Você sabia que os Beatles defenderam a legalização da maconha há 50 anos?

Você sabia que os Beatles defenderam a legalização da maconha há 50 anos?

Faz cinquenta anos que os Beatles se posicionaram a favor da legalização da maconha no Reino Unido. Enquanto o debate sobre a legalização da cannabis pareça estar longe do fim, é certo que nunca houve uma chamada internacional tão importante em prol da legalização ou de outra forma de regulamentação na sociedade.

As pessoas pró-legalização devem saber e lembrar que em julho de 1967 no jornal The Times apareceu um anúncio de página inteira que foi assinado por 64 dos membros mais proeminentes da sociedade britânica da época e que pediam a legalização da maconha. Entre os signatários se encontravam os integrantes de uma das bandas mais importantes da história, The Beatles.

Como podemos ler na Bíblia dos Beatles, os membros da banda estavam entre os 64 signatários escolhidos como os melhores e mais brilhantes da Grã-Bretanha para dar impulso ao debate sobre a legalização da maconha e que apareciam em um anúncio de uma página completa no Times de Londres em 24 de Julho de 1967. O anúncio tomou impulso com a prisão do aclamado fotógrafo e fundador da International Times, John Hopkins, e sua sentença de nove meses por posse da erva, o grupo tentou chamar a atenção sobre o que consideravam uma política pública desnecessariamente dura.

No anúncio, podia-se ler que a maconha era “a menos prejudicial das drogas de prazer, e… em particular, muito menos prejudicial que o álcool”. “Fumar cannabis está muito expandido nas universidades e o costume foi retomado por escritores, médicos, empresários, músicos, cientistas e sacerdotes. Essas pessoas não se encaixam no estereótipo empregado do criminoso viciado em drogas”.

Nenhum integrante do famoso grupo de Liverpool estava na reunião em que foi planejada e produziu o anúncio, mesmo que as suas assinaturas não são oferecidas sem pensar; Na verdade, foi Paul McCartney quem finalmente acabou pagando a conta depois de se encontrar pessoalmente com um casal de líderes de grupo. Enquanto esperava, em vão, manter em segredo o seu apoio financeiro, os temores de uma reação pública contra o grupo eram infundadas.

Embora o anúncio não tenha sido bem sucedido em termos de legalização da maconha no Reino Unido, a sua publicação provocou uma discussão pública que geraram pequenas, mas significativas mudanças nas leis de drogas do país, como reduzir de dez para cinco anos de prisão a pena máxima para a posse.

Fonte: Ultimate Classic Rock

Conto Canábico: larica forte num sábado de sol

Conto Canábico: larica forte num sábado de sol

Era um sábado de céu aberto, com um sol de lascar. Saí de Curitiba pela manhã para chegar em Florianópolis pouco antes do meio dia. E não deu outra, mal botei os pés para fora da rodoviária e a primeira coisa que fiz foi bolar um baseado. Unir a minha brisa com a brisa que sopra do mar para dentro da ilha catarinense.

Enquanto queimava o baseado, eu caminhava pela região central de Florianópolis planejando mentalmente qual seria o programa para o dia. Mas o sol chegou à posição do meio dia, e em pouco tempo ficou insuportável ficar fora de um lugar sem sombra. A língua começou a secar, e o estômago a roncar. Precisava urgentemente de uma cerveja para molhar a garganta, e de um rango para matar a larica.

Consegui a cerveja e fui me sentar em um banco na sombra de uma árvore. Comecei a pensar onde iria comer. Eis que, poucos metros à minha frente, uma forte fumaça de cheiro familiar me chamou atenção. Em meio à maresia, um grupo de cinco hippies conversava e fumava maconha tranquilamente. Logo pensei “porra, esses caras devem estar com fome também, e eles devem saber onde tem um rango do bom”.

Cheguei na maior humildade no grupo e comecei a trocar ideia. “Opa, licença. Eu sou de Curitiba e cheguei agora em Floripa. Tava fumando um e bateu uma larica, aí vi vocês sentados aqui fumando um também e pensei que vocês deveriam saber de um lugar de boa para comer um rango”. Após me explicar a situação, um dos hippies, que usava brinco de penas, sorriu para mim e acabou respondendo pelo grupo. “Pô maluco, tu veio de Curitiba hein? Ó, a gente sabe de um lugar com um feijão bom e barato. Cola aqui com a gente que depois vamos todos lá encher o bucho”.

Assim que me juntei ao grupo, um outro hippie tira da mala uma murruga. Consigo sentir o cheiro cítrico da outra extremidade da pequena roda. Ele pica a flor com a tesoura de um canivete e faz um baseado, que logo começa a passar de mão em mão, deixando todos chapados.

Ao fim do baseado, nos levantamos e começamos andar pelas ruas centrais de Florianópolis. Eu não tinha a mínima ideia para onde estava indo, mas o hippie dos brincos de penas falava que eu estava prestes a comer o melhor feijão da cidade em um local pouco conhecido pelas pessoas.

Chegamos a uma casa antiga de fechada laranja. Sem sofisticação, com mesas de madeira e toalhas de plástico. Nos ajeitamos em uma mesa grande e pedimos um feijão e cerveja. Estava todo mundo visivelmente chapado, com olhos vermelhos e movimentos lentos. Assim que a panela de feijão chegou, não deu outra, ela foi atacada imediatamente.

Panela vazia, mas a larica ainda roncava. Pedimos mais um feijão e mais uma cerveja. Assim que a garçonete levou nosso pedido para cozinha, um caminhão parou em frente ao restaurante, e dele desceram cinco indivíduos muito estranhos. Estavam todos muito elétricos, e assim que se ajeitaram em uma mesa, começaram a gritar para a garçonete: “FEIJÃO, FEIJÃO, FEIJÃO!”. A moça claramente ouviu o pedido e logo o levou para a cozinha.

Minutos depois, os cinco indivíduos começaram a gritar da mesa em que estavam para garçonete que saia da cozinha trazendo uma panela de feijão. “UH UH UH FEIJÃO! UH UH UH FEIJÃO!”. Mas ao invés de ir para a mesa deles, o feijão veio para a nossa mesa. Então, começou uma revolta no restaurante.

“Ei, que porra é essa?!” gritou um dos indivíduos. “Os caras pegaram o nosso feijão!”. Então, nossa mesa logo foi cercada pelos cinco caras, que agora mais de perto, percebi que estavam com os olhos arregalados e com as narinas vermelhas. “Ô seus maconheiros, cês estão com o nosso feijão.”. O hippie dos brincos de penas então, de forma muito calma, respondeu “bicho, calma ae, cês chegaram depois, nós pedimos o feijão antes de vocês”. Mas parece que a explicação não acalmou a situação.

“Que que você tá falando meu, você tá chapado, tá doidão! Esse feijão é nosso!”. Não houve confronto. Ainda estávamos chapados pela murruga, o que nos impossibilitava de brigar com os caras. Então, o japonês do grupo do caminhão tirou a panela do centro da nossa mesa e levou até a deles. Felicidade para os indivíduos, tristeza para os maconheiros.

Mas para a nossa felicidade, veio a garçonete trazendo uma panela de feijão. Ela viu que os indivíduos tinham pegado o nosso feijão, então a panela que era para ser deles, ela trouxe para a nossa mesa. A tristeza que tomava conta dos hippies, logo foi substituída pela alegria de ver a panela cheia de feijão na mesa.

Comemos o feijão na maior felicidade, como se nada tivesse acontecido. Depois de algum tempo os indivíduos, gritando e batendo os pés, foram embora no caminhão. Confesso que fiquei com uma certa raiva daqueles caras, mas sabia que era irrelevante cultivar um sentimento negativo por pessoas que eu nunca mais veria na vida.

Meses mais tarde vi na televisão que um avião havia caído com cinco caras dentro. Vi a foto dos envolvidos no acidente e juro que achei que eram os caras do feijão. Mas sou maconheiro, e confesso que às vezes não sei a diferenciar a memória do delírio.

Por Francisco Mateus

Conto Canábico: um encontro com a Santa Maria Joana

Conto Canábico: um encontro com a Santa Maria Joana

Foi logo após o trampo. Saí da redação do jornal onde trabalho naquele momento da tarde quando o céu começa a escurecer e as estrelas se revelam. Antes de ir ao bar tomar uma cerveja, parei em uma pequena praça, com um banco e um busto de alguma figura histórica importante, e lá me acomodei para fumar um baseado.

Estava tendo uma pira deliciosa, apenas observando a chegada da noite e sentindo a brisa curitibana. Após queimar todo o baseado, joguei a ponta que restou fora. Assim que a ponta caiu na grama, uma forte luz surgiu bem em minha frente, como se uma granada de flash tivesse explodido.

“Caralho maluco, que porra é essa!?” gritei ao se quase ser cegado pela luz. Fiquei imóvel, e assim que abri os olhos, fui surpreendido por uma figura feminina, que me encarava com uma ternura até então inédita para mim.

Estava de boca aberta. “Oi Francisco.” disse a mulher. Me espantei com o fato da figura saber o meu nome. “Farei o que você quiser, desde que minha memória não seja apagada, por favor” disse à ela. “Do que você está falando?” respondeu a mulher sem entender o que eu estava dizendo. “Você é uma alienígena! Você veio me buscar para fazer experimentos dentro da sua nave espacial!”.

“Se acalme, vim até você porque tenho uma mensagem”. Me decepcionei porque de certa forma eu queria dar um rolê de nave espacial; mas decidi ouvir o que a figura tinha a me dizer. “Eu sou a Santa Maria Joana, fui mandada por Deus para vir à terra avisar que a raça humana corre perigo se continuar proibindo o uso da cannabis”.

O papo ficou louco. “Por que eu nunca ouvi falar de você? Nenhum padre chegou sequer a falar de você, nem mesmo o papa.”. Na minha cabeça, maconha era até então algo que a religião abominava. “Quem não fala de mim são os homens. No céu, a Cannabis é uma planta sagrada, e  se os homens continuarem proibindo seu uso, a raça humana poderá deixar de existir”. Fiquei assustado com tal revelação.

“Como a raça humana deixará de existir com a proibição?” perguntei a ela. “Isso não vem ao caso. O que eu peço a você, é que acabe com a ideia errônea que as pessoas têm sobre a maconha.”. “E como farei isso?”. “ Você encontrará duas pessoas que te darão as ferramentas necessárias para espalhar o culto à cannabis. Use seu dom com as palavras.”.

Estava quase convencido com tudo aquilo que a Santa me falou, mas faltava uma prova de que aquele papo não era zoeira. “Ok, mas como eu posso saber que tudo isso que você está falando é verdade e que você realmente é uma Santa?”. A mulher se agachou, pegou a ponta que eu havia jogado fora e apertou ela com as duas mãos. Assim que elas se abriram, o baseado estava inteiro novamente.” Uou, isso sim é um verdadeiro milagre!”.

“Você sabe o que fazer daqui para frente. Boa Sorte.”. E em um piscar de olhos, a Santa sumiu. Fiquei paralisado, tentando entender tudo aquilo que tinha acontecido. Pode ser que de fato tudo aquilo que eu vivi tenha sido verdade, mas também poderia ter sido uma brisa forte de maconha. Deixei a praça e fui ao bar beber.

Na semana seguinte, fui ao Largo da Ordem acompanhar o ensaio da Batucannabis. Lá havia dois rapazes distribuindo exemplares da revista Maconha Brasil. Logo comecei a trocar ideia com os malucos. Falei que era jornalista e fumava maconha. Então, veio o convite. “Ei, você não quer escrever para o nosso blog?” me perguntou um dos rapazes que usava dreadlocks e toca. “Pô, eu adoraria. Qual é o nome do blog de vocês?”. “Se chama DaBoa Brasil. Dê uma olhada lá!”.

Fui para casa com a ideia na cabeça. Alguma coisa me dizia que seria uma boa escrever para os caras. E assim, nasceu a coluna de Francisco Mateus no blog DaBoa Brasil.

 

Se nada der certo, continuarei sendo maconheiro

Se nada der certo, continuarei sendo maconheiro

Foi numa noite de sexta-feira, quando após fazer uma sauna no carro ao som de Caetano Veloso, eu e meu amigo J.W decidimos ir ao McDonald’s comprar alguns Quarteirões (ou Royale With Cheese, como preferir) para matar a larica que se alastrava por dentro de nossos corpos chapados.

Entramos na fila do Drive Thru com os vidros fechados, concentrando toda a fumaça dentro do carro. Mas foi só chegar na primeira cabine para realizar os pedidos que o carro logo se transformou em uma verdadeira Maria Fumaça.

“Boa noite, qual vai ser o pedido de vocês?” enquanto a atendente anotava nossos pedidos, ela tentava não rir de toda a fumaça que saia de dentro do carro, ainda mais evidenciada pelo frio de Curitiba. “Eh, hân, quatro Quarteirões!” falei. “Quatro Royale With Cheese?” imagino que deve ter pensado a atendente olhando aqueles dois maconheiros dentro de um carro marofado.

Nossas cabeças estavam só pensando nos Quarteirões, pouco nos dando conta do rastro de fumaça que estávamos deixando para trás ao longo do Drive Thru. Na cabine seguinte, a atendente confirma o valor de nosso pedido, mas faz cara de desconfiada. Depois de muito nos encarar, ela solta a pergunta: “Ei, esse cheiro de natureza está vindo do carro de vocês?”. “Cheiro de natureza?” me pergunto. Olho então para J.W e entendemos o que ela queria dizer com a expressão.

“Uh, é do nosso carro mesmo. A gente fez uma sauna e agora estamos aqui para bater uma lárica.”. Então a atendente começa a rir. “Tá certo, tá certo. Vocês vieram ao lugar certo então.”. Então percebo que realmente era fumaça pra caralho que saía do carro. “Tá incomodando o cheiro?” pergunta J.W à atendente. “Claro que não, quem é que não gosta de um cheiro de natureza?” responde a moça.

Em seguida, a moça desaparece da janela e volta com dois sorrisos de papelão. “Presente para vocês.” diz a atendente enquanto entregava os brindes. “Sorrisos! Muito obrigado moça!”, respondo. “Imagina, hehe, um bom rolê para vocês!”.

Atendende de McDonalds, advogado ou jornalista. O emprego não importa quando se é uma pessoa de bem que gosta de fumar maconha. Depois da polêmica desta semana com o “Se nada der certo” promovido pelo Colégio Marista, em que alunos foram vestidos ao colégio de garis, ambulantes e atendentes do McDonalds, percebo que falta nestes jovens empatia e principalmente maconha.

Por Francisco Mateus

Butão e a erva selvagem chamada maconha

Butão e a erva selvagem chamada maconha

O Butão é um país com florestas exuberantes, rios de águas cristalinas e paisagens espetaculares com uma população amigável, pacífica e amante da natureza. É uma nação que prioriza a Felicidade Nacional Bruta ao invés do Produto Interno Bruto.

Butão é um pequeno país asiático localizado na cordilheira do Himalaia, no nordeste da Índia e limitado ao norte da China. Apesar de não ser um país onde os cidadãos sejam muito consumidores de maconha que é proibida, a planta é uma parte da paisagem deste país exótico. Também como curiosidade, podemos dizer que neste país é proibido o consumo e porte de tabaco.

Na nação montanhosa, a planta cresce como uma erva daninha e pode ser encontrada em toda parte; nos campos, ao lado de estradas, em jardins, nas montanhas e qualquer espaço ao ar livre. A planta de maconha pode ser vista também crescendo nos telhados como uma coisa normal.

Enquanto os butaneses não são grandes usuários ​​de maconha para satisfação pessoal ou lúdica, aparentemente, os seus animais são grandes consumidores. Então, ao invés do consumo ser utilizado para os seus habitantes, os agricultores usam a planta para alimentar seus animais.

No Butão, também tem como tradição a hora do chá em determinadas áreas do pequeno país asiático, pode ser comum por parte de alguns locais especializados adicionarem a um copo de leite uma infusão da erva. Uma possível explicação de por que o governo do Butão mede a Felicidade Nacional Bruta, em vez do PIB.

Fonte: La Marihuana

Pesquisadores precisam de voluntários para fumar maconha

Pesquisadores precisam de voluntários para fumar maconha

Pesquisadores da Universidade do Estado de Washington precisam de voluntários para um estudo que busca desenvolver um bafômetro para detectar a quantidade de maconha consumida.

Sob a lei de Washington, os motoristas que contenham cinco nanogramas de tetrahidrocanabinol ativo em seu sangue podem ser processados por dirigir sob a influência. Nathan Weller, vereador de Pullman e assistente de pesquisa disse que a equipe de estudo sentia que havia uma tremenda necessidade de tecnologia de detecção de resposta rápida.

“Estamos tentando criar uma ferramenta para os motoristas e para empresas fazerem cumprir a aplicação da lei e detectar se alguém está embriagado ou sob a influência de maconha. Não há nada no mundo para isto”, disse Weller.

Os voluntários devem ser maiores de 21 anos para cumprir a idade legal para o consumo de maconha. Os participantes irão começar com testes preliminares, incluindo um exame de sangue e uma amostra bocal. Weller disse que os voluntários devem comprar maconha de seu gosto em uma loja licenciada pelo Estado e consumida em particular em sua casa.

Para impedir que alguém dirija sob a influência, Weller disse que os táxis vão pegar os voluntários em suas casas e levarão ao hospital para fazer os testes secundários. Os participantes também são incentivados a participar de um teste de sobriedade padrão conduzidos pela polícia local.

Se este estudo for bem sucedido, ele faria um grande progresso na indústria da maconha segundo Weller.

“A lei e as empresas estão lutando para fazer cumprir a lei nos estados que legalizaram. Muitas vezes, eles têm que esperar para os resultados do teste. Esta ferramenta irá ajudar as agências governamentais e as empresas a obter resultados rápidos para determinar quem está sob a influência”, diz Weller.

Fonte: Krem2

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