O ex-presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, foi preso em 15 de fevereiro em Tegucigalpa pela polícia hondurenha depois que os EUA solicitaram sua captura para extraditá-lo e julgá-lo por vários crimes relacionados ao tráfico internacional de drogas. Juan Orlando foi presidente de Honduras por oito anos, a partir de 2014. Agora, seu destino está nas mãos da Suprema Corte de Justiça do país, que deve decidir se permite ou nega o pedido de extradição.

Hernández é acusado de ter facilitado o tráfico de até 500 toneladas de cocaína de Honduras para os Estados Unidos ao longo de duas décadas. Segundo informações divulgadas pelo Insight Crime, o ex-presidente recebeu milhões de dólares em troca da proteção de traficantes para impedir que fossem investigados, presos ou extraditados, bem como por fornecer-lhes informações restritas sobre operações policiais e militares contra o tráfico de drogas para que eles pudessem usá-lo em seu benefício.

O irmão do ex-presidente, Juan Antonio Tony Hernández, foi preso em 2018 acusado de tráfico de drogas. Promotores estadunidenses o acusaram de introduzir milhares de quilos de cocaína nos Estados Unidos por meio de colaboração com o cartel hondurenho Los Cachiros. No ano passado, um juiz federal de Nova York condenou Tony Hernández à prisão perpétua e mais 30 anos de prisão por quatro crimes relacionados ao tráfico de drogas. Durante o julgamento de Tony, o promotor de Nova York alegou que Tony “conspirou com seu irmão”, o então presidente de Honduras, para contrabandear milhares de quilos de cocaína para os Estados Unidos.

Referência de texto: Cáñamo

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