com as respostas de outros oito estados onde a maconha já era legal.

“A preocupação de que a legalização da maconha afetará a segurança no trânsito é prevalente tanto no discurso acadêmico quanto no político”, diz o estudo, argumentando que a relação “pode ser testada usando métodos de interferência causal que estimam os efeitos do tratamento em estados que ainda não legalizaram a maconha”.

“No entanto”, acrescentaram os autores, “responder a esta questão causal com dados de pesquisa requer novas técnicas analíticas”.

Os autores analisaram as respostas a quatro perguntas no Traffic Safety Culture Index (TSCI), uma pesquisa em nível nacional nos EUA conduzida pela AAA Foundation for Traffic Safety. As perguntas questionavam se as pessoas tinham dirigido dentro de uma hora após o uso de maconha, o quão pessoalmente aceitável elas achavam dirigir após o uso de maconha (o que os pesquisadores chamavam de “DAMU”), como elas sentiam que o consumo afetava a habilidade de dirigir e se elas viam a direção sob efeito de drogas como uma ameaça à sua segurança pessoal.

Usando um design de pares combinados, a análise combinou respostas de Kentucky ou Tennessee com respostas de estados com uso medicinal de maconha legal em uma base um-para-um — um esforço para controlar outras variações entre pessoas que preencheram a pesquisa e isolar a variável do status legal da cannabis. Esses dados foram então usados ​​para modelar quaisquer efeitos potenciais da mudança de política em Kentucky e Tennessee.

“Nós baseamos nosso estudo na ideia de que a legalização da maconha faria com que os moradores exibissem maior tolerância em relação à dirigir sob o uso de maconha”, escreveu a equipe de pesquisa de três autores. “Não encontramos praticamente nenhuma evidência para essa hipótese, e nossas conclusões provavelmente não mudariam devido ao nível moderado de confusão não mensurada”.

Embora a equipe tenha descrito as descobertas estatísticas da análise como robustas, eles reconheceram que limitações na metodologia poderiam afetar a confiabilidade das descobertas. Por um lado, eles notaram que as respostas foram autorrelatadas e podem não ser totalmente precisas. Os dados também foram limitados a apenas um único ano, 2017, no qual todas as quatro perguntas relevantes relacionadas à cannabis foram incluídas na pesquisa TSCI.

O estudo também tentou prever os efeitos da legalização em apenas dois estados do sul do país norte-americano, diz o relatório, observando que as descobertas “podem não ser generalizadas para outros estados que ainda não legalizaram a maconha”. Além disso, os autores disseram que poderiam ter limitado seu conjunto de estados com maconha legal apenas para aqueles imediatamente vizinhos de Kentucky e Tennessee, o que pode ter controlado melhor as diferenças culturais entre as populações.

Apesar de dirigir sob efeito de drogas frequentemente surgir em discussões políticas sobre a reforma da maconha, os estadunidenses, de modo geral, dizem que estão mais preocupados com outras práticas de risco, como usar celular, dirigir bêbado, ir rápido demais ou dirigir agressivamente. Isso de acordo com uma pesquisa do Pew Research Center divulgada no mês passado.

A pesquisa, que analisou a opinião pública sobre preocupações com o trânsito, descobriu que a maioria dos estadunidenses (82%) ainda considera dirigir sob efeito de cannabis um problema maior (37%) ou menor (45%) em sua área. Mas os entrevistados classificaram isso como o mais baixo entre seis comportamentos incluídos na pesquisa.

Por exemplo, 96% dos entrevistados disseram que consideravam dirigir distraídos por celulares um problema em sua comunidade. Outros 94% disseram que excesso de velocidade era um problema, enquanto 93% disseram que comportamentos agressivos de direção, como andar muito perto do carro da frente, eram uma preocupação.

92% identificaram a direção alcoolizada como um problema onde vivem.

Um estudo recente da agência de saúde pública do Canadá, Health Canada, enquanto isso, descobriu que as taxas autorrelatadas de direção após o uso de maconha caíram nos anos seguintes à legalização no país. Especificamente, 18% das pessoas que relataram o uso de cannabis no ano passado também disseram que dirigiram depois, o que as autoridades descreveram como “um declínio significativo de 27% em 2019”.

Uma revisão científica separada concluiu recentemente que a maioria das pesquisas disponíveis sobre direção sob o efeito de maconha não identificou “nenhuma correlação linear significativa entre THC no sangue e medidas de direção”, embora tenha havido uma relação observada entre os níveis do canabinoide e o desempenho reduzido em algumas situações de direção mais complexas.

Em um relatório separado no início deste ano, a Administração Nacional de Segurança no Tráfego Rodoviário (NHTSA) disse que há “relativamente pouca pesquisa” apoiando a ideia de que a concentração de THC no sangue pode ser usada para determinar o comprometimento, questionando as leis em vários estados que estabelecem limites “per se” para metabólitos canabinoides.

Da mesma forma, um pesquisador do Departamento de Justiça (DOJ) dos EUA disse em fevereiro que os estados podem precisar “abandonar a ideia” de que o comprometimento causado pela maconha pode ser testado com base na concentração de THC no organismo de uma pessoa.

“Se você tem usuários crônicos versus usuários pouco frequentes, eles têm concentrações muito diferentes correlacionadas a efeitos diferentes”, disse Frances Scott, cientista física do Escritório de Ciências Investigativas e Forenses do Instituto Nacional de Justiça (NIJ) do Departamento de Justiça dos EUA.

Essa questão também foi examinada em um estudo recente financiado pelo governo do mesmo país que identificou dois métodos diferentes para testar com mais precisão o uso recente de THC, o que leva em conta o fato de que os metabólitos do canabinoide podem permanecer presentes no organismo de uma pessoa por semanas ou meses após o consumo.

Em 2022, o senador John Hickenlooper enviou uma carta ao Departamento de Transporte (DOT) e à NHTSA buscando uma atualização sobre o status de um relatório federal sobre testes de motoristas prejudicada por THC. O departamento foi obrigado a concluir o relatório sob um projeto de lei de infraestrutura em larga escala que o presidente Biden assinou, mas perdeu o prazo e não está claro quanto tempo mais levará.

Neste ano, um relatório do Congresso do país norte-americano para um projeto de lei de Transporte, Habitação e Desenvolvimento Urbano e Agências Relacionadas (THUD) disse que o Comitê de Dotações da Câmara “continua a apoiar o desenvolvimento de um padrão objetivo para medir o comprometimento da maconha e um teste de sobriedade de campo relacionado para garantir a segurança nas rodovias”.

Um estudo publicado em 2019 concluiu que aqueles que dirigem acima do limite legal de THC — que normalmente é entre dois a cinco nanogramas de THC por mililitro de sangue — não tinham estatisticamente mais probabilidade de se envolver em um acidente em comparação com pessoas que não usaram maconha.

Separadamente, o Serviço de Pesquisa do Congresso determinou em 2019 que, embora “o consumo de maconha possa afetar os tempos de resposta e o desempenho motor de uma pessoa… estudos sobre o impacto do consumo de maconha no risco de um motorista se envolver em um acidente produziram resultados conflitantes, com alguns estudos encontrando pouco ou nenhum risco aumentado de acidente devido ao uso de maconha”.

Outro estudo de 2022 descobriu que fumar maconha rica em CBD não teve “nenhum impacto significativo” na capacidade de dirigir, apesar do fato de todos os participantes do estudo terem excedido o limite per se de THC no sangue.

Referência de texto: Marijuana Moment

Mais de 4.000 artigos científicos sobre a maconha foram publicados em 2024, totalizando mais de 35.000 durante a última década

Mais de 4.000 artigos científicos sobre a maconha foram publicados em 2024, totalizando mais de 35.000 durante a última década

Pelo quarto ano consecutivo, pesquisadores em todo o mundo publicaram mais de 4.000 artigos científicos específicos sobre a maconha, seus constituintes ativos e seus efeitos, de acordo com os resultados de uma pesquisa por palavra-chave no site da Biblioteca Nacional de Medicina dos EUA/PubMed.gov.

Na última década, houve um aumento gigantesco nas pesquisas científicas sobre a cannabis — com pesquisadores publicando mais de 35.000 artigos científicos sobre a planta desde o início de 2014. Grande parte desse aumento é resultado do novo foco dos pesquisadores nas atividades terapêuticas da maconha, bem como nas investigações sobre os efeitos reais das leis de legalização.

No total, mais de 70% de todos os artigos científicos revisados ​​por pares sobre a maconha foram publicados nos últimos dez anos, e mais de 90% dessa literatura foi publicada desde 2002.

No momento em que esta matéria foi escrita, o PubMed.gov citava mais de 49.500 artigos científicos sobre maconha que datam do ano de 1840. Disponível online ao público desde 1996, o PubMed é um recurso gratuito que dá suporte à busca e recuperação de literatura biomédica e de ciências biológicas.

“Apesar da percepção de que a maconha ainda não foi submetida a um escrutínio científico adequado, o interesse dos cientistas em estudar a cannabis aumentou exponencialmente na última década, assim como nossa compreensão da planta, seus constituintes ativos, seus mecanismos de ação e seus efeitos tanto no usuário quanto na sociedade”, disse o vice-diretor da organização NORML, Paul Armentano. “É hora de os políticos e outros pararem de avaliar a cannabis pela lente do ‘que não sabemos’ e, em vez disso, começarem a se envolver em discussões baseadas em evidências sobre a maconha e as políticas de reforma da maconha que são indicativas de tudo o que sabemos”.

Referência de texto: NORML

Estudo fornece a primeira evidência objetiva do potencial do canabinol (CBN) para melhorar o sono

Estudo fornece a primeira evidência objetiva do potencial do canabinol (CBN) para melhorar o sono

O canabinol (CBN), um composto menos conhecido encontrado na planta de cannabis, pode ser promissor como um auxílio para dormir, de acordo com uma nova pesquisa publicada no periódico Neuropsychopharmacology. Pesquisadores descobriram que o CBN melhorou a qualidade do sono em ratos ao aumentar a duração do sono profundo e estabilizar os padrões gerais de sono.

O CBN é um dos muitos produtos químicos naturais da maconha, embora esteja presente em quantidades muito menores do que compostos como delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) ou canabidiol (CBD). O CBN se forma à medida que o THC envelhece e se degrada, levando ao seu apelido, o “canabinoide sonolento”. Apesar da crescente popularidade dos produtos de CBN comercializados como auxiliares do sono, as evidências científicas que apoiam essas alegações têm sido limitadas.

A equipe de pesquisa, liderada pelo Professor Jonathon Arnold, buscou testar essas alegações rigorosamente. O estudo deles teve como objetivo avaliar objetivamente os efeitos do CBN no sono, analisando mudanças nos padrões de sono e atividade cerebral em ratos.

“Por décadas, o folclore da cannabis sugeriu que a erva envelhecida deixa os consumidores sonolentos por meio do acúmulo de CBN, no entanto, não havia evidências convincentes para isso”, disse Arnold, diretor de Pesquisa Pré-clínica da Lambert Initiative for Cannabinoid Therapeutics e da University of Sydney Pharmacy School.

Os pesquisadores conduziram uma série de experimentos para investigar os efeitos do CBN nos padrões de sono em ratos. Para garantir a medição precisa e objetiva dos parâmetros relacionados ao sono, eles usaram sondas de telemetria sem fio implantadas cirurgicamente nos animais.

Essas sondas permitiram o monitoramento contínuo da atividade cerebral, tônus ​​muscular e outros indicadores fisiológicos do sono. Os ratos foram alojados em um ambiente controlado com um ciclo claro/escuro de 12 horas, e os experimentos foram conduzidos durante sua fase ativa (escura) para imitar condições de pressão reduzida do sono, semelhante à insônia em humanos.

Os pesquisadores administraram diferentes doses de CBN intraperitonealmente aos ratos, variando de baixas a altas concentrações. Eles também incluíram um auxiliar de sono amplamente usado, o zolpidem, como comparação. Durante as sessões experimentais, a arquitetura do sono dos ratos foi analisada, com foco no sono de movimento ocular não rápido (NREM), sono de movimento ocular rápido (REM), latência do início do sono, tempo total de sono e vigília.

A equipe também realizou análises farmacocinéticas para medir o CBN e seus metabólitos nos cérebros e correntes sanguíneas dos ratos, visando descobrir o mecanismo de ação do composto. Além disso, um experimento de dosagem repetida foi conduzido para avaliar se a tolerância aos efeitos do CBN se desenvolveria ao longo de 15 dias de administração diária.

Os resultados mostraram que o CBN aumentou significativamente o tempo total de sono em ratos, particularmente ao aumentar o sono NREM. Esse efeito, no entanto, foi retardado, aparecendo várias horas após a administração, em contraste com o zolpidem, que agiu quase imediatamente. O aumento do sono NREM foi marcado por períodos de sono mais longos e menos interrupções, indicando que o CBN estabilizou a arquitetura do sono.

No entanto, o CBN exibiu um efeito bifásico no sono REM, suprimindo-o inicialmente antes de eventualmente aumentar a duração do REM em doses mais baixas. Esse início tardio dos efeitos do CBN sugeriu um mecanismo distinto em comparação ao zolpidem, que induz principalmente sedação rápida.

A análise farmacocinética revelou que o metabólito primário do CBN, 11-hidroxi-canabinol (11-OH-CBN), atingiu altas concentrações no cérebro e exibiu atividade significativa nos receptores canabinoides, contribuindo potencialmente para os efeitos observados no sono. Descobriu-se que esse metabólito tinha atividade de receptor mais forte do que o próprio CBN, sugerindo que o impacto do CBN no sono pode ser mediado por sua conversão em metabólitos ativos dentro do corpo.

No experimento de dosagem repetida, o CBN continuou a melhorar o tempo total de sono inicialmente, mas alguma tolerância aos seus efeitos foi observada ao longo do tempo. Apesar disso, certos benefícios, como períodos NREM mais longos e ininterruptos, pareceram persistir, indicando que o composto poderia manter alguns de seus efeitos estabilizadores do sono mesmo com uso prolongado.

“Nosso estudo fornece a primeira evidência objetiva de que o CBN aumenta o sono, pelo menos em ratos, modificando a arquitetura do sono de forma benéfica”, disse Arnold.

Embora essas descobertas sejam promissoras, várias limitações devem ser reconhecidas. Os pesquisadores também notaram que as doses de CBN testadas foram significativamente maiores do que aquelas normalmente encontradas em produtos de consumo ou obtidas por meio do uso de cannabis. Mais pesquisas são necessárias para determinar se doses mais baixas são eficazes e seguras para humanos. O estudo também não explorou os potenciais efeitos de abstinência da descontinuação do CBN após uso prolongado, uma consideração importante dada a associação da abstinência de cannabis com distúrbios do sono.

“Esta pesquisa fornece a primeira evidência objetiva de que o CBN aumenta o sono e revela que seu metabólito ativo, 11-OH-CBN, pode desempenhar um papel significativo”, disse Arnold. “Embora nossas descobertas estejam confinadas a modelos animais por enquanto, elas abrem a porta para estudos mais detalhados em humanos”.

O estudo, “A sleepy cannabis constituent: cannabinol and its active metabolite influence sleep architecture in rats” (Um constituinte sonolento da cannabis: o canabinol e seu metabólito ativo influenciam a arquitetura do sono em ratos), foi escrito por Jonathon C. Arnold, Cassandra V. Occelli Hanbury-Brown, Lyndsey L. Anderson, Miguel A. Bedoya-Pérez, Michael Udoh, Laura A. Sharman, Joel S. Raymond, Peter T. Doohan, Adam Ametovski e Iain S. McGregor.

Referência de texto: PsyPost

Dicas de cultivo: como fazer um composto orgânico para suas plantas de maconha

Dicas de cultivo: como fazer um composto orgânico para suas plantas de maconha

Composto é um produto obtido a partir de diversos materiais de origem orgânica que são submetidos a um processo de oxidação biológica denominado compostagem. O composto tem aspecto terroso, é isento de patógenos e inodoro. É utilizado na agricultura e jardinagem como fertilizante de fundo (base), substituto parcial ou total de fertilizantes químicos, controle de erosão, recuperação de solo, entre outros.

O composto é um substrato de excelente qualidade com alto teor de nutrientes. Também ajuda quando misturado ao solo, melhora a aeração e a retenção de umidade. Durante o processo de compostagem, as altas temperaturas que atinge fazem com que pragas, patógenos e até ervas daninhas desapareçam. E uma das grandes vantagens é que é muito econômico fazê-lo e contribuímos para eliminar de forma natural muitos dos resíduos que geramos.

O QUE PODEMOS USAR PARA UM COMPOSTO

Quando se trata de fazer um bom composto é preciso saber qual material é possível usar e qual não. Por um lado, a compostagem é um processo lento. E por outro lado, nem todos os materiais são compostáveis, pois podem produzir de tudo, desde maus odores a pragas. Em geral, qualquer material biodegradável pode ser utilizado na compostagem, mas sempre há exceções.

MATÉRIA DE DECOMPOSIÇÃO RÁPIDA EM UM COMPOSTO

– Folhas frescas de qualquer tipo
– Grama seca ou recém cortada
– Esterco de animais caipiras, como galinhas ou coelhos
– Ervas daninhas jovens com caules finos

MATÉRIA DE DECOMPOSIÇÃO LENTA EM UM COMPOSTO

– Restos de frutas e vegetais
– Palha velha
– Restos de plantas, como caules e raízes
– Esterco de cavalos, vacas, burros…
– Ervas daninhas velhas com caules grossos
– Forragem de animais herbívoros, como coelhos ou cavalos

MATÉRIA DE DECOMPOSIÇÃO MUITO LENTA EM UM COMPOSTO

– Galhos grossos
– Lascas de madeira
– Cascas de ovo e nozes

MATERIAL QUE DEVE SER UTILIZADO EM BAIXAS QUANTIDADES

– Cinzas de madeira
– Jornais e guardanapos
– Caixas e embalagens de papel

MATERIAIS A EVITAR

– Carnes e peixes
– Todos os tipos de laticínios
– Leveduras e gorduras
– Carvão
– Excrementos de animais domésticos carnívoros (cães, gatos, furões…)
– Revistas impressas em cores
– Filtros de cigarro

A COMPOSTEIRA

A composteira, ou caixa de compostagem, é o local onde é feita a compostagem. É um local que deve cumprir um mínimo de requisitos, facilitar a decomposição de restos orgânicos e facilitar as nossas tarefas. É possível encontrar para comprar composteiras de todos os tipos, tamanhos e preços. Embora não seja mais barato do que fabricá-la por conta própria. Você também pode fazer ao seu gosto e adaptá-la ao espaço ou necessidade disponível.

Com algumas tábuas simples faça um quadrado com cerca de 30-40cm de altura e 50x50cm de base. Nas laterais deixe pequenas fendas para permitir a entrada de oxigênio. Como tampa, use plástico ou faça com placas leves, pois terá que abri-la com frequência. E por fim, coloque essa estrutura no solo, que permitirá o acesso aos microrganismos do solo. Caso contrário, utilize uma base de cerca de 3cm de solo fértil antes de adicionar restos orgânicos.

É possível fazer uma composteira utilizando baldes. Para isso, pegue 3 baldes com tampa. Um deles, o terceiro, ficará na base, onde será armazenado o chorume. Nesse balde instale uma torneira para coletar o chorume líquido. Os outros dois ficarão por cima, intercalando conforme o composto encher o balde do meio. Em uma das tapas (que ficará no segundo balde – o do meio) faça furos para oxigenar e servir de caminho para as minhocas. Faça furos embaixo dos baldes 1 e 2. A outra tampa permanecerá fechada, no primeiro balde. Existem diversos vídeos no YouTube ensinando a fazer esse modelo de composteira.

COMO FAZER UM BOM COMPOSTO

Agora que sabemos o que é possível usar para fazer composto e temos uma composteira, só falta começar. A manicure dos buds, restos de extrações e em geral qualquer parte verde da planta é um bom começo. Legumes, frutas… se tiver uma horta terá bastante para usar. Tudo, quanto mais triturado melhor para facilitar a decomposição e agilizar o processo.

Como já mencionado, se não colocarmos a composteira em terra, vamos primeiro adicionar cerca de 3cm de solo fértil, qualquer substrato, minhocas… e neste canteiro comece a adicionar toda a matéria orgânica que tem disponível. Se você quiser uma compostagem rápida, conte com os materiais da lista de decomposição rápida. Caso contrário, use tudo o que tiver em mãos.

O cuidado do composto é simples. É importante que tenha uma boa aeração, o que facilitará a decomposição dos restos por microrganismos. De vez em quando, vire o composto para misturar os restos novos com os antigos e arejar. A umidade é muito importante. Deve ser homogêneo. Se faltar umidade pode regar um pouco. Mas não é bom vermos líquido saindo do fundo da composteira.

Dentro de 3-4 meses a partir da última vez que você adicionou restos, você terá um composto fresco. Caracteriza-se porque ainda pode conter alguns restos orgânicos que ainda não foram decompostos. Não é o mais adequado para o cultivo de maconha, mas é um ótimo corretivo de solo e evita o crescimento de ervas daninhas. Após 6-8 meses dependendo do material utilizado, terá um composto maduro. Distingue-se porque todos os materiais estão decompostos e a sua cor é escura e terrosa. Perfeito para o cultivo de maconha.

 

Pacientes com artrite relatam melhorias “substanciais” após o uso de maconha, diz estudo

Pacientes com artrite relatam melhorias “substanciais” após o uso de maconha, diz estudo

Pacientes com artrite relatam “reduções substanciais” na dor e outras melhorias sintomáticas após o uso de maconha, de acordo com dados publicados no periódico Cureus.

Pesquisadores afiliados à Escola de Medicina da Universidade da Florida Central avaliaram a eficácia percebida da cannabis em uma coorte de 290 pacientes diagnosticados com artrite reumatoide (AR) ou artrite psoriática (APs). Os pacientes relataram seus níveis de dor antes do tratamento com maconha e após o uso sustentado da substância. Pacientes com AR normalmente inalavam (fumavam) flores de maconha, enquanto participantes com APs normalmente administravam formulações tópicas de cannabis.

Os pacientes relataram uma redução substancial na gravidade da dor após o uso de maconha em comparação aos níveis basais. Especificamente, os níveis médios de dor dos pacientes caíram de 6,16 antes do tratamento com cannabis para 3,89 após o tratamento. Muitos pacientes também relataram melhorias na rigidez, fadiga e inchaço nas articulações.

“Nosso estudo também descobriu que os canabinoides inalados eram a forma mais comum usada por pacientes com AR, provavelmente devido à sua rápida absorção sistêmica e alívio mais rápido da dor. Em contraste, os pacientes com APs usavam predominantemente formulações tópicas, que podem fornecer efeitos localizados benéficos para os sintomas cutâneos”, concluíram os autores do estudo. “Nossos dados indicam que a redução da dor foi estatisticamente significativa, sugerindo que os canabinoides podem ajudar a aliviar a dor associada a essas condições… No geral, nossas descobertas contribuem para a crescente literatura sobre terapia com canabinoides para sintomas de artrite, enfatizando a necessidade de pesquisas contínuas para otimizar as estratégias de tratamento para indivíduos afetados”.

No Canadá, por exemplo, onde a maconha é legalizada para uso adulto, dados de pesquisa relatam que cerca de um em cada cinco pacientes com artrite usa a planta para aliviar seus sintomas e que muitos reduzem o uso de opioides prescritos após iniciar o uso de maconha.

Referência de texto: ESG University

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