por DaBoa Brasil | jun 5, 2025 | Política, Turismo
Um novo estudo que explora os impactos da legalização da maconha para uso adulto no setor de hospitalidade conclui que “a receita dos hotéis aumenta em 25,2% (ou US$ 63.671 mensais) devido à legalização dos dispensários, com o efeito continuando a crescer mesmo seis anos após a legalização”.
O artigo de pesquisa, publicado no periódico Production Operations and Management (POMS), extrai suas inferências de uma revisão de dados do Colorado (EUA), que, segundo os autores, viu “um aumento de 7,9% nas reservas de diárias e um aumento de 16,0% nas diárias”, embora os impactos tenham variado com base em uma série de fatores.
“Essas descobertas são relevantes para profissionais de marketing, gestão de operações, hospitalidade, turismo e políticas públicas”, diz o estudo, observando que “a rápida expansão do negócio da maconha apresenta oportunidades e desafios para a indústria hoteleira”.
Por um lado, os dispensários de maconha para uso adulto podem se tornar atrações que induzem viajantes a visitar lugares que, de outra forma, não explorariam. Por exemplo, cerca de 12% dos turistas estadunidenses relataram experiências positivas com viagens relacionadas à maconha. Por outro lado, o estigma social persistente em torno da maconha pode afetar negativamente os negócios, incluindo hotéis, localizados perto desses dispensários. Essa preocupação é reforçada por um relatório do Escritório de Desenvolvimento Econômico e Comércio Internacional do Colorado (OEDIT 2019), que constatou que cerca de 10% dos viajantes de lazer dos EUA veem o Colorado como um destino menos desejável devido à maconha para uso adulto.
Apesar dos sentimentos aparentemente polarizados em relação a viagens para jurisdições onde a maconha é legal, o estudo descobriu que os hotéis pareciam ter um desempenho melhor após a mudança de política.
Comparando hotéis no Colorado com hotéis no Novo México, onde a maconha era ilegal durante o período do estudo, a análise da equipe descobriu que “em média, a receita mensal dos hotéis aumenta em 25,2% com a legalização dos dispensários de maconha para uso adulto, o que equivale a um aumento substancial de US$ 63.671 por hotel”.
“No entanto, os hotéis não se beneficiam igualmente”, observa o relatório. “Hotéis mais próximos de dispensários de varejo, com períodos de operação mais curtos e pertencentes a uma classe superior obtêm efeitos mais positivos. O tipo de localização também desempenha um papel crucial, com hotéis em áreas de resorts sendo os que mais se beneficiam da legalização de dispensários de varejo, seguidos por aqueles em áreas urbanas, aeroportos, subúrbios, interestaduais e pequenas cidades”.
Além disso, “hotéis de rede operados por entidades corporativas experimentam efeitos de tratamento mais positivos do que hotéis de rede franqueados e hotéis operados de forma independente”, acrescenta o documento.
Pesquisadores — da Universidade da Flórida Central, Virginia Tech e da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill — também concluíram que “o efeito positivo na receita do hotel se fortalece com o tempo, não mostrando sinais de desaceleração seis anos após a legalização da maconha para uso adulto em todo o estado”.
Para os hoteleiros, o relatório diz que “os efeitos positivos e crescentes do tratamento na receita dos hotéis destacam as potenciais vantagens econômicas de longo prazo da maconha para uso adulto”, embora alerte que “a legalização não garante ganhos financeiros”.
Para os formuladores de políticas, continua o estudo, as descobertas ressaltam os benefícios econômicos e os “efeitos positivos sobre os hotéis ao elaborar regulamentações, garantindo que as leis de zoneamento promovam a sinergia entre dispensários e hotéis”.
“Os planejadores urbanos poderiam posicionar dispensários estrategicamente em áreas de resorts, áreas urbanas e aeroportos, onde sua presença proporciona os maiores benefícios aos negócios de hospitalidade”, sugere o estudo. “Eles também poderiam considerar incentivos fiscais ou programas de apoio para ajudar hotéis de classe baixa e independentes a capitalizar as oportunidades do turismo de maconha”.
Um estudo separado de 2020 também constatou que os aluguéis de quartos de hotel no Colorado aumentaram consideravelmente depois que o estado iniciou a venda legal de maconha. O estado de Washington também registrou aumento no turismo após a legalização, segundo o estudo, embora o efeito tenha sido mais modesto.
Ao comparar os aluguéis de quartos de hotel no Colorado e em Washington com os estados que não alteraram o status legal da maconha entre 2011 e 2015, os pesquisadores descobriram que a legalização coincidiu com um fluxo significativo de turistas e um aumento na receita hoteleira. O impacto foi ainda mais pronunciado após o início das vendas no varejo.
No ano passado, entretanto, o governador de Illinois observou que viajantes de estados próximos estavam visitando especificamente para comprar maconha legal.
“Pessoas de Indiana, de Iowa, de Wisconsin, Kentucky, atravessam a fronteira e compram algo em um dispensário em Illinois. Agora, eles não devem dirigir de volta para seus estados de origem, então presumo que estejam apenas permanecendo em Illinois”, disse o governador JB Pritzker na época.
No entanto, em setembro passado, um relatório de analistas legislativos do Colorado afirmou que parte do motivo pelo qual o estado está vendo uma queda na receita de impostos sobre a cannabis é devido à “queda na demanda, já que outros estados do país legalizam a maconha”, tornando as vendas do turismo de cannabis “menos pronunciadas”.
“Os preços da maconha caíram com a diminuição da demanda induzida pela pandemia, o turismo voltado para a maconha se tornou menos pronunciado e o mercado amadureceu”, afirma o relatório. “A arrecadação de impostos sobre a maconha está caindo na maioria dos estados onde o uso adulto da erva é legal devido à queda na demanda após a pandemia, mas os estados que legalizaram a maconha precocemente — como Colorado, Washington e Oregon — estão registrando as maiores quedas nas vendas”.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | jan 3, 2025 | Economia, Política, Turismo
Uma nova lei da Califórnia, nos EUA, que permite coffeshops de maconha entrou oficialmente em vigor na última quarta-feira (1), autorizando governos locais em todo o estado a permitir que varejistas de maconha expandam seus serviços. E certos negócios já estão alavancando a mudança de política.
O governador do estado, Gavin Newsom, sancionou um projeto de lei do membro da Assembleia Matt Haney em setembro. Mas enquanto os governos locais agora podem iniciar o processo de permissão dos coffeshops semelhantes aos de Amsterdã, espera-se que leve meses até que a maioria das jurisdições tenha regras em vigor para se adequar à lei estadual.
No geral, a legislação permitirá o consumo de maconha no local em estabelecimentos licenciados, que também ofereçam alimentos sem cannabis e bebidas não alcoólicas, além de sediar eventos ao vivo, como shows, se obtiverem permissão do governo local.
Newsom vetou uma versão anterior do projeto de lei de Haney sobre coffeshops de maconha, dizendo que, embora apreciasse que a intenção era “fornecer aos varejistas de cannabis maiores oportunidades de negócios e uma maneira de atrair novos clientes”, ele se sentia “preocupado que esse projeto de lei pudesse minar as proteções de longa data do local de trabalho livre de fumo na Califórnia”.
Para tanto, a medida promulgada contém mudanças para criar separação entre os espaços de consumo público e as salas dos fundos dos estabelecimentos onde os alimentos são preparados ou armazenados, a fim de proteger melhor a saúde dos trabalhadores, alinhado com as preocupações do governador.
“Elogio o autor por incorporar salvaguardas adicionais, como proteger expressamente a discrição dos funcionários de usar uma máscara para respirar, paga às custas do empregador, e exigir que os funcionários recebam orientação adicional sobre os riscos do fumo passivo de cannabis”, disse Newsom em uma declaração assinada em setembro.
A lei deixa explicitamente claro que alimentos ou bebidas à base de cânhamo não são considerados produtos sem cannabis que podem ser vendidos nos coffeshops. Ela também diz que itens “não-cannabis” “devem ser armazenados e exibidos separadamente e distintamente de toda a maconha e produtos presentes nas dependências”.
A legislação também permitirá apresentações musicais ao vivo ou outras apresentações nas dependências de um varejista de maconha em áreas onde o consumo no local é permitido.
Há exemplos de empresas na Califórnia que encontraram soluções alternativas para permitir o consumo no local e, ao mesmo tempo, disponibilizar comida aos clientes, mas elas operam em uma área cinzenta, fazendo parcerias com restaurantes licenciados separadamente que recebem os lucros.
A expectativa é que — como cidades como Los Angeles e São Francisco já estabeleceram certas regulamentações sobre salas de consumo, incluindo requisitos de ventilação — elas possam ser mais rápidas na abertura de serviços adicionais.
Em setembro, Haney, o proponente, também abordou uma declaração da Sociedade Americana do Câncer (ACS), que instou o governador a vetar sua legislação por preocupação com as potenciais implicações para a saúde da exposição à fumaça.
“Se você está preocupado com o fumo passivo, não deveríamos dar às pessoas lugares seguros para irem — para consumir com outros que fizeram essa escolha?”, ele disse. “Agora mesmo, por causa dos limites de onde as pessoas podem fumar legalmente, muitas pessoas podem ser forçadas a fumar em casa, perto dos filhos, ou em um carro ou na rua onde outras pessoas estão passando”.
“Se você está preocupado com o fumo passivo, apoie-nos para dar às pessoas lugares seguros para ir, onde haja proteção e onde as pessoas tenham feito essa escolha”, disse ele.
Antes da assinatura da medida por Newsom, o ator Woody Harrelson — dono de um lounge de maconha em West Hollywood chamado The Woods, junto com os cofundadores, o comediante Bill Maher e o astro do tênis John McEnroe — pediu sua promulgação. Whoopi Goldberg também se juntou a esse esforço, com um vídeo encorajando o governador a assiná-lo.
O Woods está entre os primeiros negócios licenciados de maconha a expandir suas ofertas sob a nova lei, de acordo com a Fox 11.
“É um acordo ganha-ganha-ganha para todos”, disse Jay Handal, cofundador do The Woods. “Isso nos trará mais receita, o que trará, esperançosamente, mais imposto sobre vendas — que, Deus sabe, o estado pode usar com base em seus déficits”.
“Será bom para o consumidor também, porque agora eles podem sentar como se estivessem no Starbucks: podem pegar o computador, trabalhar no nosso Wi-Fi e tomar uma xícara de cappuccino ou um doce”, disse ele.
Maisha Bahati, CEO da Crystal Nugs, de Sacramento, disse à CBS 13 que seu negócio está se preparando para a possibilidade de adicionar um lounge de consumo, mas que ela não espera que os legisladores locais implementem regras por mais um ano.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | fev 27, 2024 | Economia, Política, Turismo
O primeiro salão de consumo legal de maconha no estado de Nevada, nos EUA, abriu oficialmente suas portas, com um importante legislador local fumando o baseado inaugural às 16h20.
Na última sexta-feira, os clientes puderam fumar legalmente no local pela primeira vez nas instalações do THRIVE Cannabis Marketplace em Las Vegas, onde também foram servidas uma seleção de produtos de maconha e bebidas não alcoólicas com infusão de THC.
Isto marca o culminar de anos de regulamentação para permitir o novo tipo de licença. O Nevada Cannabis Control Board (CCB) deu a aprovação final para o salão “Smoke and Mirrors” no início deste mês.
Os reguladores aprovaram um lote inicial de licenciados para salas de consumo em junho do ano passado, o que ocorreu depois que os reguladores deram aprovação preliminar a 40 possíveis empresas. A THRIVE foi uma das três empresas a receber essa aprovação.
“A THRIVE sempre foi conhecida por estabelecer padrões operacionais e experiências de cannabis de qualidade e estamos entusiasmados por estar na vanguarda deste momento histórico em Las Vegas enquanto continuamos a revolucionar a indústria da maconha”, disse Mitch Britten, CEO da THRIVE Cannabis Marketplace, em um comunicado à imprensa.
O presidente da Comissão do Condado de Clark, Tick Segerblom, fez história como a primeira pessoa a fazer uma compra legal e fumar um baseado nas instalações no horário simbólico das 16h20. O salão também reconheceu o comissário ao dedicar uma bebida com infusão exclusiva, “O Poderoso Chefão”, em sua homenagem.
“Estou esperando por este dia desde os anos 60: fumar maconha legalmente em público”, disse Segerblom ao portal Marijuana Moment. “Agora Las Vegas está a caminho de se tornar a ‘Nova Amsterdã’ – a capital mundial da maconha”.
Christopher LaPorte, sócio-gerente da RESET, uma empresa de hospitalidade de cannabis que trabalha com a THRIVE nas novas instalações, disse que as empresas estão “muito entusiasmadas por terem inaugurado o primeiro lounge de cannabis licenciado pelo estado em Las Vegas”.
“Nosso objetivo não é apenas criar um espaço para os entusiastas da cannabis, mas criar um centro social para nossos hóspedes”, disse ele. “Com a notável gama de produtos da Smoke and Mirrors, pretendemos proporcionar uma experiência inesquecível que deixará uma impressão duradoura”.
Smoke and Mirrors está aberto para adultos com 21 anos ou mais, das 16h à meia-noite de terça e quarta-feira e do meio-dia à meia-noite de quinta a domingo.
O CCB disse no início deste mês que existem atualmente 19 salas que foram aprovadas para uma licença condicional, incluindo 14 salas anexas e cinco salas independentes.
Tyler Klimas, que atuou como diretor executivo do CCB de 2020 até o final de 2023, disse em um podcast no mês passado que o desenvolvimento do salão de consumo de maconha representa a “próxima fronteira” para a indústria.
A lei – que foi promulgada sob a legislação do deputado Steve Yeager e assinada pelo ex-governador Steve Sisolak em 2021 – também permite que empresas que combinem maconha com yoga, sirvam alimentos infundidos, ofereçam massagem terapêutica auxiliada por THC ou incorporar maconha de outras maneiras.
Sisolak elogiou a lei dos lounges de Nevada em um artigo de opinião em 20/04 para o portal Marijuana Moment em 2022, escrevendo: “A ideia não é nova, mas ninguém está fazendo isso como nós em Nevada”.
“Embora a maioria dos salões de consumo em outros estados não ofereçam alimentos, bebidas ou outras opções de entretenimento”, disse ele, “os salões de Nevada serão um balcão único de entretenimento para criar empregos, fazer crescer a indústria e impulsionar a nossa economia”.
De acordo com as regras aprovadas pelo conselho, o consumo deve ser ocultado da vista do público. Fumar e vaporizar devem ocorrer em uma sala separada do salão ou ser totalmente proibidos. Produtos de cannabis descartáveis ou prontos para consumo não podem ser levados para fora do local. E as empresas devem fornecer água gratuitamente a todos os clientes.
Os salões também serão apenas para maconha. Nenhum produto de álcool, tabaco ou nicotina pode ser vendido.
Outras regulamentações relacionadas com a segurança exigem que os salões estabeleçam planos para limitar a direção sob o efeito de cannabis e minimizar a exposição dos trabalhadores ao fumo passivo. Armas são proibidas, a vigilância é necessária e devem existir procedimentos para reduzir e responder a comportamentos potencialmente violentos ou de assédio.
Os produtos de maconha de uso único estão limitados a não mais do que 3,5 gramas de cannabis utilizável de acordo com os regulamentos, com “produtos canábicos inaláveis extraídos” (como produtos vaping ou dabbing) limitados a 300 miligramas de THC. Todos os produtos de uso único com mais de 1 grama de cannabis utilizável e todos os produtos inaláveis extraídos devem conter advertências escritas sobre potência.
As porções individuais de produtos comestíveis prontos para consumo são limitadas a 10 miligramas de THC, uma quantidade bastante padrão em estados que legalizaram a maconha para uso adulto.
Enquanto isso, os produtos tópicos são limitados a 400 miligramas de THC. Os adesivos transdérmicos e todos os outros produtos de cannabis não podem conter mais de 100 miligramas de THC e devem conter uma advertência por escrito se tiverem mais de 10 miligramas.
Referência de texto: Marijuana Moment
por DaBoa Brasil | out 6, 2023 | Curiosidades, História, Turismo
A planta de maconha está no mundo há milhões de anos e na companhia dos humanos são milhares. Sua marca ao longo do tempo pode ser vista em uma ampla variedade de assuntos. A influência da planta no mundo é tão grande que inclusive alguns lugares receberam seus nomes por causa da erva. Conheça alguns deles:
Kanepi: é uma pequena cidade no condado de Põlva, no sudeste da Estônia, com pouco menos de 700 habitantes. Os primeiros registros que o mencionam são do ano de 1582, onde a área era um importante local de produção de cânhamo. Em março de 2018, o governo anunciou aos cidadãos que teriam que votar para ter uma nova bandeira e escudo. E como kanep em estoniano significa cannabis, a bandeira vencedora de todos aqueles que optaram por se tornar uma bandeira oficial, é claro, uma grande folha de cannabis centralizada nas cores branca e verde. Se você decidir visitar Kanepi, gostará de ver sua bandeira tremulando na prefeitura.
Canepina: é uma pequena comuna italiana a cerca de 60 quilômetros de Roma. Canapa em italiano é o mesmo que cânhamo. A Itália ficou atrás da Rússia, o maior produtor de cânhamo entre o final do século XIX e o início do século XX, até que os interesses dos EUA conseguiram tornar a maconha e o cânhamo proibidos em todo o mundo. E era um povo tão próximo do cânhamo que até o enxoval das noivas eram feitos com fios de suas fibras. Hoje o cultivo está voltando novamente para a Itália e, claro, para Canepina, onde também têm um restaurante com um cardápio à base de maconha, Agriristoro Il Calice e la Stella.
Kenderes: é uma pequena cidade na Hungria de pouco mais de 4.500 habitantes, pertencente ao distrito de Karcag no condado de Jász-Nagykun-Szolnok. Desenvolveu-se principalmente nos séculos XVI-XVII. Seu nome é herdado de kender, que significa cânhamo. A tradução de Kenderes poderia ser algo como “aquele que têm cânhamo”. O seu principal ponto turístico é o castelo de estilo barroco de Miklós Horthy (1868-1957), governante da Hungria durante 24 anos e natural desta cidade.
Hamppu: é uma pequena cidade da Finlândia. Hamppu nesta língua é como é chamada a cannabis. O cultivo de cânhamo na Finlândia é um dos mais antigos da Europa, vindo da China durante o início da Neolítica Idade da Pedra. O pólen de cânhamo encontrado no sedimento Huhdasjärvi de Kouvola foi datado de cerca de 4800 a.C. Sua popularidade aumentou durante a segunda onda da agricultura nos séculos 15 e 16 e atingiu seu pico nos séculos 18 e 19, quando era cultivada em quase todo o país.
Hempstead: é uma das três cidades do condado de Nassau, Nova York, e ocupa a parte sudoeste do condado, na metade oeste de Long Island. A cidade foi fundada por volta de 1644 após um tratado entre colonos ingleses e os índios Lenape. Seu nome é uma referência clara ao cultivo de cânhamo. Podemos encontrar muitas outras cidades com nomes que nos lembram que um dia o cânhamo foi um grande motor econômico, como Hempstead County no Arkansas, Hempstead no Texas, Hemphill na Carolina do Norte ou Hempfield na Pensilvânia, entre outros.
Chennevières-sur-Marne: é um município localizado a sudeste de Paris, onde foram encontrados assentamentos de tempos pré-históricos. É uma localidade montanhosa e ribeirinha, onde os gauleses construíram aldeias e começaram a plantar vinhas no século IV. O nome da cidade deriva de “Canaveria”. Significa cânhamo francês, em referência às grandes colheitas que lá foram feitas durante séculos. Também em seu brasão, uma planta de cannabis é orgulhosamente exposta.
Cañamares: é uma pequena cidade de Cuenca, Espanha, com apenas 467 habitantes. Situada em plena zona montanhosa, funciona como um limite natural entre a Alcarría e a Serranía de Cuenca. Foi fundada na Alta Idade Média, quando soldados de La Rioja se estabeleceram no Vale das Escabas. Tanto em seu escudo quanto em sua bandeira, uma marcante planta de cannabis domina a cena, uma referência ao seu passado, onde os cultivos de cânhamo eram muito comuns nesse país e tão importantes na guerra pelo domínio dos mares. As fibras da planta eram usadas na fabricação de cordas, velas, entre outras coisas.
Referência de texto: La Marihuana
por DaBoa Brasil | maio 22, 2023 | Política, Turismo
A partir da próxima quinta-feira, 25 de maio, fumar maconha, haxixe ou outros derivados da maconha nas ruas do Red Light District de Amsterdã resultará na aplicação de multa. A medida foi anunciada há três meses, mas só foi aprovada na última semana. O Red Light District é como é popularmente conhecida a região central da cidade, famosa pela vida noturna, casas de prostituição regulamentada, bares e coffeeshops, que há décadas atraem turistas.
Especificamente, a proibição será aplicada a Burgwallen Oude Zijde e arredores. Quem consumir maconha em espaços públicos da área será multado em 100 euros. O consumo vai continuar a ser permitido nos coffeeshops, onde a compra de maconha é tolerada há décadas, embora a Câmara Municipal tenha avisado que vai ponderar proibi-los no futuro se as medidas agora aplicadas forem consideradas insuficientes.
A proibição faz parte de um plano mais amplo para restringir os incômodos causados pelos turistas que visitam a área. As restrições à venda de álcool também foram estendidas, de modo que a venda de bebidas com baixo teor alcoólico será proibida de quinta a domingo, a partir das 16h, para lojas de alimentos, lojas de bebidas e lanchonetes. Com a nova medida da Câmara Municipal, estes tipos de estabelecimentos devem retirar o álcool dos seus balcões ou cobri-lo durante esse horário.
Referência de texto: Cáñamo
por DaBoa Brasil | maio 4, 2023 | Ciências e tecnologia, Economia, Meio Ambiente, Turismo
Na Cidade do Cabo, na África do Sul, a construção do edifício de cânhamo mais alto até hoje está quase concluída. O edifício será um hotel de 12 andares que deverá estar concluído no próximo mês de junho e abrirá as suas portas com o nome de Hemp Hotel. Os tijolos feitos de plantas de cannabis estão se tornando cada vez mais populares e sua demanda está crescendo devido às suas boas propriedades isolantes, resistência ao fogo e qualidades ecológicas.
O edifício foi construído principalmente com tijolos feitos de fibra de cânhamo, chamado de Hempcrete. Embora, de acordo com o portal The Thaiger, as fundações do edifício não tenham sido construídas com cânhamo, mas usando uma estrutura de concreto e cimento. O cânhamo está presente nas paredes e outras estruturas importantes do prédio, na forma de blocos de concreto orgânico feitos a partir da planta.
Além de reduzir a poluição emitida durante sua fabricação por ser construído com matéria orgânica, os tijolos de cânhamo têm uma pegada de carbono negativa, ou seja, mais carbono é absorvido com sua fabricação e uso do que emite. “A planta absorve o carbono, o coloca em um bloco e depois o armazena em um prédio por 50 anos ou mais”, disse Boshoff Muller, diretor da empresa Afrimat Hemp, que produziu os tijolos para o hotel.
As aplicações do uso industrial da planta de cannabis como matéria-prima para a fabricação de outros materiais também estão crescendo. Não se trata apenas de tijolos, madeiras e plásticos também são feitos com as fibras da planta e diversos tipos de tecidos. Mas a construção de casas é uma das aplicações que mais chama a atenção. Nos EUA, eles estão investindo na pesquisa de máquinas 3D para imprimir casas pré-fabricadas de cânhamo, e na Holanda esse tipo de casa já está sendo vendida.
Referência de texto: The Thaiger / Cáñamo
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