Um grupo em Delaware está recrutando voluntários para limpar sua comunidade pela recompensa de um baseado.
Chamado de “Joints for Junk”, o programa funciona exatamente como parece: em troca de uma rodada de limpeza de lixo, a Delaware Cannabis Advocacy Network premia os voluntários com um baseado de macoha legal.
“As pessoas se pré-registraram, compareceram, assinaram um termo de responsabilidade e nós lhes damos um baseado”, disse Zoë Patchell, presidente da Delaware Cannabis Advocacy Network, ao Delaware News Journal. “E, realmente, ninguém pegou o baseado e foi embora. Foi um dia muito positivo e inspirador”.
O grupo realizou o primeiro evento “Joints for Junk” em novembrro, meses depois de Delaware legalizar a maconha para uso adulto.
De acordo com o Delaware News Journal, o evento, que foi realizado em Millsboro, “atraiu mais de 50 voluntários com mais de 21 anos, cada um recebendo um baseado pré-enrolado, que foi doado por membros do grupo sem fins lucrativos”. E que, de acordo com a nova lei estadual, “qualquer pessoa pode presentear um adulto com até 30 gramas de maconha”.
“Foi provavelmente um dos nossos melhores resultados para um projeto de serviço comunitário”, disse Patchell, conforme citado pelo Delaware News Journal. “Havia uma série de pessoas novas que nunca tínhamos conhecido antes, e algumas delas até se tornaram membros”.
“Foi uma recepção muito positiva”, acrescentou Patchell. “Acabamos de dizer a eles que estávamos aqui para tornar Millsboro mais verde”.
Delaware legalizou a maconha para uso adulto em abril, quando o governador democrata John Carney permitiu que dois projetos de lei se tornassem lei. Carney já havia vetado propostas legislativas para legalizar a maconha, mas renunciou este ano quando os legisladores de Delaware aprovaram as medidas com maiorias à prova de veto.
Carney enfatizou que continuava se opondo à legalização.
“Quero deixar claro que minhas opiniões sobre esse assunto não mudaram. E entendo que há aqueles que partilham dos meus pontos de vista e que ficarão desapontados com a minha decisão de não vetar esta legislação”, disse Carney. “Tomei esta decisão porque acredito que passamos muito tempo focados nesta questão, quando os delawareanos enfrentam preocupações mais sérias e urgentes a cada dia. É hora de seguir em frente”.
O deputado estadual Ed Osienski, patrocinador dos dois projetos de lei, comemorou o avanço, que fez de Delaware o 22º estado dos EUA a legalizar a maconha para adultos.
“Depois de cinco anos de inúmeras reuniões, debates, negociações e conversas, estou grato por termos chegado ao ponto em que Delaware se juntou a um número crescente de estados que legalizaram e regulamentaram a maconha para uso pessoal”, disse Osienski em comunicado. “Sabemos que mais de 60% dos Delawareanos apoiam a legalização da maconha para uso adulto, e mais de dois terços da Assembleia Geral concordaram”.
Osienski também saudou Carney por permitir que os projetos se tornassem lei.
“Compreendo a oposição pessoal do governador à legalização, por isso agradeço especialmente por ele ter ouvido os milhares de residentes que apoiam este esforço e permitir que se torne lei”, acrescentou Osienski. “Estou empenhado em trabalhar com a administração para garantir que o esforço para estabelecer o processo regulatório corra da maneira mais tranquila possível”.
A lei permite que comunidades individuais em Delaware optem por não participar e proíbam a erva dentro de suas jurisdições.
Os membros do conselho municipal de Millsboro fizeram exatamente isso em setembro, quando aprovaram por unanimidade uma lei que proíbe o cultivo e a venda de maconha dentro dos limites da sua cidade.
No primeiro evento “Joints for Junk”, realizado em novembro, os voluntários “coletaram [lixo] na área ao redor do Millsboro Town Center – o mesmo lugar onde a Câmara Municipal votou contra a maconha apenas seis dias antes, em uma audiência pública em 6 de novembro”, de acordo com o Delaware News Journal.
Patchell disse que o grupo queria “mostrar a todos que os consumidores de cannabis se preocupam com a comunidade e que muitos dos estereótipos negativos simplesmente não são verdadeiros”.
“Nós nos importamos como todo mundo”, disse Patchell.
De acordo com o Delaware News Journal, seis equipes foram colocadas “com coletes amarelos fluorescentes para coletar qualquer lixo que encontrassem usando grandes sacos de lixo da mesma cor” das 10h ao meio-dia.
“Embora não tenha havido problemas relatados com seu primeiro projeto ‘Joints for Junk’, alguns moradores saíram de suas casas para perguntar o que estava acontecendo ao verem os voluntários vestidos com cores vivas perambulando pela vizinhança”, relata o jornal.
De acordo com informações publicadas pelo portal G1, a Polícia Civil (RJ) prendeu na última terça-feira (11) quatro pessoas na chamada “Operação Seeds”, contra um esquema de emissão de falsos laudos médicos para o cultivo de maconha.
No Brasil ainda é proibido plantar maconha para uso pessoal, mas é possível obter na Justiça uma autorização (HC) para o plantio e consumo da planta para fins terapêuticos.
O grupo produzia laudos indicando que pacientes precisariam utilizar a planta para fins medicinais, mas o objetivo, na verdade, era promover a venda para obter lucro, e, de acordo com as investigações da 14ª DP, não havia qualquer enfermidade comprovada nos “clientes”.
Foram presos: o médico Adolfo Antônio Pires (Dr. Adolfo Almeida nas redes sociais), apontado como o autor das receitas falsas. O biólogo André Vicente Souza de Freitas, que mantinha a página “Pink e Cérebro Growers”, o advogado Patrick da Rosa Barreto, responsável pelos pedidos de HC na Justiça, e, Pérola Katarine de Castro, esposa de Adolfo, que cuidava da parte financeira do esquema.
O grupo oferecia um “pacotão” para conseguir o habeas corpus de cultivo. Entre os serviços, estavam a emissão do parecer, a entrada com o HC no Judiciário e, inclusive, os equipamentos necessários para o cultivo. A quadrilha cobrava até R$ 50 mil pelo esquema.
“Recebemos denúncias de pessoas que foram presas por tráfico de drogas e que procuraram os serviços do médico Adolfo para contratar a confecção de laudos médicos ideologicamente falsos”, disse a delegada Camila Lourenço.
Um levantamento na Justiça Federal no RJ encontrou 13 petições assinadas pelo advogado Patrick para o cultivo.
“Para a confecção do laudo, segundo o depoimento das testemunhas, cobraram R$ 5 mil, mais R$ 15 mil para impetração do habeas corpus. Além disso, o médico também dava os insumos necessários ao início do cultivo — sementes, fertilizantes, lâmpadas de LED”, descreveu Camila.
Todos vão responder por extorsão, associação ao tráfico de drogas e falsidade ideológica.
A Operação Seeds é um desdobramento da Operação Poseidon, em abril deste ano, contra um esquema que desviava precatórios judiciais com documentos falsos. Quatro pessoas foram presas na ocasião — uma delas era o advogado Patrick da Rosa Barreto.
“Naquela ocasião, ele foi autuado pela prática de tráfico de drogas, mas no processo criminal ele apresentou como defesa um laudo médico subscrito pelo Adolfo, alegando usar maconha para fins terapêuticos”, emendou a delegada. “Mas não havia nenhum maquinário empregado para a extração de óleo. Encontramos saquinhos para enrolação e uma balança de precisão”, detalhou.
“A partir daí, iniciamos a investigação. Recebemos denúncias de pessoas que foram presas por tráfico de drogas e que procuraram os serviços do Adolfo”, disse Camila.
Ao chegar na Faculdade de Direito da USP na última segunda-feira (22/5) para ministrar uma de suas disciplinas, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi surpreendido com um protesto pela descriminalização das drogas.
Uma faixa verde com quatro metros de extensão que trazia a palavra “descriminaliza, STF” foi fixada à lousa da sala de aula, em referência ao julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 635.659 que discutirá se o porte individual de drogas deve ou não ser considerado crime e está pautado para hoje (24/5). Na pauta do STF, o item está na 4ª posição na ordem de julgamentos do dia. A sessão ordinária está marcada para começar às 14h.
O caso está parado desde 2015, e Moraes é um dos magistrados que ainda têm que dar o seu voto.
Um estudante da Faculdade de Direito disse à Folha de S.Paulo que a retirada da faixa chegou a ser solicitada pelos seguranças do ministro. Afirmando que Moraes não entraria na sala de aula caso fosse mantido o protesto. Apesar disso, o cartaz seguiu fixado, e o ministro conduziu normalmente a aula de Controle de Constitucionalidade para os alunos.
Mesmo com o protesto, o ministro fez anotações no quadro. Moraes ainda afirmou que não retiraria a faixa para não ser taxado como antidemocrático e já estava “acostumado” com isso.
O protesto pacífico foi organizado pelo Observatório Antiproibicionista, entidade ligada ao Centro Acadêmico XI de Agosto, composta por alunos que defendem o fim da guerra às drogas.
Em um post feito nas redes sociais, o Observatório Antiproibicionista comentou a ação: “O STF tem em suas mãos a oportunidade de mudar a vida de milhões de pessoas. Por conta disso, nada melhor do que pautar na aula da disciplina de Controle de Constitucionalidade uma questão urgente para o país: a declaração, por parte do Supremo, da inconstitucionalidade do art. 28 da Lei de Drogas”.
Segue a lista de datas das marchas pelo Brasil que já foram confirmadas. Assim como fizemos em anos anteriores, esse é um calendário colaborativo, ou seja, precisamos da sua ajuda para divulgar mais cidades que vão realizar o ato neste ano. Para saber mais informações de cada ato, como hora e local, acesse os perfis dos coletivos organizadores da Marcha da Maconha na sua cidade. A sua cidade também terá marcha e não está na lista? Manda os detalhes pra nós e vamos juntos legalizar a informação!
Lembre ao coletivo organizador da Marcha da sua cidade de (além da RE 635.659, que visa a descriminalização) levantar a bandeira da SUG 25/2020 pela Regulamentação do Uso Adulto e do Autocultivo da Maconha no Brasil que está em tramitação no Senado Federal atualmente.
No dia 01/10/2022, a equipe do DaBoa Brasil, Diego Brandon, Olivia Risso, Seti Beatz e H no Beat, estiveram no Encontro das Tribos 20 Anos e conversaram com BNegão, do Planet Hemp, Cyntia Luz, Shaodree, Russo Passapusso, do BaianaSystem, e Cert, da ConeCrew Diretoria, sobre diversos assuntos que envolvem a maconha e sua regulamentação.
Cynthia Luz e Shaodree contaram como a erva ajuda no processo criativo na hora de compor suas músicas e deram suas opiniões sobre o cultivo para uso pessoal e o futuro da regulamentação da planta no Brasil. Cert, da ConeCrew Diretoria, falou sobre o rumo das leis da maconha no país e contou sobre como foi sentir na pele a repressão por ser cultivador e ter que ficar preso no presídio de Bangu (RJ) durante 45 dias. Russo Passapusso, do BaianaSystem, explicou sua visão sobre a importância da planta e da desestigmatização do seu uso e cultura. BNegão, do Planet Hemp, deixou uma mensagem de conscientização sobre a importância de políticas voltadas a maconha, ocupar espaços e, também, nos contou um pouco sobre o novo álbum da ex-quadrilha da fumaça, “Jardineiros”, lançado no dia 21 deste mês.
Gratidão imensa aos nossos apoiadores:
Gato Preto Tabacaria
Libertad Tabacaria
Emporium Smoke
Big Fun Tabacaria
Grama Cultivo Eficiente
Smart Grow Nutrients
Cream Culture
Mudrã
E um salve especial a nossa equipe e amigos que nos fortaleceram:
Bernardo Santos (BNegão)
Olivia Risso
Seti Beatz
H no Beat
Diego Brandon
Kylat
Tiago Vilela
Sticky Chong
Equipe Planet Hemp
Equipe Shaodree
Equipe Cynthia Luz
Equipe BaianaSystem
Equipe ConeCrew Diretoria
Assista agora mesmo a cobertura completa do EDT 20 anos no canal do DaBoa no YouTube.
A espera acabou! Após 22 anos, a ex-quadrilha da fumaça está definitivamente de volta na praça com o novo álbum intitulado “Jardineiros”.
O álbum conta com a introdução de Marcelo Yuka na frase: “quando o instrumento do medo não funciona, a gente adquire um poder inimaginável”, e mais 14 faixas, entre elas, a já lançada “Distopia” com participação do rapper Criolo, “Veias Abertas” com participação de Tantão e Os Fita, “Meu Barrio” com participação do trapper argentino Trueno, e “O Ritmo e a Raiva” com participação do membro honorário da banda, Black Alien.
As faixas que compõe o álbum Jardineiros foram assinas por Mario Caldato, Nave, Zegon, além dos próprios integrantes do Planet Hemp, BNegão, Marcelo D2, Pedro Garcia, Formigão e Nobru Pederneiras.
Trazendo na síntese aquilo que está atualmente acontecendo no Brasil, BNegão canta em “Jardineiro”, sexta faixa do álbum: “A indústria farmacêutica já quer vir lucrar / Ela conta sua lorota pra poder disfarçar / Leis que não representam a verdade do planeta / A erva é livre veio da naturaleza / Autocultivo já! Isso é cultura ancestral / Espalhem as sementes, planta de poder real medicinal”.
Desde “A Invasão do Sagaz Homem Fumaça”, lançado em 2000, os admiradores dos maconheiros mais famosos do Brasil aguardavam ansiosamente por um disco novo da banda e agora, chegou a hora de apertar aquele e ouvir “Jardineiros” em sua plataforma de áudio favorita!
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